Aquilo que se convencionou chamar civilidade, educação, respeito, limite, obediência. Tudo isso e mais alguma coisa, presenciamos ontem na hora da distribuição do bolo de 58 metros, dedicado aos 58 anos de nossa emancipação política.
Como é comum por aí, as pessoas não respeitam os limites naquelas horas. Quando os organizadores liberam para que as pessoas se sirvam, é aquele corre-corre, pega-pega, empurra-empurra, desmancha-desmancha, suja-suja, tora-tora, rasga-rasga.
Não.Ontem não foi assim. O mérito, quem sabe, também foi para os organizadores, que colocou os ex-prefeitos ao lado do bolo, para que eles começassem primeiro. Somente depois à população.
Mérito maior, acredito, que tenha sido do povão, que soube esperar, pois afinal, não havia gente morrendo de fome. O ato de comer era apenas uma formalidade.
As pessoas ficaram esperando até que todos se servissem. Depois, muitos pegaram as vasilhas ou sacolas e trataram pegar uma parte pra levar para os seus.
Parabéns aos organizadores e ao povão, em especial. Que continuem assim, para que a gente sempre tenha motivo pra elogiar. Como sabem, um elogio é mais raro nesses dias de tantas críticas amargas. Validar não é tarefa que todo mundo sabe fazer.
A validação é poderoso, diria o escritor Stephen Kanitz.
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