domingo, 16 de junho de 2013

QUEM SE LEMBRA?

Entre o cuscuz e o vitamilho

Sou do tempo em que comia-se milho de muitas formas. A começar pelo cozinhado, assado na brasa das fogueiras até o cuscuz, feito numa cuscuzeira.

Também transformávamos o milho em canjica e pamonha. Isso ainda faz parte do nosso presente, mas não vejo aquele festejo que se tinha quando moíamos uma bacia de milho verdinho, verdinho e depois fazíamos pamonha e canjica.

O cuscuz de milho maduro, feito em cuscuzeira é um artigo quase em extinção. Aos poucos, o cuscuz empacotado foi tomando o lugar do caseiro. Primeiro veio o vitamilho. Hoje temos cuscumil e outros que me fogem da memória. O vitamilho chegou tão forte nas famílias que virou metonímia para qualquer cuscuz empacotado e industrializado.

Aposto com quem quiser que sempre quando pede-se um floco de milho sempre pede-se um vitamilho e não outra marca. Isso é metonímia: marca pelo produto.

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