Divulga a cultura e a linguagem da cidade, além de produção textual como contos, crônicas, poesias. Comento os fatos, conto histórias. Vez por outra posto notícias.
sexta-feira, 31 de dezembro de 2021
O BOBO E O MALA
Conto
Largou sua carreira brilhante de uma bela profissão que lhe rendia prazer e dinheiro ao mesmo tempo. aos poucos, foi instigando pelos mais próximos para que ele mudasse a rota e se filiasse àquela empreitada.
Foi saindo sem que percebesse o que estava ocorrendo de verdade. Estava enredado numa grande rede de fios grossos. Quando deu por si, já não podia sair.
O que faria ele, então, na sua nova missão? Estar à frente, mas não efetivamente? Isso mesmo. Faria papel de bobo, enquanto o mala, maleava-lhe e o colocava na mais fervente fogueira.
Agora, que fará? Desistir, não pode nem deve! Esperará pelo milagreiro, que é o tempo. Este colocará todas as coisas no seu devido lugar.
quinta-feira, 30 de dezembro de 2021
LINGUAGEM
Contra o internetiquês - Depois de ouvir os dois lados - os que defendem o uso das abreviações das palavras e os que são contra - fico com a segunda alternativa.
Reparem bem - Aqueles que defendem o uso das abreviações das palavras para facilitar o bate-papo, observem se escrever aki naum vai ajudar em alguma coisa. A variedade do uso do porque é substituído por pq. Quando será que o usuário da língua vai aprender a usá-lo, já que seu uso não é fácil assimilá-lo?
Não é mais barato escrever aqui não e porque nas suas múltiplas formas?
UMA MALA
Não havia presentes lá. Não havia joias, dinheiro, roupas, papeis, remédios.
Havia muito tempo que os herdeiros tencionavam abrir aquela mala misteriosa para ver o que tinha dentro. Depois do corre-corre da despedida definitiva, chegou o tempo de vencerem a curiosidade.
Sua mala era objeto de segredo para todos. Todos mesmo. A cidade inteira sabia de sua existência por causa de um vazamento de alguém de dentro de casa ou de alguma pessoa que andava por lá com frequência. Era um fato-furado e bem furado.
O que tinha dentro daquela pesada mala? A curiosidade era aguçada por quem quer que soubesse do mistério.
Um dia viriam a saber. Ah! Isso viriam!
Chegou o dia da abertura. Todos de casa e os mais íntimos da família ficaram de olho. Abriram.
Havia uma bela coleção de pedras não preciosas. Isso. Pedras comuns, adquiridas nos riachos e à beira das estradas. O fato de não serem preciosas não significa que eram feias e sem valor. Não havia preciosidade no sentido em que entendemos. Não tinha valor pecuniário, mas o de um alguém que cultiva um hobby. Havia uma preciosidade de colecionador. A variedade de pedras em tamanho, formas e cores era imensa. Para ele isso bastava.
quarta-feira, 29 de dezembro de 2021
O QUE TODO MUNDO SABE
REGRESSO
Ele virá. Em dia não marcado nem programado, virá. Virá para que reconheçamos que sua presença é muito bom e importante entre nós.
Por todo o tempo que esteve ausente, muito se falava sobre seu valor. Ele é motor de progresso. Muda o cenário e os ares da cidade. Esfria o tempo. Ele já está se achegando aos poucos. Acolhamos já.
terça-feira, 28 de dezembro de 2021
MATRÍCULAS NO CALAZANS EM NOVA DATA
Para os alunos que vão renovar a matrícula: a partir de 5 de janeiro.
Para alunos novatos: a partir de 31 de janeiro.
segunda-feira, 27 de dezembro de 2021
PREVISÃO
RENOVAÇÃO
UMA VIDA MAIS BELA
domingo, 26 de dezembro de 2021
ENTRETENDO - EDIÇÃO DE DOMINGO
sábado, 25 de dezembro de 2021
MATRÍCULAS DE 2022
Colégio Calazans Freire
Renovação de matrículas: 27/12/a 14/01
Matrícula para novatos: 31/01 a 02/02
Horário de atendimento: 7:30 a 11:30.
POESIA
QUE PALAVRA!
sexta-feira, 24 de dezembro de 2021
BILHETE DE PAPAI NOEL
quinta-feira, 23 de dezembro de 2021
DESAPARECIDOS
GRAFIA ORTO
quarta-feira, 22 de dezembro de 2021
GRITO DE DOR
terça-feira, 21 de dezembro de 2021
A ESTRADA É ÍNGREME
A estrada é longa e íngreme. Cansamos de tanto caminhar. Se pararmos, não devemos desistir. Um dia chegaremos lá, mais cedo ou bem na frente.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2021
LEITURA
Ler o mundo não é fácil. Muito mais difícil do que a leitura das palavras, frases, textos, livros. Aqui, há vários sotaques, mas a decodificação é a mesma para todos os leitores.
Na leitura do mundo, cada um quer ler de um jeito e com razões e objetivos diferentes. O mundo é um livro vasto, complexo e intrigante.
Para ler o mundo não necessita de ir à escola.
TENHE
domingo, 19 de dezembro de 2021
ENTRETENDO - EDIÇÃO DE DOMINGO
sábado, 18 de dezembro de 2021
QUE PALAVRA!
sexta-feira, 17 de dezembro de 2021
SABIÁ ALEGRE
quinta-feira, 16 de dezembro de 2021
BOA CHUVA
SERENIDADE
quarta-feira, 15 de dezembro de 2021
UM VELHO CONHECIDO
O meu maior conhecido faz coisas inimagináveis todos os dias. Surpreende no que faz no falar e no agir.
A cada dia quer inventar coisas novas. Rebolar-se. afinal, diz ele, tem que ser inventado algo para que a rotina não consuma de vez a vida.
Manter-se bem informado sobre aquilo que é essencial, pensa ele, é importante. Livrar-se das fofocas do dia a dia e investir naquelas que leva as pessoas pra frente é outra lição que ele diz constantemente. Livrar-se dos venenos lançados nas águas da vida é outra tarefa que ele tem ocupado grande parte do tempo.
A vida é osso, mas pode ser modelada com jeitinho.
terça-feira, 14 de dezembro de 2021
PRÓCLISE
É o nome que se dá à posição que o pronome oblíquo toma antes do verbo. Ex.: Tu te interessas.
O uso da próclise embeleza a língua. Até os menos letrados admiram-se quando alguém fala ou escreve nos trilhos da linguagem.
Tu te interessas
Ele se interessa
Nós nos interessamos
Vós vos interessais
Eles se interessam por esses assuntos.
NÃO!
COM AS DUAS MÃOS
segunda-feira, 13 de dezembro de 2021
domingo, 12 de dezembro de 2021
ENTRETENDO - EDIÇÃO DE DOMINGO
CONTO DE DRUMMOND
Nascer
O filho já tinha nome, enxoval, brinquedo e destino traçado. Era João como o pai, e como aconselhavam a devoção e a pobreza. Enxoval e brinquedo de pobre, comprados com a antecedência que caracteriza, não os previdentes, mas os sonhadores. E destino, para não dizer profissão, ou melhor ofício, era o de pedreiro, curial ambição do pai, que, embora na casa dos 30, trabalhava ainda de servente.
Tudo isso o menino tinha, mas não havia nascido. Eles nascem antes, nascem no momento em que se anunciam, quando há realmente desejo de que venham ao mundo. O parto apenas dá forma a uma realidade que já funcionava. Para João mais velho, João mais moço era companhia tão patente quanto os colegas da obra, e muito mais ainda, pois quando se separavam ao toque da sineta, os colegas deixavam por assim dizer de existir, cada um se afundava em sua insignificância, ao passo que o menino ia escondido naquele trem do Realengo, e eram longas conversas entre João e João, e João miúdo adquiria ainda maior consistência ao chegarem em casa, quando a mãe, trazendo-o no ventre, contudo o esperava e recebia das mãos do pai, que de madrugada o levara para a obra.
Estas imaginações, ditas assim, parecem sutis; mas não havia sutileza alguma em João e sua mulher. Nem o casal percebia bem que o garoto rodava entre eles como ser vivo; pensavam simplesmente nele, muito, e confiados, e de tanto ser pensado, João existiu, sorriu, brincou na sensibilidade de ambos. Como alguém que, na esperança de um grande negócio, vai pedindo emprestado e gastando tranquilamente, João e a mulher sacavam as alegrias futuras. João sentia-se forte, responsável. Escolhera o sexo e a profissão do filho; a mulher escolhera a cor, um moreno claro, cabelo belo liso, olhos sinceros. Não havia nada de extraordinário no menino, era apenas a soma dos dois passada a limpo, com capricho. (Transcrito por Maria Antonieta Antunes Cunha em Ler e redigir)
DO CALEPINO POTIGUAR
Abacaxi - Tarefa difícil de resolver. Embrulhada. Dançador desajustado que pisa nos pés da dama. Coisa. ruim.
HUMOR
O médico dá uma bronca no paciente:
- Não estou entendendo qual é a sua... Você vive pedindo remédio para dormir, mas não sai daquela boate perto da sua casa!
- O senhor não entendeu mesmo... Os remédios são para a minha mulher! (Seleções de Seleções - dezembro de 2004)
sábado, 11 de dezembro de 2021
QUE PALAVRA!
PENSO EM TI
sexta-feira, 10 de dezembro de 2021
NO TRÂNSITO
PROVÉRBIO
Para a ciência da vida./Há dois compêndios soberanos,/Um trata de ilusões,/E outro de desenganos (Mogi das Cruzes).
quinta-feira, 9 de dezembro de 2021
ACENTUAÇÃO DAS PALAVRAS
ADIVINHADORAS DA CHUVA
quarta-feira, 8 de dezembro de 2021
UMA PÁGINA DE SAUDADE
Há exatamente quarenta e oito anos chegávamos na cidade, vindos do campo ou sítio - como chamávamos a zona rural.
Muito pequeno ainda, nem me lembro do transporte que nos trouxe. Alguém me disse que era o jeep de Galdino Carlos, vice-prefeito na época.
Era uma Upanema duas vezes menor, acho. Em 1973 nossa cidade ia até onde hoje é o cemitério. Dali pra lá era só árvores.
Tínhamos o Alfredo Simonetti, escola estadual, como a escola que iria nos receber no ano seguinte.
Um centro da cidade com uma praça já envelhecida, mas muito conservada. Lâmpadas com globos e muitos bancos, não somente para as pessoas sentarem, mas para a meninada brincar de pula-pula e tica, com direito a um refúgio num lugar determinado. Não havia um sequer que não tivesse um catombo na canela, devido as quedas sobre as quinas dos bancos.
A TV na praça virada para os lados do mercado era o lazer das noites, fosse novela ou futebol. Não me recorda quem cuidava do ligar e desligar do aparelho. Sei que havia pequenas desavenças na escolha do canal, apesar de ter dois ou três.
Era um mundo de muitas dificuldades, como hoje têm, mas o enfoque para elas era bem diferente. Vivíamos em guerra para superar os problemas. O trabalho braçal, o acordar cedo, eram motes paralelos com o estudo, se era isso que a criança ou jovem almejava.
Hoje temos um mundo de cabeça para baixo e difícil de se desvirar. Fala-se pouco em trabalho e muito em políticas públicas. O motor não está funcionando bem e nem tem perspectivas de mudança.
A saudade é somente do tempo bom, mas de luta pela sobrevivência. Saudade das coisas bonitas, como a velha paisagem e das pessoas que encontrei e já se foram, como os vizinhos que vi crescer junto e de outros que já eram adultos e não mais estão aqui entre nós.
terça-feira, 7 de dezembro de 2021
segunda-feira, 6 de dezembro de 2021
domingo, 5 de dezembro de 2021
ENTRETENDO - EDIÇÃO DE DOMINGO
sábado, 4 de dezembro de 2021
CHUVA
QUE PALAVRA!
sexta-feira, 3 de dezembro de 2021
FERIADO DA BANDEIRA MUNICIPAL
A BATALHA
Como se esquivam os mais necessitados! São esquivações das mais variadas.
As árvores, os pássaros, as pessoas principalmente. Principalmente as mais vulneráveis é que mais precisam de se esquivarem de seus algozes.
Em cada esquina, palmo a palmo, estão seres na labuta em busca de devorar os menores, fazendo papeis de aproveitadores. São como gato e rato, presa e devorador. É batalha diária que só terá fim no último suspiro.
É luta renhida:
Viver é lutar.
A vida é combate,
Que os fracos abate,
Que os fortes, os bravos
Só pode exaltar (Gonçalves Dias)
quinta-feira, 2 de dezembro de 2021
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
ÚLTIMA PÁGINA
Estamos na última página. Viramos há pouco tempo e não poderemos retornar à primeira. Impossível retornarmos à primeira. O máximo que poderemos fazer é relembrarmos o que foi visto. É fato que faremos isso quando chegamos à última. Todos os anos é costume passarmos revista de tudo que foi transcorrido ao longo da caminhada de um ano.
Concluída a última, inicia-se nova leitura até completar o ciclo. E assim transcorrem os anos e máquina do tempo não para. Não para não, não para!
quarta-feira, 1 de dezembro de 2021
A POERIA
PROVÉRBIO
A ociosidade é mãe das más ocasiões.
-
A expressão acima serve para ilustrar momentos em que as coisas vão arrochar, complicar-se, chegou a hora da onça beber água e outras expre...
-
A história de Camonge que segue foi enviado pela leitora Alaine Vidal: Meu pai me contava, e conta até hoje, as histórias de Camonge que são...
-
As aulas da restauração Aprendemos dos nossos pais desde crianças que o nosso mundo algum dia, de alguma maneira terá fim. Eles nos ensinara...