Na UERN, há uma cadeira de latim no curso de Letras. Nunca
fui um aluno brilhante, mas dava minhas boas cacetadas.
As boas cacetadas,
entenda-se, como eu administrava o conteúdo que assimilava do professor Josafá
Inácio da Costa. As conjugações e declinações dos verbos já estavam ficando
impregnados na minha cabeça, quando o período teve fim.
Hoje, distante vinte e
quatro anos, fico a relembrar dos bons tempos daquele latim tão bem ministrado
pelo nosso conterrâneo. Fico a meditar sobre sua importância na escola
primária, ou pelo menos, no Ensino Médio.
Numa das minhas pesquisas na
internet, descobri que até
1961, o latim era ensinado no curso ginasial a partir da primeira série. Em
1962 foi abolido o ensino do latim no Ginásio porque provavelmente as
autoridades achavam mais fácil fazer reformas na ortografia do Português do
Brasil que ensinar aos alunos a raiz da nossa língua para que ao
escrever, tivéssemos mais bases que facilitariam
o aprendizado do italiano, espanhol, francês, catalão ou romeno.
Dizer que o latim é
raiz da nossa língua é dizer que ela é também a mãe da Língua Portuguesa. É
dizer também que muitas palavras só serão bem compreendidas se formos lá na
raiz, ou seja, procurarmos a mãe, que mesmo morta, está viva nas palavras que
falamos diariamente. A palavra arborizar,
por exemplo, tem origem no latim: arbore.
Nenhum comentário:
Postar um comentário