domingo, 14 de julho de 2013

QUEM SE LEMBRA?

Procuro no mais recôndito da minha memória a informação exata acerca dos rádios de pilha do meu tempo de menino.

Alcancei rádios que só pegavam pilha, sem o cabo que ligava à energia, visto que não adiantava fazer rádios com duas funções, pois não havia energia por aqui, principalmente na zona rural.

Pois bem. Lá em Dedeca Leal, mais precisamente no Sítio Baixa do Juazeiro, havia um rádio desses. 

As mensagens musicais na rádio Rural de Mossoró passavam, salvo engano, ao meio-dia ou próximo a essa hora. 

E como é que íamos ouvir rádio a mais ou menos dois ou três quilômetros, a pé? Era o seguinte: almoçávamos às dez e meia. Depois de pouco tempo, caminhávamos em direção da casa. Para nós, já estávamos no turno da tarde. Só à tardinha era que regressávamos. 

O tempo se passou. Mais adiante inventaram rádios que também pegavam energia elétrica. Na cidade, muitos compravam e alternavam as duas forças.

O tempo continuou se arrastando, lentamente, como sempre. Hoje quase ninguém liga para rádios AM. Mas ele é forte. Resiste ao tempo e à tecnologia avançada. O rádio a pilha ou movido a energia é mais forte do que o fumo pacaia. Sobre esse tipo de fumo, depois falarei. Ficará para outra blogada.

Nenhum comentário:

PROVÉRBIO

A candeia morta e a gaita à porta.