Um rio corre. Primeiro, lentamente. Depois o passo acelera e já incomoda seu principal afluente, pois não há lenço que esbarre a sangria.
Ardência e comichão precede o desaguar. Dores e fadigas são companheiras do despejar desse rio. Todos os anos esse rio corre e é despejado fora, aos poucos. Algumas cápsulas são mais eficientes do que os melhores lenços.
E assim, passa um dia e mais outro e mais outro. De repente, já nem mais se vê o despejar das águas. Responde em outro lugar um tossir seco, enjoado, que parece com uma corda quebrando ou tambor rouco.
Depois - ainda bem - passa, para em outro momento sem hora, dia ou mês marcado, voltar esse escorrer chato e enjoado.
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