domingo, 6 de janeiro de 2013

QUEM SE LEMBRA?

CANÇÃO DA FRATERNIDADE

Eu queria ser esse livro surrado
Que ainda pode ser aproveitado
"Cantemos juntos"
Vejo tantos alunos querendo aprender
Bem que podiam ser ajudados
"Cantemos juntos"

Eu queria ser os cadernos e lápis
Que sobraram dos anos passados
"Cantemos juntos"
Vejo tantos irmãos que não podem comprar
E pelo mundo eu seria espalhado
"Cantemos juntos"

(Dom e Ravel em “Canção da fraternidade)

Volto ao tema do caderno escolar nos tempos passados porque não consigo calar com os despautérios que vejo praticados por muitos alunos.

É claro que não quero voltar aos tempos em que os governos não doavam livros escolares, nem havia Bolsa família, nem transporte escolar nem merenda, nem PROUNI, nem vestibular gratuito, nem transporte escolar gratuito para estudantes universitários, nem escola com ar condicionado (uns ainda deixam a porta aberta), e outros benefícios que eu tenha esquecido.

Não. Não quero que isso aconteça.

Gostaria que quando testemunhássemos que antigamente escrevíamos em papel de embrulho, eles botassem as duas mãos na consciência e vissem que é demais para nós que sofremos tudo aquilo ver esse outro lado.

"Eu queria ser esse livro surrado
Que ainda pode ser aproveitado"
cantava Dom e Ravel.

"Eu queria fazê-los entender que os livros didáticos deveriam ser mais respeitados pelos nossos estudantes. que fossem mais conservados para que os colegas pudessem aproveitá-los no ano seguinte", digo eu agora.

"Vejo tantos irmãos que não podem comprar", cantavam Dom e Ravel.

"Vejo tantos alunos querendo aprender
Bem que podiam ser ajudado" cantavam Dom e Ravel.

Hoje ainda vejo muitos alunos que querem aprender. Naquele tempo, os que queriam aprender que os poetas fazem alusão são aqueles que queriam estudam, mas não havia vagas.

Hoje há vagas de sobra, mas ainda, lamentavelmente muitos ainda não entenderam que pode lhes garantir o futuro. A gente grita, mas poucos podem escutar, pois estão muitas vezes  - literalmente  - com os ouvidos tapados com um fone de ouvido.

Quem se lembra da escola difícil do passado, mas que a maioria ia com a alegria de aprender? Quem se lembra?






Um comentário:

Régia Gondim disse...

Lembro bem disso,aproeitava todas as linhas de meu caderno,poupando-o para que desse até o final do bimestre,só saltava uma linha de um assunto pra outro.Meus pais só tinham condições de comprar os livros de port.e mat.,os outros não tinha.nunca possui mochila da moda,canetas diferentes,ia a pé pra escola(era longe)hora das10:30 as 14:30,e nem po isso deixei de aprender e gostar de ler.Adoro.

TRINTA E UM

Trinta e um centímetros é o que falta para a sangria da barragem "Jessé Pinto Freire", a conhecida barragem de Umari.