Uma mancha maravilhosa se delineia no ar. Ela está bem no meio, escondida. Cores se misturam encobrindo-a em cheio. A manchas se movimentam e transformam o cenário de cores variadas que formam um todo encantador. A cor em destaque é a escura, mas um escuro misto que confunde nossos olhos a todo instante.
De repente, tudo começa a se transformar. Cada peça do todo se desmancha devagarinho, clareando, abrindo espaço. Longe, outros cenários são formados e desfeitos aos poucos, mas não podem ser comparados ao que estou tentando descrever. Um pássaro, talvez o último que voa, está longe e já procurando um agasalho em árvores ou em terra, dá suas últimas voadas.
Do outro lado da maravilhosa mancha o clarão ainda é leve. Os olhos curiosos dos apreciadores nem sequer imaginam o que está por trás daquilo. As mudanças aceleram e oferecem um spoiler para o espectador. Aparece, enfim, um pouco, depois a metade, depois mais um pouco e o clarão se expande entre o fim da tarde e a entrada da noite.
Ela, a rainha da noite aparece, livre, para iluminar os cantos onde sua luz é a única. Ou é um bom luzeiro apenas para quem através dela possa sonhar, poetar ou mesmo apreciá-la.
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