Crepúsculo no pampa (J. Simões Lopes Neto)
A estrada estendia-se deserta; à esquerda os campos desdobravam-se a perder de vista, serenos, verdes, clareados pela luz macia do sol morrente, manchados de pontas de gado que iam se arrolhando nos paradouros da noite; à direita, o sol, muito baixo, vermelho-dourado, entrando em massa de nuvens de beiradas luminosas.
Nos atoleiros, secos, nem um quero-quero; uma que outra perdiz, sorrateira, piava de manso por entre os pastos maduros; e longe, entre o resto da luz que fugia de um lado e a noite que vinha, peneirada, do outro, alvejava a brancura de um joão-grande, voando sereno, quase sem mover as asas, como numa despedida triste, em que a gente também não sacode os braços...
Foi caindo uma aragem fresca; e um silêncio grande, em tudo.
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E entrou o sol; ficou nas alturas um clarão afogueado, como de incêndio num paiol; depois o luso-fusco; depois, cerrou a noite escura; depois, no céu, só estrelas... só estrelas... (Do livro Contos Gauchescos)
ANIVERSÁRIO DE PATU - Mais de um século depois de seu povoamento, Patu tornou-se município do Rio Grande do Norte, desmembrando-se de Martins através da Lei número 53, de 25 de setembro de 1890. (Marcus Cesar Cavalcanti de Morais, do livro Terras Potiguares)
HUMOR
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