quarta-feira, 24 de agosto de 2011

DO TEMPO DO LÁPIS CARVÃO

Sou do tempo em que escrevíamos com lápis carvão. Depois passaram a chamar grafite e depois passaram a chamar poly, numa espécie de metonímia. 

Não comprávamos caneta pelo costume e também pela pobreza. Como era no primário, a professora não exigia da gente a caneta azul ou preta.

Quando chegávamos no ginásio, tínhamos imenso orgulho de vestir uma calça comprida e só escrevermos de caneta. Homem vestia calça comprida. Calção era coisa de menino véi sambudo.

O lápis comum, grafite ou carvão é usado abusivamente para responder os exercícios. São os parâmetros de ensino do novo tempo que estabeleceram parâmetros para dizer que não há parâmetro nenhum na aprendizagem.

"O importante é a aprendizagem", dizem eles. Certo. Mas certos parâmetros não podem ser esquecidos. O uso do rascunho e da caneta, para escrever as duas ou mais versões de um texto, não podem ser esquecidos. 

A decoreba, tão condenada hoje, precisa ser ressuscitada, porque ela está fazendo muita falta nas cabecinhas dos nossos adolescentes.

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DEZESSETE

A medição do que falta para a sangria da barragem de Umari continua. Agora faltam dezessete centímetros.  Parece pouco, mas falta muita água...