EXPERIÊNCIAS SOBRE O INVERNO

Quando se aproxima a época invernosa, não faltam os profetas da chuva.
Há os que profetizam com mais facilidade, apenas ao darem um tiro no escuro, com o clássico "choverá ou não", ou "haverá inverno ou não". A observação dos fenômenos naturais é a maneira mais comum que os profetas utilizam para saber sobre o futuro das chuvas. Algumas delas não escapam dos olhos observadores do homem do campo: 

Se o rouxinol põe no alto dos postes elétricos  e o enxu gordo aparecer com muitas capas de mel, então haverá um bom inverno. As informações foram repassadas recentemente por uma senhora que tem na ponta da língua o conhecimento popular sobre as experiências do "tem não tem" inverno.

“Quanto mais ouço as experiências de chuva, mais eu entendo menos”. (Palavra de um homem que já se cansou de se enganar com as experiências do inverno).

Dizia um senhor que se chovessem os primeiros cinco dias do mês, a gente podia se preparar que teríamos um ano de bom inverno. Aí o outro completou: mas se só chover no primeiro dia do mês, o inverno será fraco. 

Os mais velhos do que eu relatam muitas experiências relativas às chuvas no item choverá/não choverá este ano que vem.

A mais recente ouvi nesta semana de um cidadão sessentão, que afirmava o seguinte: "Se amanhã bem cedinho (1º DE JANEIRO) o tempo tiver fechado, é sinal de que teremos inverno. Se o tempo estiver limpo, podem aprontar que vai ser seco de novo."

É antiga a experiência dos 7 acerca de ocorrências de chuvas. Entre nós, a experiências dos 7 é atribuída ao senhor Vicente Bezerra. Já ouvi muitas pessoas se valerem da experiência de seu Vicente:

"Se nos dias 7, 17 e 27 de janeiro chover, então haverá um bom inverno."

Então, vamos esperar. E começa hoje, pois hoje é 7. Se sete é o número do mentiroso, é também o número da perfeição.