sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

AQUELA MANHÃ

Não consigo, nem ninguém, recuperá-la. 

Se fosse num filme de ficção, com certeza, eu a traria de volta.

Como na ficção, Brás Cubas escreve um romance direto do além. De lá, não se importa de revelar todos os segredos.

Na ficção, o presente vê o futuro como vê o passado. Tudo é possível. O boa voa e o pássaro não sabe voar. 

Aquela manhã, que começou bela, com belas nuvens, pessoas belas com passes ou carreiras, terminou bela e pomposa.

E para coroar, terminou em chuva. Bela e majestosa chuva. Não daquelas bravas, trovoentas, que amedronta. Foi daquelas mansinha, calminha. 

Aquela manhã deixou registrada nos anais dos bons cérebros a sutileza, a suavidade, a calmeza, Bela manhã!

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