Encontrei um Sabiá alegre e festivo. Cantava. E nem era por muita coisa, segundo o entendimento de alguns.
Por que cantava, então, o Sabiá?
Percebemos de cara que tinha caído uma rápida neblina. Uma daquelas que molha pouco o chão, mas deixa o cheiro suspenso no ar, depois de se enfiar nas nossas narinas. Uns tapam com as mãos. Já outros, com um dos braços ou - com está em voga - com máscara.
Os chuviscos deixaram poucas marcas, mas fizeram com que o Sabiá ficasse alegre e com os olhos fitos no céu, na expectativa de outras pancadas.
Virão, com certeza certa, não tão, tão distante, no tempo e espaço. E, com certeza, o Sabiá voltará a cantar mais com força.
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