Fiquei ontem à noitinha de pescoço doído de olhar para ver se via alguma novidade no céu.
Analisei uma por uma. Havia umas grandes, outras pequenas. Havia umas mais alegres que outras. Digo, brilhantes.
Enfim, a notícia que dizia que "Trata-se da grande conjunção de Júpiter e Saturno, um fenômeno no qual esses dois planetas estarão alinhados de tal forma que parecem formar um planeta duplo." (BBC).
Olhei e não vi nada que descrevia a notícia. Já sei. É porque não sei ouvir nem ver estrelas.
Olavo Bilac fala em ouvir estrelas. Impossível! Isso é para poetas. Aqui trata-se de ver mesmo, a olho nu.
Quem fazia questão de vê-las e não as viu, deve ficar frustrado, pois não poderá mais, visto que a séculos de distância é que aparecerão de novo. Que importa? Elas não nos dizem nada mesmo!
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