terça-feira, 30 de junho de 2020

PROVÉRBIO

Cesteiro que faz um cesto, faz um cento, tendo cipó e tempo.

CONTO

Muito cedo saiu, como de costume, para o seu caminhar matinal. Calçou-se, mascarou-se, bengalou-se - o último acessório servia para afugentar cachorros vadios que atacam os madrugadores.

Na esquina, pedintes de moedas para uma chamada no bar mais próximo. 

"Não tenho. E mesmo se tivesse, não dava. Não bebo e tenho raiva de quem bebe e fabrica a bebida."

Naquele dia estava sem sorte. Ao passar por um terreno baldio, uma cobra daquele tamanho. Bengala nela, mas ela fugiu.

Mais à frente, perguntas indiscretas:

"O que está fazendo a esta hora, homem de Deus?"

"Nada. O que você está fazendo também".

Mais adiante, alcança um grupo de caminhantes. Resolveram puxar conversa.

"Não quero conversar. Não se deve conversar caminhando. Gasta-se oxigênio à toa."

Chegou a vez dos cães. Vinha um lote, brigando, numa disputa ferrenha por uma presa amorosa. Era uma pra seis. Assim não dá.

"Querem ver? Vai sobrar pra mim!"

Mas felizmente não sobrou. Foram embora.

Outro lote apareceu. Dessa vez, jumentos na praça saboreavam gramas bem verdinhas, ainda molhadas da chuva da noite. Não se conteve e usou pela segunda vez a arma. Nem precisou bater nos animais. Apenas apontou para eles para que fugissem e fossem pastar em outro lugar.

O que fez agora o caminhante? Fez meia volta e voltou para casa.



MÊS FINDO

Fim de mês muito diferente de outros trinta de junho. Grande parte da sociedade estaria mergulhada em folias e nenhuma preocupação na sobrevivência. Dia de movimentação da economia, dia de pagamentos.

É isso. Caminhamos, de preferência cantando e seguindo, de preferência o que for melhor para cada um. Pois se formos seguir a canção ou multidão, poderemos não sairmos bem na parada.

MURIÇOCAS ATACAM

O bichinho chato, alcunhado por aqui de muriçoca, ataca. São mosquitos chatos, que podem, no máximo, irritar nossa pele e nossa paciência. A irritação da paciência advém do zumbido chato. Os outros, como o da dengue, já é uma história mais cruzeiro.

Mosquito: Nome comum de todos os insetos dípteros da família dos culicídeos, composta aproximadamente de 2.000 espécies distribuídas em 30 gêneros. Entre estes os mais importantes são: Cúlex, Anopheles e Aedes. Os mosquitos são de distribuição cosmopolita; vivem nas mais diferentes altitudes, desde 4.000 m nas montanhas até 1.000 m abaixo do nível do mar, em minas.
Além da malária, os mosquitos transmitem o dengue, virose já descrita no Brasil em 1923, e existente em quase todas as regiões tropicais e subtropicais do mundo. Em 1930 foi descoberta em Natal, pelo entomologista norte-americano Shannon, a espécie Anopheles (Myzomyia) gambiae, temível vetor da malária no continente africano, e que de Natal invadiu enorme área do Brasil, chegando a atingir o Estado do Ceará. Somente em novembro de 1940 ele foi completamente erradicado da América, graças à cooperação entre a fundação Rockefeller e o governo brasileiro. (Recortes da Enciclopédia Brasileira Globo, verbete mosquito, volume VIII, 1977).

PROVÉRBIO

Céu pedrento, chuva ou vento. (São Paulo)

segunda-feira, 29 de junho de 2020

PRINCIPIOU

Principiou uma chuva, mas findou em neblina hoje à noite. Não deu para medir nem um milímetro no copinho.

PROVÉRBIO

Cavalo pintado só na parede.

MAIS DE CEM DIAS

São mais de cem dias do decreto da parada das aulas presenciais no país. 

Os dias letivos, preto no branco em sala de aula, no entorno de setenta dias. São setenta dias, tirando sábados, domingos e feriados sem haver aulas presenciais.

Prejuízos incontáveis

Não dá pra se contar os prejuízos dessa falta de aulas durante tanto tempo. 

No passado, caso similar

Se ficamos contrariados com o fato de não haver aulas por causa de uma peste, no passado as graves afastaram das salas de aula os alunos por um tempo longo. De memória temos a greve que terminou em agosto de 2011. O prejuízo dos alunos foram os mesmos.

Assim, ninguém pode ficar escandalizado por essa ausência tão longa nesse momento histórico. Pelo que percebemos, agora não poderia ser evitada a paralisação. Uma greve, sim. Pode-se lutar a favor de pautas reinvindicatórias sem paralisação. O certo é que os sindicatos ainda não descobriram isso.

PROVÉRBIO

Cavalo peado não salta valado.

domingo, 28 de junho de 2020

ENTRETENDO - EDIÇÃO DE DOMINGO

Caminhamos. Mais uma semana caminhamos e chegamos aqui. Uma nova se inicia. Nada de novo, talvez. O novo seria uma notícia da extinção do coiso entre nós. Mas ainda é cedo.

QUEM SE LEMBRA?

Ó de casa!... dá licença? - bradou neste momento com voz forte e sonora uma pessoa, que vinha subindo a escada do alpendre. (A escrava Isaura, Bernardo Guimarães).

A cena acima é uma amostra do comportamento das pessoas de bem do passado quando chegavam numa casa, quer de gente conhecida ou não. O ó de casa do texto dizemos por aqui ô de casa. As expressões equivalem-se.

TEXTOS ANTIGOS

O dono da ema

Foi um deus-nos-acuda quando o Zé Moreno chegou embriagado ao terreiro da fazenda Brejão, empunhando um revólver e querendo por fina força acabar com as danças a que pares amorosos se entregavam.

- Não faça isso, seu Zé Moreno, não faça isso! pediam-lhe todos.

Ante os modos súplices daquela gente acovardada, Zé Moreno desistiu de "queimar um diabo", mas prostrou com certeiro tiro uma ema que andava pelo pátio.

Houve um momento de pânico. A ema pertencia ao Calixto, sujeito temido e turbulento que morava na vizinha fazenda Água Dormida. A apreensão de todos foi maior ao se divulgar que um cabra de Calixto se escapulira em rumo da casa deste, a fim de lhe dar conta da afrontosa proeza de Zé Moreno. Ainda estavam todos a cochichar que "aquilo não ficava assim", quando Calixto, armado de rifle, riscou no Brejão e, apeando-se destramente, bradou de arma aperrada:

- Apareça, apareça quem matou minha ema!

Houve um silêncio de morte. Os olhares todos convergiram denunciantes para Zé Moreno, o qual, simulando a maior calma, quedou-se indiferente, como se nada tivesse a ver com aquilo. Então, animado, animado, o Calixto rompeu numa série de impropérios contra tudo e contra todos, insultando principalmente o velho Antônio Francisco, dono do Brejão. Este, que estava no interior da casa, pegou seu velho bacamarte boca de sino e inesperadamente saltou no meio do terreiro, gritando, resoluto:

- Apareça, apareça o dono da ema!

Toda aquela gente fechou os olhos, para não ver a desgraça. Mas o Calixto, esmorecendo, disse conciliador, e num riso amarelo:

-Deixe de besteira, Antônio Francisco, deixe de besteira! Eu tou é caçoando... Deixe de besteira! Ema é bicho do mato; você já viu ema ter dono?

(Leonardo Mota, Sertão Alegre, Edições de Ouro - Livro didático Português Dinâmico, Sétima série, Siqueira & Bertolin - IBEP)

É NOTÍCIA

Transposição - Volta a ser notícia a transposição das águas do Rio São Francisco.

A transposição é histórica. A primeira vez que ouvi falar foi no tempo de Aluísio Alves. Foi da própria boca dele que ouvimos rumores dessa transposição. Depois escutamos que Dom Pedro II foi quem primeiro pensou no assunto. Foi-se o Império, e nada de transposição. Agora no governo Lula - 2007 - saiu do papel e das cabeças. Houve até filme sobre o assunto. Ontem mais uma etapa foi inaugurada com a da abertura de  algumas comportas pelo atual presidente. O assunto vai se estender durante muito tempo ainda até sua conclusão.

Volta às aulas - A volta às aulas presenciais está naquilo que chamamos em matemática: uma incógnita. É um elemento escondido que ninguém sabe, mas saberá quando resolver algumas equações. Aqui o tempo é o senhor da coisa. Ele dirá quando e como. No momento, está todo mundo assustado com o coiso. Ninguém quer se aproximar das pessoas, pois o inimigo poderá estar lá. Setembro é o mês que ainda se arrisca dizer quando se refere ao tempo. O dia, não!

As folias - Já passaram algumas datas de folias, mas não foram possíveis devido ao motivo óbvio. As folias da semana santa e juninas passaram de largo. Vem aí o mês de setembro, sem contar com as folias fora de época carnavalesca. Aqui o 16 de setembro provavelmente está fora de cogitação. Tem ainda os comícios com suas pisadinhas, comitês e pombeiros. Tudo de forma virtual. Há ainda as festas religiosas da cidade e do campo.

Carro fumacê - A cidade espera o carro fumacê para espantar os mosquitos que estão causando dengue e chicungunya.

Sem chuvas - Terminamos a semana sem chuvas. Houve apenas chuviscos que não deram pra registrar no copinho.

Provérbio - Cavalo de campo não come pasto cortado.

EXPRESSÃO DO UPANEMÊS

Arriado os quatro pneus: apaixonadíssimo.
Às pampas: muito; grande quantidade.
Até que enfim: finalmente.

COMPORTAMENTO

Fumava-se. No ambiente sem luz pairava fixo o nevoeiro dos hálitos e um cheiro de sarro intolerável. (Trecho de "O Ateneu"). 

Naquela época - início do século XX e até dos anos 80, era comum o uso do cigarro entre professores e alunos. Depois apareceram leis que coibiram e proibiram tais usos no meio escolar e em todos os lugares fechados.

SAÚDE

•Tome banho todos os dias, pois é muito importante para a saúde, mas não o banho muito quente que prejudica. Melhor é o banho frio ou frio e quente alternado: um minuto frio, um minuto quente, sete vezes ou mais.

•Tome frequentemente algum remédio natural contra verme, pois a maioria dos brasileiros tem vermes e por isso não tem boa saúde. (Conselhos de Jaime Bruning)

Os casos e as vítimas da virose do ano seguem em ordem crescente. Está sem nenhuma pressa atrapalhando a vida de todo mundo - do menor ao maior.

Ivermectina - É um remédio que está sendo muito consumido, inclusive em Upanema. Quem toma está tentando prevenir-se contra o corona. Seu uso é desaconselhado por alguns médicos. Há contra-indicações, dizem eles. Pode causar diarreia, dores de cabeça e falta de disposição.

POESIA

Página virada

Quando a página virar
Quero estar virando com ela
Assim como acompanhei
Desde os primeiros rumores
De sua possível vinda
Quero estar aqui
Vivinho da silva
Para ver essa página passar
Como passamos uma página
De um livro ruim
Sem enredo
Sem história
Sem bons personagens
Sem ambiente agradável.

Quero que essa página passe
Tangida pelos bons ventos
Das pessoas virtuosas
De bons sentimentos.

Quero página virada
Que deixe poucos rastros
Na nossa história
Que muito em breve
Todos possamos
Cantar a a vitória
Em cantos bem entoados
Articulados
E que fechemos o livro
Para não mais abrirmos.












sábado, 27 de junho de 2020

A VOLTA

A volta às aulas presenciais é novamente discutida cada vez que chega perto de se esgotar o tempo do decreto.

O decreto vai até o dia 6 de julho. Antes disso, o governo renovará para mais adiante. Apostamos em setembro a volta.

NUBLADO

Todo o dia nublado. Tempo bom que aqui é privilégio. Gostamos disso. Os outros dias é muito sol e calor.

BOLETIM COVID-19

Segundo a página da PMM no Facebook, há 17 confirmados com o covid em Upanema. Tendo 11 recuperados, 5 em tratamento domiciliar e 1 óbito.

QUE PALAVRAS!

Caneta: Pequeno tubo onde se encaixa a pena ou a ponta com que se escreve a tinta. (Aurélio)

Uma arma muito poderosa na mão de um poderoso. O que se escreve é a sentença ou a salvação.

Cangalhas: Armação de madeira ou de ferro em que se sustenta e equilibra a carga das bestas, metade para cada lado. (Aurélio).

Também se chama cangalhas os óculos. Lemos isto na literatura brasileira, principalmente nos clássicos.

PROVÉRBIO

Cavalo de campo não come pasto cortado.

sexta-feira, 26 de junho de 2020

PROVÉRBIO

Cavalo de campo não bebe água de balde.

POESIA

Queria uma canção

Queria uma canção
Que arrasasse cada coração
Fizesse as almas viajarem
Aos rincões
Sem que precisasse
Dar um passo sequer.

Queria uma canção
Que não tivesse
Gritos e apologias
A não ser ao amor
Que cantasse o amor
De quem tivesse dor
Uma canção que fosse
Refrigério para as almas
Que trouxesse calma
Aos desacalmados
Que gritasse bem alto
E acordasse
Os desacordados
Que trouxesse o sentir
Aos que não mais sentem
A presença dos bons sentimentos.


INCERTEZAS

O que diz a ciência acerca das máscaras?

A ideia que predomina é que ela é muito eficaz se usada adequadamente. Mas aqui e acolá e mais adiante ouvimos outras vozes discordantes até sobre sua eficácia e precisão. Precisão no sentido de necessidade em determinados momentos.

Ao ar livre faz-se necessário seu uso? O uso durante muito tempo não prejudica os pulmões ao invés de defendê-los?

São estas e outras indagações que a deusa ciência precisa responder.

PROVÉRBIO

Cavalo bom é o que cerca o boi na hora.

quarta-feira, 24 de junho de 2020

PROVÉRBIO

Casar não é nada: agora, viver, é que é.

AS ELEIÇÕES

A definição do dia do pleito eleitoral deste ano já se tornou uma minissérie. Ou uma novela, como diríamos antigamente. 

Estava tudo certo para o dia 4 de outubro, mas de repente, mais que de repente, ela chega: 

- Brá! Vamos adiar isso!

E será adiada mesmo. Ontem o senado aprovou em primeiro turno. Seguirá os trâmites legais: segundo turno no senado e depois caminha para a câmara, etc coisa e tal. E em 15 de novembro, como nos tempos passados, ocorrerá o pleito.

PROVÉRBIO

Casco rachado, cavalo gordo. (Gaúcho)

terça-feira, 23 de junho de 2020

PROVÉRBIO

Casar não é casaca que se pendura numa estaca. (São Paulo)

EM TEMPO DE MÁSCARAS

Em tempo do uso constante de máscaras, elas caem. 

A competência tão apregoada aos quatro ventos em tempos eleitorais, dissipa-se nos momentos críticos.

PROVÉRBIO

Casar é bom, agora o causo é achar a noiva.(Caipira Paulista)

REINVENÇÃO

Nessa época, já que não pode haver fogueiras, acende-se velas.

Se quadrilhas não podem existir, uma live com danças e músicas juninas.

segunda-feira, 22 de junho de 2020

PROVÉRBIO

Casamento é destino.

CATORZE FEIRAS

Na ponta do lápis, contamos quatorze feiras não convencionais, banca batendo em banca, gente esbarrando em gente. Uns comprando, outros olhando, outros passeando, outros encharcando, outros passando.

É este tipo de feira que não temos tido mais.

Apesar disso, as pessoas têm saído para comprar e até para não fazer nada. Afinal, ninguém é de feito de ferro.

PROVÉRBIO

Casamento dá juízo.

domingo, 21 de junho de 2020

ENTRETENDO - EDIÇÃO DE DOMINGO

O fique em casa não está mais colando como no princípio da pandemia. É como se mais pessoas estivessem aprendendo as artimanhas do coiso-19. Enquanto ficamos em casa, a economia vai ficando mais frágil.

Quem se lembra?

Bobe e friso nos cabelos era coisa muito comum no meu passado. Como os nomes mudaram muito, já vi frisos pra vender, mas com o nome de grampo. Bobe já vi, mas não sei como é chamado hoje. 

Fiquei meio bobó ou bobo de tanto procurar em dicionários convencionais uma definição, mas não encontrei. Achei aqui mesmo na grande rede. "É um rolo ou cilindro de material plástico. Serve para enrolar o cabelo."

EXPRESSÃO DO UPANEMÊS

Arrastar asa: Paquerar, estar a fim de alguém.
Arredar o pé: Ir embora.
Arre égua! Interjeição que pode significar alegria, irritação, surpresa.

SAÚDE

•Apanhe sol regularmente, pois ninguém pode viver bem sem ele.
•Beba água pura pelo menos 7 a 8 copos por dia, mas nunca gelada, pois o gelo faz enorme mal ao estômago. Em jejum, um copo de água pura faz muito bem à saúde. (Conselhos de Jaime Bruning)

FRASE

Alongamentos

O alongamento do corpo e o da mente têm algo em comum.




sábado, 20 de junho de 2020

PROVÉRBIO

Casa grande, trabalhos grandes.

QUE PALAVRAS!

Candonga - Carinho fingido; adulação. Intriga, mexerico. (Aurélio).

Havia uma novela global que um personagem tratava uma senhora com esse nome. "Minha candonguinha" pra aqui e pra ali. Na verdade, ele não era flor que se pudesse cheirar.

Entre nós, tal palavra praticamente não é nem escrita, nem pronunciada. 

Há somente um caso de um homem que chamava sua mulher com esse nome. Não sei se influenciado pelo personagem da novela.

Há ainda o verbo candongar: fazer candonga.

Campanha - Planície, campo aberto. Batalha. Movimento comum para se conseguir alguma coisa. (Soares Amora).

O segundo significado é o mais atual: ela já começou antes do prazo legal. Já há campanha. Chama-se de pré, mas é revestida de campanha mesmo. Falo, é claro, da campanha política deste ano. A batalha está nas ruas. Quem é coxo e até os que não são partiram cedo. Este ano será de uma forma bem diferente das outras. Não se sabe nem se haverá comícios. Esperemos pra ver.

TEMPERATURA

Temperatura baixa, aquele friinho agradável cai pelas manhãs juninas e bota muita gente pra correr da caminhada matinal.

PROVÉRBIO

Casa de pobre, tacho de cobre.

NOVE

Foram apenas 9mm a chuva da tardinha de ontem.

quinta-feira, 18 de junho de 2020

PROVÉRBIO

Caranguejo quando anda infeliz, cai de costas e quebra o nariz.

ALGUMAS FRASES POR ACASO

Hoje é dia do Químico.

Liberto não é o que faz o que quer, mas o que consegue fazer o melhor para si e para os outros.

Abusar da liberdade é o pior abuso.

Na biblioteca: "Silêncio, tem gente lendo". Isso não nos pertence mais. Que pena!

Uma coisa do outro mundo: pesquisa em dicionários de papel. Agora é pesquisa em canto nenhum.

Falar de todo jeito, em toda hora, em todo lugar, o que vier às ventas, é coisa infrutífera.

Guardar o que não precisa. Vai que um dia precisa!

Imitar somente as boas ações. 

Nunca sentir inveja de ninguém, nem a inveja boa.

Um elogio na hora certa derruba barreiras.

Ser pastor em pouco pasto é tarefa árdua.

Onde devemos ficar nossas ações? Nos problemas ou nas soluções?

Qual o mais chato numa reunião? As conversas paralelas ou o psiu?

Feira boa de se frequentar é a de letras, palavras, frases, textos, ideias, etc. É a feira do livro.

O nome Marina significa "do mar".




PROVÉRBIO

Caranguejo não morreu enforcado porque não tem pescoço.

quarta-feira, 17 de junho de 2020

PROVÉRBIO

Caranguejo é gordo em mês que não tem r.

CALENDÁRIO

O bichinho invisível a olho nu mexeu com os costumes das pessoas e com o calendário.

Fomos forçados a mudarmos os costumes bons e os maus.

O calendário escolar foi simplesmente virado de cabeça pra baixo. Praticamente dizimado. Não se sabe no que virou o calendário escolar. O primeiro bimestre estava inconcluso quando as aulas presenciais foram interrompidas. Estaríamos realizando atividades avaliativas do segundo bimestre, caso vivéssemos em tempos normais.

Outro calendário é o eleitoral. Este não foi mexido, mas poderá ser em breve. Há perspectivas de mudanças para o pleito ocorrer em novembro ou dezembro.

O calendário para os estudantes que farão Enem pode mudar também. Poderá ser em janeiro ou mais adiante as provas que estão previstas para novembro. Uma enquete neste mês dará o norte.

NOTÍCIAS DA VOLTA

As notícias da volta às aulas é aquilo que Carlos Drummond chamou de não-notícias. Se de não-notícias faz-se uma crônica, de não-notícias faz-se um pequeno texto. 

Por enquanto é o que temos. Pinta-se um quadro de incertezas a cada dia. Uma volta agora significa o cumprimento de protocolos muito mais rigorosos dos que estão sendo cobrados aqui fora.

Professores e alunos de máscaras? Alternância de alunos, turmas, turnos? 

Tudo isso e muito mais pode ser exigido para a volta das aulas presenciais.


PROVÉRBIO

Cara feia é fome.

segunda-feira, 15 de junho de 2020

PROVÉRBIO

Cana dá mais no Brasil que no Canadá. (Barão de Itararé)

HOJE É DIA DE ALFACE

A alface é um produto bastante consumido nas feiras de verduras.

A alface é calmante, contra insônia, ajuda ao estômago, nas vertigens. Alface com malva combate a tosse e os catarros

Palavras de Jaime Bruning, estudioso da medicina natural.

Observação: Alface é palavra feminina, mas geralmente é tratada como masculina. É raro ouvirmos alguém dizer a alface. 


POEMA

Talvez

Um talvez é pouco
Para descrever
O que por dentro há
Acerca do que penso
Sobre você.

Um quiçá será melhor
Ou um decerto melhor cai
Na nossa gramática interior
Para eu melhor me expressar
Por vossa bonitência o meu amor?

Se porventura ficar
Uma dúvida em você
Possivelmente esclarecerei
De corpo presente
Por sua senhoria todo o meu querer.


CRÔNICA

Se bem me lembro

No meu tempo de criança, as coisas eram muito diferentes: a escola era mais disciplinada, a disciplina era aplicada. Assim, o professor passaria a tabuada. Você teria que estudar e responder certo. Caso você errasse, iria apanhar de palmatória. Uma vez eu apanhei, imagina quem bateu em mim! Meu irmão. Eu nunca esqueci.

Mas naquele tempo a educação era bem aplicada, mas por causa das dificuldades, não estudei, mas estudei o bastante para saber ler e escrever. Você sabe que naquele tempo não tinha merenda. Eu acordava bem cedo, calçava meu chinelo e saía com meu caderninho bem pequeno porque meu pai não tinha condições para comprar outro.

Isso são lembranças do meu passado, e hoje eu digo aos meus filhos: estude para ser alguém na vida porque sua escola é maravilhosa. (Desconhecido)

 

PROVÉRBIO

Cada um tem o seu modo de matar pulgas.

domingo, 14 de junho de 2020

ENTRETENDO - EDIÇÃO DE DOMINGO

Estamos em meados de junho. Metade do ano chegando. Tudo diferente. Quem disse que faria isto ou aquilo de março a dezembro, está com uma pontinha de frustração. Mas não precisamos de perdermos tempo com frustração. Não resolve ficarmos frustados. Aprendamos com o tempo em que estamos vivendo. Ele está nos dando lições inexoráveis. Imagine que ele está confirmando que ninguém faz o que quer. Traduzindo: o mundo não gira em torno do nosso nariz.

QUEM SE LEMBRA?

Francês: Quem é do tempo em que havia o ensino do francês nas escolas brasileiras?

Recordo aqui, em rápidas digitadas, minha quase ligação com o francês. No ano em que eu estudaria aquela língua, foi abolida, pelo menos aqui em Upanema. E quem lecionava era Ronaldo Medeiros, filho de Eliseu Freire. 

Em "O Ateneu", romance de Raul Pompeia, o personagem-narrador Sérgio recorda os momentos de estudante e a disciplina francês: "E por ocasião das provas de francês já não era estreante."

ESCOLA

Na escola fundamental, as aulas de português dão ênfase excessiva ao ensino da gramática, em detrimento do desenvolvimento da leitura e da escrita. O aluno precisa aprender a dominar as habilidades da língua, que são, segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais, ler, escrever, ouvir, falar.  

O parágrafo acima é uma fala que está na Revista do Enem e 2006. É uma opinião de Lia Scholze, mestre em Teoria Literária da PUCRS, doutora em Educação pela UFRGS, pesquisadora na área de linguagem, coordenadora da linha editorial e publicações do INEP. 

Não posso concordar com o que a professora diz, a não ser que na região sudeste a gramática seja ensinada com excesso, porque por aqui, não. O que falta aqui mesmo é o ensino da gramática, pois, sem ela ou o pouco estudo dela é que uma grande quantidade de alunos não conseguem sistematizar frases razoavelmente. É inegável o valor do estudo da gramática. Ela serve como uma baliza que disciplina, sistematiza as frases. A gramática ensina a concordância das palavras, dos verbos, enfim, todo o esqueleto da frase é montado com o auxílio das regras. Não se domina as habilidades da língua sem a organização das frases. Uma regência do verbo mal colocada tira a beleza de uma construção textual. Dizer que alguém é fanático por futebol, certamente soa melhor que fanático a futebol. Isto é regência nominal.

HUMOR

Juca sentou-se ao lado da mulher que estava costurando e foi falando:
- Mais devagar, cuidado! A linha vai quebrar. Vire o pano para a direita. Pare! Puxe o pano!
- Quer parar - gritou Célia, enervada - Eu sei costurar!
- Claro que sabe, meu bem - retrucou Juca - Eu só queria que soubesse como eu me sinto quando faz o mesmo comigo, quando estou dirigindo o carro. (Folhinha do Sagrado Coração de Jesus)

PROVÉRBIO

Cada um tem a sua hora e a sua vez.

POEMA

12 de junho  

Hoje o meu dia é soturno
Pois me falta o teu amor
Sou estrada sem destino
Jardim sem nenhuma flor.

Hoje o meu presente
É a mais gélida  solidão
Por ironia do destino
Não toquei o teu coração.

Hoje estou a indagar-me
Se poderia ser diferente
Mas se não tenho o teu afeto
Só me resta seguir em frente.
                               (Júlia Costa)

UPANEMA ANTIGA

As cacimbas

Até onde o nosso conhecimento alcança, as cacimbas sempre foram valiosas para os seres humanos. No nordeste brasileiro elas têm uma importância extraordinária para a sobrevivência.  

Encontramos em "Os Sertões", clássico de Euclides da Cunha, a importância delas para os habitantes dos povos de Canudos e adjacentes e muito mais para os soldados, muitas vezes perdidos na mata sem comida, sem rumo e sem água. O pouso  para descansar das longas jornadas era sempre próximo de cacimbas. Deixemos que o autor de Os Sertões fale: "...e tendo, pouco distante, a cacimba ou a ipueira que determinou a escolha do local."

As nossas cacimbas,  que tantas vezes fiz referência, não ficaram para trás no seu valor como ponto decisivo de pouso. Nossos índios pêgas mudavam de lugar cada vez que escasseava a água. As cacimbas eram a salvação. Ao voltar o inverno, nova aproximação da zona ribeira. Nossos pais e antepassados deles sobreviviam com as águas de cacimbas. Cavavam com os instrumentos de que dispunham. Iam até onde podiam alcançar. Nunca deixavam de ter água para o consumo próprio e dos animais. O leito do rio e as várzeas ofereciam boas cacimbas. O primeiro lugar era para consumo de lavagem de roupa e aguação de plantas. O segundo, para beber.

EXPRESSÃO DO UPANEMÊS

Ar de riso: Riso simples. Ex: Fez do um ar de riso quando me avistou.
Arrancar das goelas: Tirar algo de si sem poder. Ex: Tirei das goelas pra pagar aquele imóvel.

SAÚDE

Dengue - Em 2002, a dengue foi notícia no país. Em janeiro daquele ano, registrou-se 18.009 casos no Rio de Janeiro. Noticiou a revista Veja.

Carro fumacê - Não está na hora de  carro fumacê para matar e espantou os mosquitos?

• Respire ar puro dia e noite. Nunca fique em ambientes fechados e poluídos, isso estraga nosso sangue. Evite a fumaça do cigarro. Não fume, pois você não foi criado para ser chaminé ambulante. O fumo é grande causador de doenças, inclusive câncer de pulmão. (Conselhos de Jaime Bruning)










sábado, 13 de junho de 2020

PROVÉRBIO

Cada um só vê e entende as coisas do seu modo.

CONTO

As aulas da restauração

Aprendemos dos nossos pais desde crianças que o nosso mundo algum dia, de alguma maneira terá fim. Eles nos ensinaram quando dávamos os primeiros passos e aprendíamos as primeiras sílabas. Isto logicamente, fez com que enraizasse em nós aquela noção de fim, destruição, desespero, caos. O fim significa que temos de aguardar logo após o desfecho um inferno de fogo inextinguível e eterno para os ímpios pecadores; um purgatório para os que não alcançaram de imediato a bem-aventurança, e que ficam submetidos também a um fogo que purifica os pecados gradativamente e que daí será introduzido ao Céu. Esse céu é o lugar de gozo dos privilegiados e predestinados, que na Terra fizeram a vontade do Criador.

Mas... há alguns dias as coisas no mundo pareciam que tudo corriam normalmente: as fábricas funcionavam; os professores lecionavam; as crianças saltitavam alegres, puras e inocentes à espera do vovô que as abraçava; a menina-moça prosseguia o amor pelo jovem; os preços - principalmente nos países capitalistas - galopavam sem freio; a inflação aumentava a cada minuto; os patrões pagavam baixíssimos salários aos empregados; os governos déspotas regiam seus países com vara de ferro; as doenças incuráveis continuavam assolando impiedosamente  o físico e as convivências dos enfermos; o trânsito louco ceifava vidas que desabrochavam ou que já não produziam, mas esperavam seus últimos dias em paz; os políticos guerreavam-se  entre si  por chegarem ao poder.

Diante disso, algo estava por acontecer. No entanto, ninguém esperava, pois todos estavam envolvidos com tudo o que é palpável, material e vaidoso. E outros voltados para o cepticismo - que atinge hoje grande parte dos homens. Isso nos faz pensar que em ambos os casos citados, não era exercida a fé que, talvez fosse a milésima parte de um grão de mostarda; isso dar pra imaginarmos que fé tinham.

De repente algo apareceu para quebrar a rotina que há milhões de anos existia. Imaginem só o que aconteceu: apareceram cerca de setecentos seres extraterrestres que invadiram o continente americano em grupos de dois, com a missão específica de banir da face da Terra tudo que constituía  mazela, erro.

Eles baixaram com uma rapidez tamanha tal como um relâmpago que se lança do Oriente para o Ocidente. Não sabe-se exatamente de onde vieram, mas sabe- se que surgiram de cima e dos lados.

Enquanto preparavam-se para agir, apareceram as conjecturas dos terrestres acerca da procedência dos estranhos: vieram de outros planetas habitáveis com a finalidade de conhecerem e fazerem-se conhecer aos novos habitantes; eram pessoas que já morreram e vinham resolver os problemas mais graves daqui. Outros diziam que eram discos voadores que vinham com o intuito desconhecido de nós. Na verdade, eles não viam discos voadores, somente pessoas.

As Forças Armadas cuidaram que fossem espiões ou invasores de países que tinham relações diplomáticas agravadas com eles.

Os menos esclarecidos e até os melhores leitores de profecias diziam que estavam presenciando o fim do mundo.

Além das suposições, vieram as reações que se processaram imediatamente: alguns oficiais quiseram deter ou bombardear os estranhos, mas emanava deles um poder virtuoso que impedia isso.

Imediatamente, todos eles conquistaram os espaços da Terra, e nas maiores escolas públicas e privadas, bem como universidades e ensinos secular e teológico, fizeram-nas deles.

Distribuíram em cada continente uma certa quantia proporcional de pessoas. Reuniam multidões para ouvirem as aulas que era um mini-curso dentro de cinco horas apenas. As aulas eram ministradas pelos próprios invasores.

O currículo era constituído dos seguintes assuntos: Introdução à Verdade e à Justiça, Paz I e II, Anti-racismo I e II, Amor I e II e Saúde I e II.

Não era um mero ensino tal qual o que presenciamos atualmente nas escolas, em que o aprendizado é baixíssimo, fruto de maus professores, desatenção por parte dos alunos e sufocamento que os meios de comunicação de massa impõem, e, consequentemente, toma o lugar da aprendizagem.

Lá era diferente: tudo o que ensinavam, os presentes assimilavam; os alunos não conversavam para não atrapalharem as aulas, pois havia um poder que produzia efeito benéfico a fim de que o que eles ensinassem fosse cumprido.

Quando findaram as aulas, todos se retiram, inclusive os invasores; estes voltaram para o lugar de origem.

Com essas aulas, a verdade foi desmascarada em todos os setores da sociedade mundial e os mistérios foram desvendados. Também foram plantadas sementes para gerações futuras.

(Texto premiado em 3° lugar no concurso promovido pela Faculdade de Filosofia e Letras de Mandaguari - PR, em 1988, quando na época eu estudava o 5° período de Letras na FURRN, atual UERN - Universidade do Estado do Rio Grande do Norte).


SESSENTA CENTÍMETROS

A atenção dos upanemenses estão voltadas nesses dias para a nossa barragem. Aqui e acolá temos notícias dela concernentes às sua sangria. 

Ontem rolou pela rede um vídeo em que um senhor filmou e mediu o que faltava  da barragem para sangrar. Naquele instante, um pouco depois do meio-dia faltavam apenas sessenta centímetros. 

O DINHEIRO NÃO É TUDO

O dinheiro não é tudo e nem perto disto.

Há tempos que ouvimos isto e passamos adiante. Um dia a gente se depara com a realidade. E ela nos diz que é verdade mesmo o que suspeitávamos. Sabemos que o dinheiro é alguma coisa e faz a diferença em alguns momentos. Está tão longe de tudo que não dá para calcularmos a distância. Enquanto isso, as lotéricas vivem carregadas de gente procurando o tudo.


QUE PALAVRAS!

Canção - Qualquer de vários tipos de composição musical popular ou erudita para ser cantada; cantiga. (Aurélio)

No meio mais popular, se falarmos em canção, logo pensarão que estamos falando de repentistas de feira, que usam a viola e fazem repentes. As pessoas mais entendidas, escolarizadas, digamos, entendem que canção é o que está posto no dicionário. Dificilmente um cantor profissional - não de viola - quando vão cantar, referem- se à música, mas à canção.

Cancha - Pista preparada em terreno plano, para carreiras ou corridas de cavalos. Espaço, lugar. (Aurélio)

Nunca mais ouvi os narradores esportivos falarem em cancha. Valdir Amaral, Jorge Cury e outros narradores antigos não tiravam a palavra da boca.

Então, o que se depreende o significado de cancha? É o campo de futebol. Os jogadores de meia-cancha são os que atuam principalmente no meio do campo. 





sexta-feira, 12 de junho de 2020

PROVÉRBIO

Cada peixe só é menor pra peixe maior.

FERIADOS

Dois feriado foram justapostos neste final de semana no RN. O primeiro, ontem, o de Corpus Christi, foi iniu-se ao do dia 3 de outubro, dos Mártires de Cunhaú. Portanto, ontem e hoje, as repartições, principalmente as públicas, estão fechadas.

Esta antecipação de feriado provavelmente seja a maior de todos os tempos. Quase quatro meses.

HOJE É DIA DOS NAMORADOS E ACENDER FOGUEIRA

Outrora havia uma boa combinação nesse dia.

Além do dia dos namorados, havia o acendimento de fogueiras e o apadrinhamento ao redor, além do comimento de milho assado na brasa. Saíam dali compadres, comadres, novos noivos e até descobertas de casamentos.

O mundo não é mais rural como antigamente, nem as tradições são cultivadas. E num contexto como o de agora, recomenda-se o não acendimento de fogueiras por causa da fumaça.

Dois trechos de músicas referentes ao dia de hoje

Namorada, Céu da minha estrada. Meu motivo e derradeiro abrigo, Meu infinito, sonho colorido, Teu carinho, meu paraíso perdido! ("Namorada" - Antônio Marcos e Vanusa)

Você, que vem de dentro da saudade que eu sentia
Da noite mal dormida, da minha fantasia
Você, que renasceu do meu segredo
Do meu sonho, do meu medo
Do meu verso e da verdade derradeira
Você a companheira
A namorada à minha espera
Meu refúgio, meu regresso, minha vida, meu amor
Você, uma lembrança, uma esperança
O sonho mais bonito que viveu pra se acabar ("A namorada" -Roberto Carlos)




ACESSÓRIOS

Cada pessoa tem seu acessório indispensável. Mulheres, na sua maioria, talvez, não dispensam uma bolsa, seja pequena ou grande. As carteiras de colocar dinheiro e documento são acessórios masculinos, na maioria. Relógios, chapéus, pulseiras, cordões, anéis não são tão indispensáveis como a máscara nos dias atuais. 

Esqueçam o celular, mas nunca a máscara!

PROVÉRBIO

Cada louco tem sua mania.

quinta-feira, 11 de junho de 2020

PROVÉRBIO

Cachorro velho não late à toa.

APRENDER E DECORAR

Vivemos num tempo em que quase é proibido decorar textos, assuntos escolares. O que se diz por aí  é que não se deve decorar porque a decoreba não é proveitosa, e sim, a aprendizagem. Pois bem. Decorar por decorar, eu sei, é mais específico para atores. Porém, em outros casos também funciona legitimamente, inclusive na escola. Foi decorando a tabuada, dia após dia, que eu e muitos da minha geração aprendeu. Foi repetindo a tabuada de dois, depois de três, quatro, até o fim, que hoje respondo sem titubear.

Os músicos aprenderam as notas através da decoração e repetição das mesmas. Os médicos conhecem uma carrada de nomes de substâncias, remédios, sintomas e contra-indicacões pelo mesmo processo. Os defensores do construtivismo, se forem da minha idade, provavelmente saibam muita coisa porque primeiro decoraram para depois aprenderem.

A geração dos estudantes de hoje, raríssimas exceções, sabem de coisas importantes para sua vida escolar.

Já testei oralmente em algumas turmas perguntas simples do passado e da atualidade. Numa turma de Ensino Médio de quase quarenta alunos, somente um respondeu, com muita luta, o nome de Dilma Rousseff, quando era presidente do Brasil. Que importância saber disso? Ora, se não sabemos o nome da maior autoridade do país, do que sabemos mesmo?

O mesmo ocorre com o desprezo do ensino da gramática. As regras de uma língua importa muito. Até por uma questão pedagógica e disciplinar, ela importa. A sistematização das regras ajudam na construção de um bom texto. A pobreza em relação à construção textual é grande na estudantada. As sementes plantadas na base germinam no topo. 

O texto acima é quase uma cópia de outros já produzidos por mim. É uma ideia repetida. É assim que também aprendemos.

CONSELHOS QUE A GENTE ESCUTA

Pare de se importar com a opinião dos outros.

O conselho acima é difícil de ser cumprido. Nos importamos com a opinião dos outros porque elas muitas vezes afetam as nossas. Não conseguimos ficar sem nos importar ou até combatê-las.

PROVÉRBIO

Cachorro ensinado não suja a casa.

quarta-feira, 10 de junho de 2020

NA EXPECTATIVA

A cidade está na expectativa da sangria da Barragem Jessé Pinto Freire.

Vez por outra aparece uma conversa de que já está lavando a parede de leve. Mas é somente boato ou vontade de muita gente.

Falta pouco, mas ainda não sangrou.

PANCADA

Pancada leve de chuva hoje pela tarde.

PROVÉRBIO

Cachorro amarrado não caça.

CHUVA DE ONTEM

A chuva entre a tarde e noite de ontem foi de 49mm.

CRIAR NOVOS EMPREGOS

Em criar já existe a ideia de novo. Se o governo cria empregos, já está tudo bem.

Criar novos empregos é linguagem redundante, que chamamos pleonasmo vicioso. Isso deve ser evitado. Além de ficar mais formal, gasta menos tinta e tempo também.

ABERTURA

Upanema está seguindo uma tendência de algumas cidades do país em abrir devagarinho, quase imperceptível, o comércio, principalmente o de fora. Há alguns que estão aparecendo às segundas. Quase não notamos. Por ser um número bem maior de feirantes em tempos normais, não se nota suas presenças. 

ESTRONDEAMENTO

Além das pancadas de chuva entre a tarde e noite de ontem, Upanema esteve debaixo de estrondeamentos de trovões e fogos de artifício.

JÁ SE VÃO DOZE

Já se vão doze segundas-feiras que estão inseridas na quarentena. São segundas históricas. São segundas diferentes das que tivemos há décadas. Aquelas nas quais frequentavam contadores de viola, feirantes de fora e um público comprador ou passeador.

Ontem a segunda completou a décima segunda vez sem feira plena.

PROVÉRBIO

Burro não se mete em lugar de onde ele não sabe sair.

terça-feira, 9 de junho de 2020

BOAS PANCADAS

Boas pancadas de chuva na cidade entre a tarde e a noite.

PROVÉRBIO

Burro não é gato nem cobra, para querer enxergar no escuro.

LEI DO BOM SENSO

As leis, principalmente aquelas que beneficiam diretamente as pessoas de forma contundente, deveriam ser observadas naturalmente. Aí funcionária uma lei interior, que é a lei do bom senso.

A perturbaçao dos outros com sons altos, paredônicos, não deveria mais existir: o bom senso não funciona interiormente em quem perturba. "Não façais aos outros o que você não quer que façam a você." Está aí o resumo da grande Lei de Ouro.

Se a do bom senso não funciona, aparece a que parte das autoridades, como esta, do decreto governamental do RN sobre o covid-19, de 4 de junho:

"Art. 10.  Fica proibida a realização de quaisquer atos que configurem festejos juninos no Estado do Rio Grande do Norte, incluindo o acendimento de fogueiras e fogos de artifício, de modo a diminuir as ocorrências de queimaduras e de síndromes respiratórias nos serviços de saúde públicos e privados."

A DENGUE FAZ RONDA

Na volta da dengue rondando a cidade, publico uns versos que produzi em 2004, mais precisamente em 27 de novembro e publiquei num programa que havia aos sábados na FM Liberdade 104,9. Era o Programa Arte e Cultura:

A dengue é uma doença
Muito perigosa
Mata jovens, crianças
Também a pessoa idosa
Por isso não devemos
Com ela tirarmos prosa.

A prevenção você já sabe
Cuidar do lixo direito
Cobrindo-o todos os dias
Juntando com muito jeito
Isso é tarefa de todos
Os que dizem ser direito.

A água deve ser cuidada
Coberta todos os dias
As caixas d'água também
Em toda freguesia
Porque o mosquito da dengue
Não é boa companhia.

Dores nos olhos, nos braços
No tórax, em todo corpo
São sintomas da dengue
Que nem sempre são expostos
Mas podemos evitá-los
Pra que não tenhamos desgosto.



PROVÉRBIO

Burro não amansa, acostuma.

segunda-feira, 8 de junho de 2020

NO AR

No ar, fogos de artifício e uma batida leve de chuva.

PROVÉRBIO

Buraco velho, tem cobra dentro.

RESUMÃO DO DIA

Sol forte, feira minguada, algum povo isolado, medroso, outros nem tanto. Uns com máscaras - a grande maioria.

DITADOS

Isto aqui não tem pé nem cabeça.
Onde há fumaça há fogo.

Mas aparece o fofoqueiro competente que pensa que é Deus. Então cria o pé, a cabeça, a fumaça e o fogo.

Está feito o fuxico!

A METÁFORA DO BECO

É inegável que as autoridades do mundo inteiro estão num beco sem saída ou pouca saída no que se refere às resoluções dos problemas de uma das doenças do século que tem feito mais estrago em tão pouco tempo.

Não adianta dizerem que são competentes. "Isso não vos pertencem mais", numa paráfrase da personagem do Zorra.

Se arrocha no isolamento como prega as autoridades da saúde, desagrada o povo e prejudica a economia. Se afrouxa, arrisca a disseminação mais rápida. É uma verdadeira sinuca a situação dos que estão na função de executivos.


CHUVA DE ONTEM

A madrugada de ontem foi banhada por uma pequena chuva e muitos trovões. A chuva foi de 4mm.

PROVÉRBIO

Bugio ronca na terra... chuva ou vento.

domingo, 7 de junho de 2020

ENTRETENDO - EDIÇÃO DE DOMINGO

Está próximo  do terceiro mês que estamos na luta para entrarmos na normalidade. Enquanto isso, há perspectivas de descoberta da vacina e remédio para por fim a tudo isso. Perspectivas de normalidade não existe. Alguns arriscam, mas não afirmam quando será. Quando será, por exemplo, a volta das aulas presenciais. Os problemas estão maiores que as soluções. Quando isso inverter, então tudo voltará ao que era antes. Quem puder ficar em casa, que fique. E se puder estudar, muito melhor.

QUEM SE LEMBRA?

Peteca

Arrisco a dizer que a peteca é um jogo muito desconhecido da geração de trinta anos pra baixo. É mãos uma brincadeira do que um jogo. Estou usando o verbo no presente porque acredito que ainda se brinca de peteca por alguma parte. No meu tempo de criança e adolescente, era apenas uma brincadeira, um passatempo, como as brincadeiras de roda. Não me lembro de torneios de peteca. No país, houve até disputa nacional, tipo um Brasileirão de futebol. Cheguei a brincar, mas raras vezes. Sei que a peteca se equilibrava graças às penas. A base era feita de algum material macio, como couro ou borracha. Não tenho a menor ideia de onde surgiram por aqui. Não sei se eram compradas em algum comércio daqui ou de fora, ou se os brincadores fabricavam em casa.
Era jogado por duas ou mais pessoas. Como o vôlei, não é permitido deixar cair o objeto. Havia delimitação de espaço.
Não deixar a peteca cair é uma expressão conhecida em todo o país e significa não permitir que um projeto deixe de existir. Não deixar que algo vá abaixo.

CHUVA NA SEMANA

Apenas 4mm.

LEITURA

Alguém já disse que ler é uma viagem. E que viagem

O que precisamos ler? Gostar de ler é dom? Nem todos têm a mesma inclinação para a leitura?
Se conseguíssemos responder a essas e outras perguntas, resolveríamos uma porção de problemas sobre leitura.
Sei que cada pessoa necessita de leituras diferentes. Um estudante necessita ler livros grossos, consistentes, com vocabulários diferentes para que eles enriqueçam o léxico pessoal e consigam dissertar bem. Cordeizinhos para aluno de ensino médio não está com nada. Aluno de ensino médio deve ler volumes grossos de romances clássicos. Crianças, mingau e livrinhos infantis.

ANTIGÃO

Antigão ama rádio AM. Sofre antecipadamente em saber que a rádio AM vai ser extinta, mais cedo ou mais tarde. Lembra dos programas memoráveis das rádios da região e de longe também. Rádio rural de Mossoró, de Caicó, Globo no esporte, Sociedade da Bahia, Difusora de Mossoró, são os destaques.

POEMA

Pequeno sou

Diante das grandes coisas
E até das pequenas
Quando estas parecem grandes
Ou são deletérias
Invisíveis a olho nu
Impegáveis
Incombatíveis
Deslizáveis
Inegociáveis
Insuportáveis
Inalcansáveis
Pequeno sou.

VERSÍCULO NÃO BÍBLICO

Não arengueis para não seres arengados.

EXPRESSÃO DO UPANEMÊS

Aqui e acolá: Em situações variadas.

SÍTIO

"Perto da Água Bonita e da Xinduba, lugares pitorescos de veraneio, a certa distância do Vaza-Barris e dos canaviais, passávamos semanas num sítio nosso. Aí vivia eu vida nova, diferente da da vila, apanhando preá em armadilha, nambu em arapuca, passarinho em esparrela e no visgo..." (O sítio, Gilberto Amado)

MÚSICA NA MINHA VIDA

"Meu pequeno cajueiro
Vivo só pensando em ti
Aí que saudades dessas terras
Entre as serras
Doce terra onde nasci."

Eu ainda muito criança, ouvia a belíssima canção de Roberto Carlos e não entendia do jeito que ela é.  No sítio onde eu morava, havia muitos cajueiros. Daí a razão de eu cantar "meu pequeno cajueiro" e não "meu pequeno Cachoeiro". Mais tarde vim a saber que a cidade que Roberto Carlos nascera era Cachoeiro do Itapemirim, no Estado do Espírito Santo.

EMBALADOS NA REDE

A grande rede oferece espaço para todos. Para os falantes e escreventes, há uma variedade de opções, desde a mais refinada a mais gramaticalmente incorreta. A gente vamos e nós vai tem aos montes. Para aprender o correto é só inverter. Tem sem acento é no singular. Tem com acento é no plural. Ele tem preguiça de estudar português. Eles têm preguiça de estudar português. O uso do verbo ser é fácil.

PROVÉRBIO

Briga a onda com a praia, quem paga é o caranguejo.

POLÍTICA (Especial)

Participação de Carlinhos na Lei Orgânica do Município de Upanema.

Carlos Araújo Gondim, ou Carlinhos, falecido nesta semana, 5 de junho, foi vereador na legislatura 1989-1992. Foi constituinte municipal. Ocupou várias funções, entre as quais:
Na mesa diretora da Câmara Municipal: 2° secretário
Nas comissões temáticas. Administração, finanças e orçamentos: 1° secretário
Comissões de sistematização: 2° secretário.

HUMOR

O rapaz sofria de amnésia e procurou o médico.
- Doutor, estou com uma terrível amnésia.
- E desde quando?
- Desde quando o quê, doutor?

(Folhinha do Sagrado Coração de Jesus, 2019)





sábado, 6 de junho de 2020

QUE PALAVRA!

Cancã - Espécie de quadrilha francesa dançada, em geral, só por mulheres. (Aurélio)

Ave corvídea do Brasil com voz onomatopaica;carcará-preto, gavião-preto.(Silveira Bueno).

Cancã é palavra não pronunciada em nosso meio, aqui no sertão norte-rio-grandense. É palavra só vista mesmo em dicionários, quando a gente está folheando, aí topa com ela e diz: Que palavra estranha!



PROVÉRBIO

Briga a onda com o rochedo, vai o marisco no meio.(Gaúcho)

POR QUE?

Por que há na cabeça de algumas pessoas que para manifestar-se tem que quebrar ou queimar o que é dos outros?

Não será um dos motivos pelos quais há o repúdio de pessoas de bem aos movimentos sociais?

Apenas um questionamento.

BOLETIM COVID-19 EM UPANEMA

Com dados do dia 4/6, a PMU informa através da página no face:

Em Upanema há sete pessoas confirmadas e todas recuperadas.

Muito bom isso.

UMA QUESTÃO DO ENEM

A filosofia de Quincas Borba - a Humanitas - contém princípios que, conforme a explanação da personagem, consideram a cooperação entre as pessoas uma forma de:
a) lutar pelo bem da coletividade.
b) atender a interesses pessoais.
c) erradicar a desigualdade social.
d) minimizar as diferenças individuais.
e) estabelecer vínculos sociais profundos.

A resposta correta é a letra b. Nas questões dessa natureza há um texto de apoio. E este é do livro "Memórias póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis. Lá um trecho esclarece a resposta: "...a fome é uma prova a que a Humanitas submete às própria víscera."

AUSÊNCIA

Sentiremos falta de sua boa prosa. Prosa nos dois sentidos. Prosa como brincadeiras, chistes. Prosa como conversas variadas, histórias que ouvia dizer, boas reminiscências dos tempos de menino e adolescente na Lagoa Seca e depois já grande como desportista e atleta no futebol. Torcedor do Vasco e recentemente sofredor do Vasco, grande rival do Flamengo. Comentador da política nacional e estadual. Poucas vezes o ouvi comentar a municipal. Funcionário público, amigo, prestador quando alguém necessitava de algum serviço.

Sentiremos a falta de Carlos Araújo. Carlinhos Gondim.

PROVÉRBIO

Boiada estoura, é perto do pouso.

sexta-feira, 5 de junho de 2020

PROVÉRBIO

Boi sonso é que arromba curral.

CORRETOR TRAIDOR

Muitas vezes alguém ou algo tenta ajudar, mas na verdade, atrapalha.

O atrapalhamento vem em forma de traição. E mais: o traidor não tem culpa de trair.

O que deve ser feito?  É sermos mais espertos com o manejo da coisa. 

É o caso do  dito corretor ortográfico nos aparelhos modernos de notebook e celulares. Os maiores erros de digitação estão entre o presente do verbo ser, terceira pessoa e a conjunção e. 

O outro é entre o pronome pessoal reto nós, primeira pessoa do plural e o pronome pessoal oblíquo nos. 

O corretor muitas vezes sugere um ou outro. Se o digitador não prestar atenção ou não souber das regras gramaticais, ele, com certeza, cometerá um erro que compromete a compreensão. 

Curiosamente, muita gente boa enfia os pés pelas mãos. E o laboratório dos erros tem sido as redes sociais. Basta darmos uma olhadela sem querer querendo. 

Ontem mesmo eu vi uma pérola de um erro entre é e e. E até suspeito que aquele erro não tenha sido de displicência, mas de desconhecimento mesmo.
 

MENINO ESQUECIDO E DESLIGADO

A mãe diz pra o menino:

- Vai comprar um quilo de arroz, dois pacotes de macarrão, um quilo de açúcar, um quilo de farinha. Vá repetindo pra não esquecer.

- Um quilo de arroz, dois pacotes de macarrão, um quilo de açúcar, uma barra de sabão. Um quilo de arroz, dois pacotes de macarrão, um quilo de açúcar, uma barra de sabão. Um quilo de arroz, dois pacotes de macarrão, um quilo de açúcar, uma barra de sabão.

Ao se aproximar da mercearia, um cachorro late. Então o menino esqueceu o que era pra comprar e apenas lembrou de dizer:

- Sabão, sabão, sabão!

PROVÉRBIO

Boi em terra alheia, vaca é.

quinta-feira, 4 de junho de 2020

CHUVA RÁPIDA

Uma chuva passageira caiu em solo upanemense há pouco. Marcará muito pouco nos nossos medidores.

PROVÉRBIO

Boi andando no pasto, pra lá e pra cá, capim que acabou ou está pra acabar.

AJUDA NO ENEM

A leitura de livros de autores clássicos, ou seja, livros consagrados, que não perdem o encanto nem leitores ao longo dos anos, é a dica para quem quer se dá bem na redação do Enem.

Há bons exemplos de escritores que escreviam impecavelmente. Érico Veríssimo deixou uma marca em seus escritos. A grandiosa obra "O tempo e o vento" encanta a quem a lê. Há também o "0lhai os lírios do campo", obra menor, mas muito interessante na mensagem e na correção ortográfica.

Quem não tiver coragem de enfrentar a leitura de todo "O tempo e o vento" poderá ler apenas uma parte, já que há três partes.

Portanto, para quem quer escrever bons textos, precisa ler bons escritores. Se continuar lendo os colegas de face e uóts e seus fuxicos, nunca fará um bom texto.

PROVÉRBIO

Bem trabalha quem bem manda.

quarta-feira, 3 de junho de 2020

PROVÉRBIO

Barriga da perna não sente cólicas.

DAQUI A POUCO NA 104,9

Dr. Diogo Brito fala sobre coronavírus daqui a pouco na FM Liberdade.

AMOFUMBADOS

O amofumbamento - alusão aos mofumbos, à mata - é um estado complexo em que as almas mergulham. Se for em momentos de paz, de normalidade, e não de guerra, em que não respiramos vírus e notícias virais para onde nos viramos, quiçá seja razoável.

De amofumbamentos temos notícias de pessoas que vivem sem poder se deslocar por problemas de saúde ou refugiados na guerra. Retrata bem Érico Veríssimo em seu "O tempo e o vento" cenas do velho Liroca que está entocado num casarão sem poder sair, mirando e mirado com armas pelos inimigos.

São situações diferentes, mas ambas com consequências nada agradáveis.

COMO FOSSE POESIA

Gotas de otimismo

Que chova sobre nós
Não somente chuvas convencionais
Mas gotas, pingos fortes
De otimismo
De esperança
De virtudes
Principalmente as teologais.

Que os dias corram leves
Como as mais leves penas
Que vivamos com simplicidade
Na estrada que não tem fim
Que aprendamos a cada dia
Botar as coisas em dia
Que cada um não tenha
Um eu dentro
Mas um nós por todos.

PROVÉRBIO

Barriga cheia não é fartura; pele de carne não é gordura (Provérbio de Pernambuco)

terça-feira, 2 de junho de 2020

CONSTATAÇÃO

Pela primeira vez que te vi
Torcia que fosse diferente
Daquilo que eu pensava.

Na segunda vez
Concretizou-se
Cruelmente
Tudo o que eu pensava
Com pitadas ácidas 
Ausentes de sensibilidade.

Caiu a máscara
E eu vi tudo.

PROVÉRBIO

Barbado ronda na serra, chuva na terra.

O BOM INVERNO CONTINUA

No trigésimo dia de maio cai  uma boa chuva, selando o mês e se despedindo, para chegar junho.

Neste mês, boas perspectivas para que assim continue e marque dois mil e vinte como um dos anos mais chuvosos da história.

QUATRO

4mm a precipitação pluviométrica de ontem à noite.

TRANSPOSIÇÃO DO SÃO FRANCISCO:UMA METONÍMIA

Para quem ainda acha que a nossa amada língua portuguesa é difícil e chata, não está cem por cento sem razão, visto que todo idioma tem lá suas dificuldades porque é feito de regras. Quem gosta de regras? Ninguém. Mas é através delas que o mundo sobrevive.

São nossas conhecidas as expressões "copo d'água", "copo de leite", "copo de cachaça". Alguns cismam em não usar pois têm medo de estarem dizendo que o copo é feito de água, leite ou cachaça. Esses falantes estão usando metonímias e não sabem. 

Vez por outra escutamos que deputado tal, político tal defende a transposição do Rio São Francisco. Pois bem. Está aí mais uma bela metonímia. Se fosse ao pé da letra, estariam dizendo que defendiam a transposição do rio. Na verdade, estão se referindo às águas do rio. Ocorreu aí uma metonímia: o todo pela parte. E é uma expressão mais formal e mais aceita num texto para exames.


PROVÉRBIO

Banque o honrado e veja o resultado.

segunda-feira, 1 de junho de 2020

PROVÉRBIO

Banana madura não sustenta no cacho.

DÉCIMA PRIMEIRA

A décima primeira feira sem feira-livre total transcorreu normal, igual às outras: pouca gente na rua, poucas compras.

ERA UMA VEZ

A letra m de tanto correr numa velocidade acima do permitido, capotou. E  quem passava, pensava que ela fosse o w.

POEMA

Silêncio

Silencio quando escreves
Por tua eloquência
No escrever
Quando das palavras fazes uma arma
Para de defender
Ou atacar os inimigos
Principalmente os internos
Que frequentemente
Te fazem sofrer.

No silêncio escreves
Dizes o indizível
Com dizeres
Que outros que por mais se esforcem
Não conseguem dizer.

Falas o que sabes
Sabes o que falas
Pensas o bom pensável
Em poucas palavras expões
O indispensável.

PROVÉRBIO

Ave, vi tudo neste mundo: já vi até cavalo com soluço.

QUE PALAVRA!

Tamarindo Fruto do tamarindeiro, de polpa ácida e comestível. (Soares Amora) Árvore frutífera e o seu fruto. Também se diz tamarino. (Anteno...