"..ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção."
Transferir: do latim transferre. Fazer passar de um lugar para outro, deslocar, diz o dicionário escolar de Silveira Bueno.
Antônio Geraldo da Cunha, dicionarista, diz que transferir é deslocar. Aurélio diz que é "fazer passar de um lugar para outro".
Portanto, Paulo Freire tem razão quando diz que ensinar não é transferir conhecimento. Se transfiro uma quantia de dinheiro para outra conta, o meu dinheiro não fica ali, mas sai e vai para outra conta. O professor continua com os conhecimentos depois de repassá-los para os alunos. Ele não transfere. Deveria Paulo Freire ter dito que ensinar é compartilhar o conhecimento.
E continua: “Quando entro em uma sala de aula devo estar sendo um ser aberto a indagações, à curiosidade, às perguntas dos alunos, a suas inibições, um ser crítico e inquiridor, inquieto em face da tarefa que tenho – a ele ensinar e não a de transferir conhecimento”. (FREIRE, Pedagogia da autonomia)
Não acredito que alguém nesse mundo tenha escrito ou dito isso aí que Paulo Freire nega: ensinar é transferir conhecimento.
Mas o quê ensinar? Aqui é onde Paulo Freire diverge de muita gente. Para ele, o educador precisa conscientizar os educandos. Ele fala tanto nisso que desconfio que sobre tempo pra repassar conteúdos.
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