João era um bom menino. Tinha, entretanto, um
péssimo costume. Toda vez que cometia algum erro, ao ser observado pela mamãe,
dizia:
- Depois me corrigirei. Depois terei tempo para isso. Depois
farei aquilo. E, assim, ficou conhecido pelo apelido de João Depois.
Cansada sua mãe, por ver que tudo ele deixava para
fazer mais tarde, inclusive ser cuidadoso, e obediente, resolveu corrigi-lo.
Certo dia, à hora do almoço, achava-se ele entretido
no jardim, brincando, quando foi servida a refeição sem que o chamassem.
João
Depois, admirado pela demora, dirigiu-se à sala de almoço
e viu que já tinham terminado a refeição. Surpreendido, desconsolado e com o
estômago vazio, foi queixar-se à mamãe. Esta, rebatia a cada queixa:
- Não te preocupes, meu filho, depois terás tempo, depois comerás, depois veremos...
E João Depois
ficou sem almoço e chorou, até compreender a lição da mamãe, que, aos seus
choramingos, retrucava:
- Prefiro que passes um dia sem comer a que sofras
durante toda a vida.
(Texto de Constâncio Vigil)
A história acima, apesar de ser uma história
infantil, serve para todo mundo. Não podemos deixar tudo para depois. O ditado
“não deixe para amanhã o que se pode fazer hoje” é atualíssimo. Deixar tudo
para depois é correr risco demais. Afinal, o tempo passa e não espera por
ninguém.
Um dia, quando a gente menos esperar, já não tem mais jeito. Não
deixemos nossos projetos para depois, porque senão seremos severamente
repreendidos e corrigidos.
(Texto publicado no Jornal de Upanema, edição de número 81)
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