LINGUAGEM
Mossoroês, Upanemês, Cearês, Baianês.
São maneiras regionais de falares da nossa região Nordeste.
Precisamos ponderar que o que se fala no Rio Grande do Norte, Ceará, Bahia, Paraíba, etc é muito parecido e dificilmente encontraremos uma palavra ou expressão diferente. O que poderemos achar é uma palavra usada aqui com um significado e lá com outro.
"Que menino choco!" É uma expressão encontrada em Mossoró, mas também em Upanema e outras cidades do Estado e até em outros Estados da região.
Nos dicionários, aviar é concluir algo ou executar. Na linguagem regional é apressar-se.
"Avie, menino, com esse serviço!"
MÚSICA NA MINHA VIDA
Meu primeiro amor
Foi numa festa outro dia
Que eu te encontrei a dançar
Namoradinha de infância
Sonhos da beira do mar
Você me olhou de repente
Fingiu que tinha esquecido
E com um sorriso sem graça
Me apresentou ao marido.E o resto da noite dançou pra valer
Se teus olhos me olharam fingiram não ver
No meu canto eu fiquei entre o riso e a dor
Lembrando do primeiro amor.
Pra me beijar precisava
Ficar na ponta dos pés
Eu tinha então oito anos
Mas te menti que eram dez
Lembro você orgulhosa
Da minha calça comprida
Vínhamos juntos da escola
Sem qualquer medo da vida.
Sábado tinha dinheiro
Pra te levar ao cinema
Onde com medo pegava
Tua mãozinha pequena
Nossos castelos de areia
Sonhos perdidos no ar
Jogo de bola de meia
E um refrigerante no bar.A música aí acima foi uma das músicas mais tocadas no final dos anos setenta e início dos oitenta na voz de José Augusto.
Conta uma historinha de amor comum naquela época bem como os costumes.
"Lembro você orgulhosa da minha calça comprida". Se ela se sentia orgulhosa, imagina ele. O menino quando vestia pela primeira vez uma calça comprida, percebia que estava crescido.
O "jogo de bola dqe meia" e o "refrigerante no bar" eram duas coisas comuns naquela época.
Fazíamos bola de meia, pois não tínhamos dinheiro para a compra de uma melhor.
Quanto ao refrigerante, era para poucos. E menor não ficava num bar durante muito tempo.
COMUNICAÇÃO
Telegrama
O telegrama foi um canal em tempos passados até os anos 80, pelo menos, muito eficiente, necessário, bom e caro.
Era um instrumento de comunicação que transmitia a mensagem mais rápida do que uma carta.
A anedota seguinte ilustra o aspecto do preço, que era cobrado por palavras.
Curiosa é a forma como o personagem principal lida com o problema do preço:
Depois de longa viagem pela Europa, um padre americano tomou o navio em Liverpool para regressar à América e, não tendo ali senão uma tia velha como único parente, pensou em telegrafar-lhe para anunciar a sua volta.
Entretanto, o dinheiro que tinha estava no fim. Resolveu economizá-lo e, por isso, telegrafou apenas o seguinte:
2. João, 12, 13.
Tendo visto o texto do telegrama, um amigo perguntou-lhe o que queriam dizer aquelas abreviaturas.
- Já lhe digo, - respondeu o padre. - Tenho pouco dinheiro para gastar, e como minha tia é muito religiosa e lida nas Escrituras, envio-lhe a informação da segunda epístola de São João, versículos 12 e 13. Ela só terá o trabalho de relê-los na Bíblia:
12. "Ainda tinha muitas coisas que vos escrever; não quis fazê-lo com papel e tinta, pois espero ir ter convosco, e conversaremos de viva voz, para que a nossa alegria seja completa.
13. O filho de tua irmã eleita te saúda."
LEITURA
No papel ou no computador?
Há quem goste da leitura no computador, tablet, celular, Kindle. Não descarto, mas gosto mais do papel. O passamento de páginas é bem mais agradável e prático.
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