domingo, 14 de junho de 2020

ENTRETENDO - EDIÇÃO DE DOMINGO

Estamos em meados de junho. Metade do ano chegando. Tudo diferente. Quem disse que faria isto ou aquilo de março a dezembro, está com uma pontinha de frustração. Mas não precisamos de perdermos tempo com frustração. Não resolve ficarmos frustados. Aprendamos com o tempo em que estamos vivendo. Ele está nos dando lições inexoráveis. Imagine que ele está confirmando que ninguém faz o que quer. Traduzindo: o mundo não gira em torno do nosso nariz.

QUEM SE LEMBRA?

Francês: Quem é do tempo em que havia o ensino do francês nas escolas brasileiras?

Recordo aqui, em rápidas digitadas, minha quase ligação com o francês. No ano em que eu estudaria aquela língua, foi abolida, pelo menos aqui em Upanema. E quem lecionava era Ronaldo Medeiros, filho de Eliseu Freire. 

Em "O Ateneu", romance de Raul Pompeia, o personagem-narrador Sérgio recorda os momentos de estudante e a disciplina francês: "E por ocasião das provas de francês já não era estreante."

ESCOLA

Na escola fundamental, as aulas de português dão ênfase excessiva ao ensino da gramática, em detrimento do desenvolvimento da leitura e da escrita. O aluno precisa aprender a dominar as habilidades da língua, que são, segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais, ler, escrever, ouvir, falar.  

O parágrafo acima é uma fala que está na Revista do Enem e 2006. É uma opinião de Lia Scholze, mestre em Teoria Literária da PUCRS, doutora em Educação pela UFRGS, pesquisadora na área de linguagem, coordenadora da linha editorial e publicações do INEP. 

Não posso concordar com o que a professora diz, a não ser que na região sudeste a gramática seja ensinada com excesso, porque por aqui, não. O que falta aqui mesmo é o ensino da gramática, pois, sem ela ou o pouco estudo dela é que uma grande quantidade de alunos não conseguem sistematizar frases razoavelmente. É inegável o valor do estudo da gramática. Ela serve como uma baliza que disciplina, sistematiza as frases. A gramática ensina a concordância das palavras, dos verbos, enfim, todo o esqueleto da frase é montado com o auxílio das regras. Não se domina as habilidades da língua sem a organização das frases. Uma regência do verbo mal colocada tira a beleza de uma construção textual. Dizer que alguém é fanático por futebol, certamente soa melhor que fanático a futebol. Isto é regência nominal.

HUMOR

Juca sentou-se ao lado da mulher que estava costurando e foi falando:
- Mais devagar, cuidado! A linha vai quebrar. Vire o pano para a direita. Pare! Puxe o pano!
- Quer parar - gritou Célia, enervada - Eu sei costurar!
- Claro que sabe, meu bem - retrucou Juca - Eu só queria que soubesse como eu me sinto quando faz o mesmo comigo, quando estou dirigindo o carro. (Folhinha do Sagrado Coração de Jesus)

PROVÉRBIO

Cada um tem a sua hora e a sua vez.

POEMA

12 de junho  

Hoje o meu dia é soturno
Pois me falta o teu amor
Sou estrada sem destino
Jardim sem nenhuma flor.

Hoje o meu presente
É a mais gélida  solidão
Por ironia do destino
Não toquei o teu coração.

Hoje estou a indagar-me
Se poderia ser diferente
Mas se não tenho o teu afeto
Só me resta seguir em frente.
                               (Júlia Costa)

UPANEMA ANTIGA

As cacimbas

Até onde o nosso conhecimento alcança, as cacimbas sempre foram valiosas para os seres humanos. No nordeste brasileiro elas têm uma importância extraordinária para a sobrevivência.  

Encontramos em "Os Sertões", clássico de Euclides da Cunha, a importância delas para os habitantes dos povos de Canudos e adjacentes e muito mais para os soldados, muitas vezes perdidos na mata sem comida, sem rumo e sem água. O pouso  para descansar das longas jornadas era sempre próximo de cacimbas. Deixemos que o autor de Os Sertões fale: "...e tendo, pouco distante, a cacimba ou a ipueira que determinou a escolha do local."

As nossas cacimbas,  que tantas vezes fiz referência, não ficaram para trás no seu valor como ponto decisivo de pouso. Nossos índios pêgas mudavam de lugar cada vez que escasseava a água. As cacimbas eram a salvação. Ao voltar o inverno, nova aproximação da zona ribeira. Nossos pais e antepassados deles sobreviviam com as águas de cacimbas. Cavavam com os instrumentos de que dispunham. Iam até onde podiam alcançar. Nunca deixavam de ter água para o consumo próprio e dos animais. O leito do rio e as várzeas ofereciam boas cacimbas. O primeiro lugar era para consumo de lavagem de roupa e aguação de plantas. O segundo, para beber.

EXPRESSÃO DO UPANEMÊS

Ar de riso: Riso simples. Ex: Fez do um ar de riso quando me avistou.
Arrancar das goelas: Tirar algo de si sem poder. Ex: Tirei das goelas pra pagar aquele imóvel.

SAÚDE

Dengue - Em 2002, a dengue foi notícia no país. Em janeiro daquele ano, registrou-se 18.009 casos no Rio de Janeiro. Noticiou a revista Veja.

Carro fumacê - Não está na hora de  carro fumacê para matar e espantou os mosquitos?

• Respire ar puro dia e noite. Nunca fique em ambientes fechados e poluídos, isso estraga nosso sangue. Evite a fumaça do cigarro. Não fume, pois você não foi criado para ser chaminé ambulante. O fumo é grande causador de doenças, inclusive câncer de pulmão. (Conselhos de Jaime Bruning)










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