De "Clarissa", primeiro romance de Érico Veríssimo, extraio a seguinte pérola:
"A voz da mulata, dengosa e arrastada, quebra o silêncio:
- Seu Amaro, Dona Zina mandou pedir pro senhor não tocar mais porque o Tonico da Dona Tatá está passando mal.
Amaro ergue-se em silêncio. Com passos rápidos, sem dizer palavra, sai da sala, atravessa o compartimento vizinho, e sobe."
Tonico era um jovem deficiente que estava muito doente. O fato faz a nossa personagem pedir para que o rapaz tivesse sossego por causa do barulho do piano de Seu Amaro.
Neste mundo velho ainda há muitas pessoas respeitosas como Dona Zina e Seu Amaro.
Que neste ano apareçam mais Amaros e Zinas.
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