A caligrafia - cali=bonita - grafia=escrita, é um produto que anda em falta no mercado. A razão é natural: os valores também se inverteram nessa área. Além de 'pregarem' que não se devia mais decorar, também desprezaram o ensino da letra legível.
Como sempre, as coisas sobram para os alunos. Estes precisam fazer uma letra para que os outros, principalmente o professor, possam ler. É o professor que precisa saber o que está lendo para dar uma nota, etc. O aluno, por sua vez, também precisa entender o que o professor escreve, mas num outro nível. Este não é julgado pelo aluno nesse item. E nem precisa. Não esqueçam que estou falando de professor de níveis de ensino maiior.
Quem leciona para crianças, a coisa é diferente. Se não tem letra legível, é melhor tomar uma atitude. Já para os de Ensino Médio, não devemos ficar culpados, pois já não alfabetizamos ninguém. A letra ruim ou boa, fica na alçada de quem o alfabetizou. Já podemos escrever sem tanta preocupação. Mas temos obrigação de decifrar a letra pra eles.
Há médicos que escrevem uma letra que só eles entendem e alguns farmacêuticos. É que eles famosos por terem a letra ruim. A famosa letra de doutor soa como positiva. A razão disso talvez seja por causa da velocidade da escrita na faculdade e nas receitas.
A minha letra eu esculhambei quando estudava na Universidade. Boa parte dos meus professores não passavam nem apostila. Apenas explicavam o assunto em forma de esquemas. Eu tinha que me virar escrevendo. O resultado foi a letra que tenho hoje.
Não defendo letra ruim, mas se as fizermos, que decifremos para os outros. Para os alunos, é melhor que arrangem um jeito de melhorar, porque eles não estarão ao lado do professor para decifrar suas letras.
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