MÚSICA NA MINHA VIDA
E agora, José?
José, antes poema de Carlos Drummond, virou canção na boca de Paulo Diniz.
Não sei qual dos dois textos conheci primeiro. Só sei que quando me dei conta, estava com José na cabeça. Em literatura, não pude escapar dele quando estudava e depois lecionava a matéria no antigo Segundo Grau.
A poesia drummoniana é uma das poucos de que gosto. A de Manuel Bandeira é muito massa também. Tem conteúdo e permite até que musiquemos. Vinícius de Moraes também produziu muitas poesias que permitiam perfeitamente serem musicadas.
É uma das canções que marcaram minha vida ainda na meninice, lá no comecinho dos anos 70.
O pernambucano Paulo Diniz morreu recentemente aos 82 anos de idade.
A FONTE
(Augusto José da silva)
A fonte gorgola, à sombra de árvores frondosas.
Veios subterrâneos, gerados pelas chuvas, foram se reunindo e formaram um arroio trevoso que surdiu entre pedras musgosas.
Que alegre e mumurejante o correr da fonte! Parece que vinha espavorida da escuridão, e, agora, se irisa e canta, afagada pelo sol.
Era uma fonte oculta, onde nenhum vivente fartava a sede e que não retratava as margens. Ei-la a convidar-nos, com seu trepidar sonoro, a espelhar quanto dela se abeira, a saciar a sede mais angustiosa.
- Homem, que te fechas no escuro egoísmo, és fonte subterrânea; surge para a Luz, abre-te em benefícios!
QUESTÃO GRAMATICAL
Quem assiste - no sentido de presenciar, estar presente - assiste a alguma coisa.
A importa da letra a aí depois de assiste pode valer uma vaga na universidade ou concurso.
Acreditam?
A regência verbal é um dos assuntos da nossa língua que muita gente não gosta de estudar, mas não está entre os mais difíceis.
O problema é que os concursos continuam na mesma rigorosidade quando se trata das regras e ao mesmo tempo as recomendações que recebemos nos livros escolares é cada vez mais um afastamento da língua formal ou a igualdade desta com a não formal.
Assim, não dá! O andar na contramão não é bom em lugar nenhum.
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