domingo, 31 de julho de 2022

ENTRETENDO - EDIÇÃO DE DOMINGO

INFÂNCIA 

Com que bolas já joguei - Na infância a gente brinca de tudo  o que vier na frente. Em se tratando de esporte, aparece de tudo. E se o esporte for com bola, há bolas de toda qualidade. 

Jogávamos com as bolas convencionais como a canarinho (vermelha) e dente-de-leite (branca e mais pesada). A de couro era para meninos com um pouquinho de posses.  Havia outras bolas de plástico de qualidade mais frágil que as inferiores. Eram murchas e leves demais.

A bola de meia era muito usada. A meia era recheada de materiais leves e pesados. Geralmente botávamos panos grossos e finos para dar um peso ideal. A bola de pano, como também chamávamos, era ideal para embaixadas. Havia até torneio. 

Podem não acreditar, mas joguei com dois tipos de bola não convencionais: invólucro de desodorante e carapuça de chapéu. A primeira não ganhava velocidade porque o seu formato não permitia. Era bola somente no nome. Já a carapuça, o que tinha de redonda tinha de dura. 

Tinha também a que era feita de saco plástico. Fraquinha, fraquinha e logo se dissolvia no chão. 

A prática do jogo de bola priorizava a diversão, não importando a qualidade do objeto que rolava em campo.

QUEM SE LEMBRA? 

Quem vê hoje nos supermercados ou nos nos mercados públicos as carnes em freezers não imagina que nas antigas, as carnes eram eram estendidas nas pedras de mercado e enfiadas em palhas de carnaúba, depois de pesadas para serem levadas pelo freguês. 

ÚLTIMO - Último dia do mês e fim do primeiro mês do segundo semestre.

TREZE - Treze é o número de milímetros chovidos em julho, consoante meu registro aqui no meu pequeno aparelho de plástico.

sexta-feira, 29 de julho de 2022

GRAMÁTICA

O valor do a - A preposição a tem alguns sentidos: 
Futuro: Daqui a uns anos.
Finalidade: A que você vem?
Contato: Ficar ao sol.
A preposição a vem do Latim: ab e ad. Ab indica em Latim procedência, afastamento, meio. Ad indica aproximação. Da soma desses valores é que resultou em português os diversos valores da preposição a.


EXTREMOS

Frio e calor são extremos que encontramos entre a manhã bem cedinho e a tarde antes, bem antes da tardinha.

Registre-se que diferentemente do que se propaga ou parece ser, não tem nada de estranho nisso. São fenômenos naturais que sempre estiveram presentes na vida do planeta. 

É como o oxigênio que existiu antes de alguém arranjar um nome para ele. 

Agora muita gente se escandaliza com os frios e calores como se fossem coisas do outro mundo.

PROVÉRBIO

Quem aproveita o farelo, não desperdice o fubá.

quinta-feira, 28 de julho de 2022

PROVÉRBIO

Quem anda na garupa, não pega na rédea.

ELE AINDA NÃO DEU AS CARAS

Todas as manhãs, bem cedinho, muitos ninguém precisa esperar pelo seu aparecimento, pois ele aparecerá, mais cedo ou mais tarde.

Pode ser que dê sinais de que está bem ali, escondidinho, e não apareça totalmente, mas uma parte do todo.

Aos poucos, um esquentamento do ambiente, e lá vem ele, o astro-rei - bela metonímia -  rasgando o véu  satisfazendo as vontades de quem já estava em estado de engrujamento, braços cruzados, mãos deslizados umas nas outras, reforços nas roupas e um punhado de reclamações:

- Mas que frio está hoje!

E outro:

- Não gosto de frio!

Outros preferem não sair cedo. Talvez preferisse que o astro-rei desse as caras logo cedinho. Mas ele não é o nosso empregado. Está mais para patrão.

Vejam: Ele ainda não deu as caras hoje. Somente o clarão pode ser notado.

quarta-feira, 27 de julho de 2022

terça-feira, 26 de julho de 2022

PROVÉRBIO

Quem anda em demanda, com o diabo anda.

NO BALANÇO DAS REDES

É no balanço das redes que estão os maiores besteiróis da praça. Se não bastasse a TV, que aqui e acolá, a gente dos olhos, ouvidos e mentes atentas percebe, as redes superam em muito o caixão falante. Ele já não besteira só. As redes, em seu balançar, vomitam de tudo.

E é com muita luta que conseguimos garimpar, peneirar pelo menos a metade da besteirança, que conseguem milagrar de forma negativa e fazer as pessoas de mal e de bem perderem seu valioso tempo. Escrever um texto que é bom, não se tem mais tempo. Ler um livro, idem. Nas calçadas e seja onde estejamos, a rede balança e empolga, subtrai o tempo e os pequenos prazeres da vida.

O balanço tonteia os que já não tontos e bi, tri ou tetratonteia ainda mais os que já são.

O balanço balanceia e joga ao chão os que se deixam balançar sem reação. Uns ainda conseguem levantar-se bater a poeira e erguer-se para a vida normal. Outros não conseguem mais despregar-se dessa grande rede, que teceu fios grossos e envolvedores. 

A rede, em seu balanço, não deixa estudante estudar nem professor pesquisar. Até os velhos, que poderiam ser mais sábios, não ficam atrás dos mais jovens. Os estudantes, que poderiam balançar nelas e sem tontear-se e esparramar-se no chão, vivem genuflexos diante do altar como grandes adoradores desse fervilhar desordenado de informações, que deveras é poço de informações que só se sai dele com muita força de vontade. Do contrário, aquelas redes continuarão sacudindo até jogá-los e os espatifarem no chão da ignorância.

segunda-feira, 25 de julho de 2022

PROVÉRBIO

Quem anda cego de amor não sabe se é noite ou dia.

IMPÉRIO

Impera entre nós, depois do período invernoso, um bando de bichinhos miúdos, de vários tamanhos, vistos a olho nu.

Seu império prospera, mesmo que os afugentemos de muitas formas, como assopramentos, ventiladores, inseticidas, tapas e até descomposturas.

As picadas e os piados são inexoráveis e tiram o sossego de todo mundo.

domingo, 24 de julho de 2022

ENTRETENDO - EDIÇÃO DE DOMINGO

ELOGIO DO GAROTO (Humberto de Campos)

A cidade possui, desde ontem, um monumento consagrado ao seu pequenino pardal humano. E eu, que tenho, tantas vezes, escrito sobre a curiosa e simpática figurinha urbana, sinto cócegas nos dedos, para prestar-lhe, também, a minha homenagem. Chego um pouco tarde, é certo. Mas acontece-me sempre assim. Eu sou o freguês que por último compra o jornal. É razoável, portanto, que seja o último, também, a fazer o elogio de quem o vende.

Eu falei em pardal, e a comparação é tão feliz que é bem provável não seja minha. O pardal é a mosca de penas da cidade. Nos morros e nas montanhas, a Natureza oferece-lhe um mundo de frondes, e um viveiro de insetos. A vida aí ser-lhe-ia fácil e doce. Mas o pardal procura a cidade, onde vive o homem. Ao inseto da montanha e à semente da mata, colhidos sem riscos, ele prefere o grãozinho miúdo, o mosquito magro e nervoso, apanhados entre as pedras das ruas. Pula aqui, voa ali, beliscando entre os paralelepípedos; a sua vida é cortada de perigos, de sustos, de ameaças: um burro que passa com a sua carroça, um transeunte que vai apressado, um menino que regresso da escola, um automóvel que vem buzinado, - tudo isso persegue o pardal. Ao anoitecer, é a luta pelo pouso, a batalha pela conquista do lugar onde dormir. As montanhas estão vestidas de árvores enormes e os subúrbios se acham enfeitiçados de chácaras. Mas o pardal prefere o oitizeiro da via pública.. A noite ainda vem longe, e ei-los, às centenas, aos milhares, gritando, piando, volitando, numa disputa infantil e agitada de crianças que brigam por causa de doces. Às rajadas do vento da tarde, a fronde balouça. E a impressão que se tem é que árvore se acha toda amarrada de guizos, e que é um manacá enorme e verde que o vento sacode, brincando com ela. De vez em quando, a ventania arrebata uma folha. Mas a folha vai mergulhar em outra fronde. É um pardal que se mudou. 

E o garoto, o pequenino vendedor de jornais do Rio de Janeiro, é como o pardal. Tem a mesma vida, corre os mesmos riscos, espalha a mesma alegria. Durante o dia todo, voa ele de bonde em bonde, tomando o veículo em marcha, gritando as suas folhas, o pacote de jornais debaixo do braço. Despeje o céu, sobre a terra, a carga d'água dos temporais; lancem os homens, pelas ruas, o flagelo das revoluções sanguinárias. E lá está o garoto, atravessando a cidade, sem temer as tempestades dos homens ou as tempestades de Deus. E quanta probidade entre eles! E quanta bondade naqueles pequeninos corações de pardal!

O pequenino vendedor de jornais - A figura do vendedor de jornais quase desapareceu. O jornal impresso também está em fase terminal. Somente um milagre sua extinção não será realidade num futuro bem aí.

VALIDAÇÃO - Quem ainda não sabe o que significa validação, precisa ler o excelente artigo de Stephen Kanitz denominado O poder da validação. O texto diz coisas interessantes. O principal é: você deve elogiar sinceramente as pessoas quando for o caso. Se você vir alguém que fez uma coisa boa, ou até mesmo um visual que você gostou, não custa nada elogiá-la. Por que vivemos fazendo críticas dos outros e nunca paramos para elogiá-los?

sábado, 23 de julho de 2022

QUE PALAVRA!

Chalrar - Palrar. Chilrear. Tagarelar (Aurélio)

Se dissermos que alguém é tagarela, muita gente entende. Porém se dissermos que alguém chalra, fica mais difícil a compreensão. 

A razão dessa falta de compreensão é a falta de leitura. Mas não é qualquer leitura. É preciso o mergulho nos clássicos. 

Os clássicos da literatura - e em particular a nossa - são ricos em vocabulário. 

A riqueza da nossa língua é estrondosa. Tem uma imensa variedade de palavras à disposição dos falantes, mas muitos preferem falar mal da dama e dizer que ela é difícil demais. Melhor seria se procurassem ler mais para o enriquecimento do vocabulário. Muitíssimo melhor isso.

PROVÉRBIO REVERSO

 A saudade é companheira que perturba, mas todos gostam dela.

sexta-feira, 22 de julho de 2022

O VALOR DO IDIOMA

Li em algum canto que ninguém pode triunfar na vida sem melhor conhecimento de seu idioma.

A expressão do pensamento deve ser eficaz e eloquente, pois os interlocutores precisam ser convencidos daquilo que estão ouvindo ou lendo.

Um mundo em que a língua formal parece estar sendo colocado em pé de igualdade ou abaixo da informal, o estudo da gramática não fará mais nenhum sentido na escola e em lugar nenhum.

O idioma precisa ser mais valorizado e difundido, para que seja assimilado por mais pessoas. A jeito formal de se expressar ainda é admirado pelos letrados e também pelos que nunca frequentaram a escola.

PROVÉRBIO

Quem anda caipora até cachorro lhe mija na perna.

quinta-feira, 21 de julho de 2022

quarta-feira, 20 de julho de 2022

FRASES BONITAS NO DIA DO AMIGO

No dia do amigo muitas frases são repetidas a exaustão. Quase todas são produzidas por terceiros e nem sempre são verdadeiras, saídas de dentro mesmo, mas apenas um cumprimento de comemoração do dia.

Amigo falso não existe - Ou a pessoa é amiga ou não. O que é falso não é autêntico. Por isso que a frase seguinte precisa ser lembrada:

De vez em quando precisamos sacudir a árvore das amizades para caírem as podres.

PROVÉRBIO

Quem ama o tolo, esperto lhe parece.

terça-feira, 19 de julho de 2022

EM BUSCA DO CANUDO

Muita gente em busca do canudo, apesar de muitas vezes perceberem que ele fará pouca diferença se não o tivesse. 

Em "Pequeno burguês", o poeta canta que na hora da formação superior faltou dinheiro para comprar a beca e nem o diretor entregou o papel: "... nem o diretor careca entregou o meu papel. O meu papel, meu canudo de papel".

A situação de muitos estudantes é esta: conclui o ensino superior e fica com o canudo na mão. Dependendo do tipo de formatura, o papel vale muita coisa. 

Melhor que isso é er competência e jeito para a coisa, sem esquecermos a remuneração, já que esta sustenta o profissional e lhe dá autoestima e dignidade.




PROVÉRBIO

Quem ama a miséria, nela se acaba.

segunda-feira, 18 de julho de 2022

ALTA VELOCIDADE

Os elementos que nos cercam correm numa velocidade tão grande que o ser humano, por mais dinâmico e forte que seja, não conseguirá acompanhá-lo o tempo todo.

Por essa razão é que faz-se necessária uma desaceleração de vez em quando para não correr o risco de desabamento de corpo, alma ou intelecto.

PROVÉRBIO

Quem ajuda a preparar a noiva, casa cedo.

domingo, 17 de julho de 2022

ENTRETENDO - EDIÇÃO DE DOMINGO

AS AVES - Humberto de Campos

As aves constituem, talvez, com a sua vida, os melhores educadores do homem. Vieira descobriu nos peixes um viveiro de exemplos, no seu famoso sermão de Santo Antônio. As aves ainda lhe forneceriam, porém, lições mais numerosas e mais belas. As rolas, com a sua candura; os pombos, com a sua fidelidade; o joão-de-barro, modelo de honra antiga, emparedando a companheira como um florentino de Bocácio. E a cegonha que prevê as estações e conhece todas as rotas? E essa andorinha paulista, trabalhadora rural, colono sem salário, que, para ter casa, limpa da vermina, com o seu bico, todos os cafezais de campinas?

Congreguem-se, pois, as crianças do Brasil todo, e reparem, na sua bondade inteligente, os malefícios que eu, e os meninos do meu tempo, fizemos aos pássaros. Declarem guerra à gaiola. Condenem à destruição os viveiros. Lancem à água, onde se encontrarem, as espingardas de caça. Vaiem os caçadores. Iniciem, em suma, por todos os modos, o povoamento das frondes, para que as matas voltem a encher-se de músicas e de alegria.

DICA GRAMATICAL EXTRAÍDA DO TEXTO - "Declarem guerra à gaiola". Você deve por acento grave no a (contração de a+a=crase), quando vier antes de palavra feminina e puder ser substituída por ao, no masculino. Ex:. Declarem guerra à gaiola - Declarem guerra ao alçapão. 

Você nunca deve acentuar o a, antes de palavra masculina ou de um infinitivo. Ex.: andar a cavalo, dar a Pedro, ficar a chorar, etc.

CRASE NÃO É ACENTO - O acento é grave. Crase é o fenômeno da fusão entre a preposição a e o artigo definido feminino a.

O JOGO - O jogo ainda  não começou entre as quatro linhas. Há, mas  apenas um treino. As estratégias são as mesmas usadas dentro de campo, mas não poderão ser usadas com a mesma intensidade por causa da questão da legalidade. 

Imagina-se o dia - e já está perto - em que os jogadores entrarem em campo. Como se comportarão? As jogadas serão limpas? As faltas serão para cartão vermelho ou apenas uma falta leve, dentro do razoável?

Este jogo, mais relevante do que o do futebol não deveria ser jogado com mais seriedade e honestidade? 

sábado, 16 de julho de 2022

QUE PALAVRA!

Chalaça

Dito zombeteiro. Gracejo pesado; chocarrice. (Aurélio)

Gracejo pesado; dito humorístico, ofensivo; caçoada; sátira. (Silveira Bueno)

Pilhéria. Dito mordaz, zombeteiro. Troça. (Soares Amora)

sexta-feira, 15 de julho de 2022

NÃO TARDA O SOL

O sol pode não estar dando sinais de que vem, mas virá e não tardará.

Ainda está cedo. Não há e não pode haver vexame, tanta pressa para que o sol saia, dê as caras com seu brilho fuzilante e sua quentura, muito quentura, quentura até que chega a quenturante.

Ele chegará altivo, sereno, no ritmo normalíssimo de todos os dias. Escondido está, tão distante, mas aparentando perto. 

Agora seu brilho dá sinais, ainda ofuscado entre as grossas nuvens dessa manhã cinzenta, de frios leves, de pios distantes, de poeiras oriundas de terrenos não calçados. Lá longe é que se pode ver um pontinho, uma coisa que ainda não chega a coisa mesmo. 

Agora mais perto se vê que ele começa a rasgar uma nuvem mais fina e mais outra, e mais outra, e mais outra.

Num piscar de olhos, já se pode ver um projeto de sol no horizonte, perfil de beleza natural. 

Não tarda a sair de seu ninho para brilhar e incomodar os incomodados com o calor da manhã depois das nove.

Não queria que ele saísse para que aplacasse o frio que castigava a pele e a torturava a ponto de não mais suportar?

E o sol chega, abre-se para o universo, e brilha, e esquenta, e clareia com clarão radiante, e anuncia a chegada de um novo dia. Serve também sua chegada como símbolo de mais uma porção de tempo que se esvai e ninguém neste mundo, por mais adiantado em poder, em sapiência, em desenvoltura, em descolagem, em prafrentagem tem a capacidade de segurá-lo ou fazê-lo repetir.

PROVÉRBIO

Quem acha, encaixa.

quinta-feira, 14 de julho de 2022

COMO ESTÁ O TEMPO

O tempo sempre está bom para quem está se sentindo bem.

Faça chuva, sol, calor, frio, friozinho, calor que faz pingar, frio que gela os ossos, chuva neblinada, chuva de pedra, chuva mansa, chuva braba, a que assusta, a que acalma, a de vento, a alagadeira, a passageira, a demorada, a goteirante, a de mais de um dia, a debaixo de trovões, relâmpagos e coriscos.

Faça calor bem calorento, sem fazer pingar, sem parecer ou parecer calafrio.

Nenhuma e nem uma das descrições pintadas acima abala quem quer que seja se por dentro e por fora do cujo estiver em perfeitas ou razoáveis condições: corpori e mentes sanas. E de preferência, sem dívidas a quem quer que seja.

Se devemos a alguém e não podemos pagar, pode o tempo estar o mais confortável possível que qualquer cujo vê-lo-á com uma perspectiva negativa.

PROVÉRBIO

Queira-me bem que não custa vintém.

quarta-feira, 13 de julho de 2022

SAÚDE E BOA FORMA

Saúde e boa forma andam encangadas.

Nos tempos atuais quase ninguém quer priorizar uma ou outra.

A boa forma leva à saúde. Muita gente aderiu à primeira por causa da obesidade ou outros problemas. Outros somente pelo modismo ou vaidade mesmo.

O bom é ter as duas ao mesmo tempo.


PROVÉRBIO

Queira-me bem de graça, que por dinheiro é chalaça.

terça-feira, 12 de julho de 2022

COMO BODES

Muitas pessoas no período de aguaceiro não conseguem adaptar-se. Sofrem só couro de pisar fumo.

Ficam enclausurados a ponto de nem saírem para as caminhadas matinais.

Em resumo. Em suma, como diz constantemente uma pessoa acolá: ficam iguais a bodes em tempo de chuva.

PROVÉRBIO

Quem não pode com o tempo, não inventa modas.

segunda-feira, 11 de julho de 2022

PROVÉRBIO

Quase todos os nossos pesares (ou penas), vem dos nossos pensares.

TEMPO INVERNOSO CONTINUA

O tempo invernoso continua por aqui.

Alguém já disse que são as sobras que vêm do litoral. Mas não. Penso que as coisas referentes à natureza não funcionam assim. As chuvas e as secas são fenômenos explicáveis até certo ponto, mas não nunca totalmente. Sempre há uma coisinha aqui e ali que os cientistas da chuva não conseguem explicar. Por  terem  a consciência de que não são deuses, eles admitem que tal e tal coisa não saiu como estava previsto.

É certo também que não estava na contagem de ninguém aparecer nesse tempo aquele mazarui de chuva, que incomoda e desabriga quem reside em lugares baixos, propensos a passar água.

Há lugares residenciais que já foram rios rios ou mesmo espaços onde corriam pequenos ou grandes riachos.

Em nossa terra, somente naqueles lugares próximos ao rio e em lugares baixos é que ninguém poderá livrar-se de um alagamento, caso o rio transborde e se transforme em grande cheia. Aí é inescapável.

domingo, 10 de julho de 2022

ENTRETENDO - EDIÇÃO DE DOMINGO

BEBA ÁGUA - Já tinha lido muitas dicas sobre o beber água em jejum, mas nunca igual ao que defende o doutor Fernando Lemos.

O Dr. Fernando Lemos é especialista das doenças do intestino, reto e ânus (Coloproctologista), clínico, cirurgião e vídeo-colonoscopista. É gaúcho.

Nas redes sociais, ele defende abertamente o que pensa. No YouTube, ele produz vídeos bem explicativos. 

Para beber água em jejum de modo correto faz-se necessário beber entre 600 e 640ml. Poderá começar com um copo apenas, mas deve chegar a pelo menos 600.

Outra recomendação é: deverá tomar o café da manhã no mínimo 30 minutos após a ingestão do último gole d'água.

O bem que faz - São inúmeros os benefícios beber água em jejum. Oxigena o cérebro, combate as doenças inflamatórias, como as infecções urinárias. Há outros benefícios que estão lá nas explicações do doutor especialista.

INVERNO DO PRÓXIMO ANO - Segundo os que se baseiam nas experiências da natureza, se chove nesse período, é certo que no ano seguinte haverá boa invernada.

OS BENFEITORES DA HUMANIDADE - F. Acquarone

O homem, bem como os povos, não se engrandece apenas pelo heroísmo que espalha a morte; mas, sim, pelo heroísmo que cria a vida. "Superiores aos heróis que destroem são os heróis que constroem".

Vocês estão cansados de ouvir dizer que a guerra é um grande mal; é o pior flagelo da Humanidade.

Napoleão Bonaparte, cujo reinado ficou assinalado por um extenso período de guerras, foi um homem prejudicial aos seus semelhantes. A sua glória repousa também sobre milhares de cadáveres e de lares destruídos!...

Muito maior do que a dos guerreiros é a figura de Pasteur. A glória deste refulge, esplêndida e imorredoura, muito acima de todos os conquistadores que o mundo já produziu até hoje.

Enquanto os soldados porfiavam, sacrificando milhares e milhares de vidas, ele, um humilde químico, passava a existência inteira, heroicamente, dentro de um laboratório, procurando salvar milhares de vidas. Lutava contra os micróbios que dizimavam os homens.

O verdadeiro heroísmo é esse. A verdadeira glória é essa: a que merece a gratidão de toda a Humanidade. Até hoje, quando uma criança consegue salvar-se de uma morte certa, graças aos trabalhos deste sábio, é com lágrimas nos olhos que seus pais lembram e abençoam o nome de Pasteur.

O nosso Imperador Pedro II, impressionado com os primeiros resultados positivos das experiências de Pasteur, foi um dos que mais estimularam o grande cientista francês a montar o Instituto que recebeu o seu nome. A sua contribuição pecuniária não foi pequena, e, quando, em Paris, travou relações de amizade com Pasteur, este, a fim de manifestar-lhe sua gratidão, mandou colocar no "hall" de entrada do edifício do Instituto o busto do Imperador, obra de um grande escultor francês.




sábado, 9 de julho de 2022

DICA GRAMATICAL

Em tempos modernos, muitas pessoas ficam todos os dias e o dia todo ao celular.

Mesmo que se esforcem, não conseguirão ficar no celular, visto que ainda não fabricaram um tão grande. E ainda que houvesse, para que ficar dentro dele? Para que tanto exagero?

Um dos sentidos da preposição a é o de aproximação. Estar ao celular é estar próximo dele. Estar no celular é estar dentro dele.



QUE PALAVRA!

Charão 

Verniz de laca muito lustroso e duradouro (Aurélio).

Verniz de laca, oriundo da China e do Japão; planta asiática da família das Anacardiáceas (Silveira Bueno).

DILÚVIO EM JULHO

Em algumas cidades do nosso Estado as chuvas parecem um dilúvio, dado o seu efeito arrasador.

É digno de nota o fato de que o invadimento de casas e lojas da cidade ocorre todos os anos em que chove. 

Se pegarmos os vídeos de anos anteriores pode ser que não sejam as mesmas vítimas, mas os fatos são similares.

sexta-feira, 8 de julho de 2022

quinta-feira, 7 de julho de 2022

UPANEMA ALERTA

O inmet alerta a maioria das cidades do estado para os perigos das chuvas nesses dias.

O perigos por aqui não são notados, visto que não está ocorrendo precipitações estrondosas como em Natal e Mossoró. Foi  apenas uns pinguinhos aqui, outros ali, etc e coisa e tal.

O SERTÃO VIRANDO MAR

Desde a madrugada deste dia que os pingos-pingos caem por aqui. Para virar mar está longe, mas muda a rotina de todos e divide a todos também com suas opiniões sobre o assunto.

Haverá pequeno registro pluviométrico, mas conseguiremos captar algum registro não substancioso.

DEJA VI

Vivemos um algo já visto, principalmente nos primeiros meses de dois mil e vinte.

Esse algo é um forte algo, devastador, assustador até. Até para os menos assustados, resistentes aos sustos mais incrementados de objetos assustadores.

A forteza que esse algo traz carrega em si uma carga forte devido à sua novidade entre nós. Sua aparição repentina deixou a todos com o coração nas mãos e desprotegidos contra suas investidas deletérias, que para muitos sua ação seria inócua e logo iria passar, qual uma cefaleia, um vento leve, chuva ou nuvem passageira. 

Que nada! No giro do tempo, logo começamos a perceber que o que parecia ser dor de cabeça, passou a uma forte enxaqueca, e das brabas.

A carruagem andou em marcha normal. Porém, olhando para trás, temos a impressão de que os dois anos que se passaram foram muito velozes. Mas não. Eles caminharam naturalíssimos. É certo que deixaram um rastro muito bem marcado.

E agora, o que parece se repetir, é apenas uma imitação branda, se considerarmos que sua ação deletéria não será um déjàvù (pronuncie dejavi) perfeito, devido a uma providência forjada na ciência, mas muitíssima mais na Providência Suprema.

PROVÉRBIO

Quanto mais se vive, mais se aprende.

terça-feira, 5 de julho de 2022

segunda-feira, 4 de julho de 2022

RETORNO

O segundo tempo - segunda etapa - do ano letivo começa hoje nas escolas públicas da cidade.

Até dezembro estaremos no batente, na diária, no diário, na caminhada, no caminho, na estrada, no lutar, no teimar e no fazer.

PROVÉRBIO

Quando urubu está caipora, não há galho verde que o aguente.

domingo, 3 de julho de 2022

ENTRETENDO - EDIÇÃO DE DOMINGO

INTERNET DE ANTIGAMENTE

Se lá para o fim do século passado um estudante ou mesmo um mero curioso das coisas quisesse entender o que seria Abandono de incapaz, teria numa enciclopédia a resposta rápida:

Delito que consiste em deixar fora de sua proteção  pessoa que está sob o cuidado, guarda, vigilância ou autoridade do criminoso e que seja incapaz de se defender dos riscos resultantes da falta daquela proteção. (Enciclopédia Brasileira Globo, volume 1)

CHUVA DE ONTEM - 5mm.

MÚSICA NA MINHA VIDA

Eu tiro o leite - Bob Nelson

Quando amanhece no meu rancho lá do oeste
Eu vejo o campo logo ao romper do sol
Manhãs felizes estas do meu faroeste
Tão felizes que parecem sinfonias do arrebol

O desponta, eu começo a trabalhar
Monto no meu cavalo e corro o campo até o fim
Passo a raspadeira no meu touro Barnabé
Sento na banqueta e ordenho a Salomé

Cantando assim, eu tiro leite, eu tiro leite
Eu tiro leite, eu tiro leite
Eu tiro leite, eu tiro leite
Eu tiro leite, eu tiro leite

Lá para fins dos anos 70, o rádio AM entrava com força nas casas. A música era ouvida principalmente no rádio porque pouca gente possuía uma radiola.

Eu tiro o leite era sucesso. Não sei de quem era a voz que aparecia no final da música que dizia assim: "Desse jeito não tem vaca que aguente". Provavelmente era outro cantor e não Bob Nelson.

ASSEMBLEIA DOS RATOS (Monteiro Lobato)

Um gato de nome Faro-Fino deu de fazer tal destroço na rataria duma casa velha que os sobreviventes, sem ânimo de sair das tocas, estavam a ponto de morrer de fome.

Tornando-se muito sério o caso, resolveram reunir-se em assembleia para o estudo da questão. Aguardaram para isso certa noite em que Faro-Fino andava aos mios pelo telhado, fazendo sonetos à lua.

– Acho — disse um deles — que o meio de nos defendermos de Faro-Fino é lhe atarmos um guizo ao pescoço. Assim que ele se aproxime, o guizo o denuncia e pomo-nos ao fresco a tempo.

Palmas e bravos saudaram a luminosa ideia. O projeto foi aprovado com delírio. Só votou contra, um rato casmurro, que pediu a palavra e disse — Está tudo muito direito. Mas quem vai amarrar o guizo no pescoço de Faro-Fino?

Silêncio geral. Um desculpou-se por não saber dar nó. Outro, porque não era tolo. Todos, porque não tinham coragem. E a assembleia dissolveu-se no meio de geral consternação.

Dizer é fácil; fazer é que são elas!
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A fábula acima de Monteiro Lobato retrata grandes lições, principalmente sobre o prometer e o fazer e sobre os grandes farofeiros da humanidade.

sábado, 2 de julho de 2022

PARCIALMENTE

Dia parcialmente nublado. Sol forte já!

QUE PALAVRA!

Chapeleiro

Aquele que faz ou vende chapéus (Aurélio)

Ou chapeleira: Caixa de guardar chapéus. Pessoa que faz chapéus (Silveira Bueno)

A profissão de fazedor de chapéus - principalmente o de palha - não é tão comum no nosso meio. Em cada canto via-se alguém fazendo chapéu. Muitos sobreviviam daquilo.

Em Machado de Assis encontramos um personagem que tinha o hábito de andar de chapéu. Veja o que acontece com o bacharel Conrado Seabra. Por causa de um chapéu, surge um problema. 

O genial Machado de Assis conta a história em seu conto "Capítulo dos chapéus". Veja o começo da história. Se caso goste, o leitor poderá ver o resto. É só buscar.

Musa, canta o despeito de Mariana, esposa do bacharel Conrado Seabra, naquela manhã de abril de 1879. Qual a causa de tamanho alvoroço? Um simples chapéu, leve, não deselegante, um chapéu baixo. Conrado, advogado, com escritório na rua da Quitanda, trazia-o todos os dias à cidade, ia com ele às audiências; só não o levava às recepções, teatro lírico, enterros e visitas de cerimônia. No mais era constante, e isto desde cinco ou seis anos, que tantos eram os do casamento. Ora, naquela singular manhã de abril, acabado o almoço, Conrado começou a enrolar um cigarro, e Mariana anunciou sorrindo que ia pedir-lhe uma coisa.
— Que é, meu anjo?
— Você é capaz de fazer-me um sacrifício?
— Dez, vinte...
— Pois então não vá mais à cidade com aquele chapéu.
— Por quê? é feio?
— Não digo que seja feio; mas é cá para fora, para andar na vizinhança, à tarde ou à noite, mas na cidade, um advogado, não me parece que...
— Que tolice, iaiá!
— Pois sim, mas faz-me este favor, faz?




sexta-feira, 1 de julho de 2022

METADE DO ANO

Chegamos à metade dos meses, mas não necessariamente à metade do ano.

Na ponta do lápis, chegamos aos cento e oitenta e dois dias, faltando cento e oitenta e três para o término.

O primeiro semestre já se foi e entra no segundo hoje.

É uma nova etapa do ano que se inicia.

Toda essa numerada é para refletirmos sobre o tempo que passa - não como algo extraordinário, do mundo de lá - mas como algo muito mais natural do que a grande maioria das frutas que consumimos trazidas do mercado.

Começa uma nova etapa do ano, carregada com uma nova temporada de ano letivo para quem nele está envolvido.

Para os que militam no comércio, já enxergam os dias de melhores vendas - como em agosto - dos pais e os seguintes, que não deixarão de promover festas aqui e acolá.

Abençoado segundo semestre seja!

PROVÉRBIO

Quando urubu anda sem sorte, não há galho de pau podre que o aguente (Gaúcho).

DEZESSETE

A medição do que falta para a sangria da barragem de Umari continua. Agora faltam dezessete centímetros.  Parece pouco, mas falta muita água...