FEIRAS

Será amanhã a feira de ciências do Calazans Freire.

Nos Pereiros será pela manhã do dia 5.

Na Maria Gorete será no mesmo dia pela tarde.

Está registrado. Quem gosta de feira, boa feira!

PROVÉRBIO

Alma corrupta tudo faz de sua qualidade.

PROVÉRBIO

Alguma hora gato comerá pepino.

EM SOLO UPANEMENSE

Desde ontem, pela terceira vez, toca o solo upanemense o americano James Shapiro ou Jaime Americano, como é conhecido entre nós.

Jaime vem rever o povo upanemense e receber nossas homenagens. 

Como exemplo, um livro será lançado no próximo dia 9 de agosto com uma centena de fotos tiradas quando ele esteve aqui pela primeira vez no final dos anos 60.

UPANEMÊS

Vá ver se estou na esquina

Não tão upanemês como parece, mas é que dizíamos isso por aqui nos anos 80.

Se tem algum leitor que ainda não sabe o significado da expressão acima, esclareço:

"Vá ver se estou na esquina" é dita quando queremos dispensar alguém que está no local e não temos outra alternativa.

Vale registrar que o dispensado geralmente sai daquele local, mas nunca vai para a esquina olhar, pois seria bobo demais se fosse.

CHUVAS

Entre a noite de ontem e a manhã de hoje, nosso pluviômetro marcou trinta milímetros.

O SERTÃO VIROU AGRESTE

De ontem para hoje, uma chuva prolongada e, digamos, fora de época.

O sertão vai virar mar, profetizou Antônio Conselheiro.

Longe disso. 

Mas o fenômeno nos leva a pensar nos momentos em que por aqui é só quentura e seca.

Então, melhor é dizermos que por um momento, o sertão virou agreste.

PROVÉRBIO

Sem nossas raízes não podemos florescer.

CHOVENDO

Chove bem agora - um pouco depois das dezoito horas.

É o que podíamos chamar chuva fora de época.

PALAVRA CERTA

Bonéu?

Não existe na língua portuguesa a palavra bonéu. 

A não ser que existe alguém com este apelido. Mesmo assim, era necessário grafar o B maiúsculo.

Boné, sim. E quem não conhece um?

ELE ESTÁ PRA CHEGAR

Volta a Upanema, vindo de terra distante, pela terceira vez, um cidadão, que virou personagem conhecida de muitas pessoas.

Uma dica: no final dos anos 70 esteve pela primeira vez em terra upanemense. Depois voltou em 2022. 

Numa boa catacrese, mesmo sem porto, ele aportará ainda hoje, como previsto.

PROVÉRBIO

Algum dia a minha peneirinha terá peras.

REGISTOS DE DOMINGO

HUMOR

O conferencista falou com grande convicção durante longo tempo, e para finalizar, perguntou ao auditório:

- Alguém tem alguma pergunta a fazer?

Um braço se ergueu e o orador consentiu que falasse:

- Que horas são? - perguntou o ouvinte.

(Seleção de Antônio Scotta/Vitória/ES - Folhinha Sagrado Coração de Jesus)

MUNDO ANTIGO

No balcão

A geração de hoje (talvez vinte anos abaixo) não sabe como era o atendimento no comércio em geral.

Se entrávamos em uma mercearia e queríamos fazer uma feira ou mesmo comprar um quilo de arroz, teríamos que esperar pelo balconista. Ele é quem ia buscar a mercadoria. Depois anotava em um caderno ou, se fosse à vista, recebia o dinheiro.

Hoje em farmácias e padarias o serviço é misto: há produtos como pães, bolos e salgados em geral (que estão nos balcões) ainda pedimos o produto. Bolachas e outras conveniências não precisa de ajuda.

CHEIRO

Cheiro de chuva ao anoitecer.

UPANEMÊS

Timote

Pessoa nojenta. Ex: Aquilo é um timote.

QUE PALAVRA!

Jabá

Carne-seca, charque. Nome de ave também chamada japu. (Dicionário 2001 do homem moderno)

O  mesmo que carne-seca, de uso no Nordeste. (Antenor Nascentes)

Carne-seca, charque. Pop. gorjeta. (Silveira Bueno, com etimologia.

IMPORTANTE ISTO

Nem sempre o sol brilha

Também há dias em que a chuva cai

O trecho da música "Mar de rosas", interpretada pelos "The fevers", versão de "I never promised you (Rose Garden), diz algo interessante:

As coisas que fazemos nem sempre ocorrem como queremos.

PROVÉRBIO

Alfaiate de encruzilhada põe as linhas de sua casa.

O DIA COMO FOI

O dia transcorreu mais ou menos assim:

Dia muito calmo, como a maioria dos dias. 

No céu, umas belas nuvens. 

PROVÉRBIO

Além ou aquém, vejas sempre com quem.

PROVÉRBIO

Alegria não pode ser tamanha, que achar gente vizinha em terra estranha.

ESCOLA

Biblioteca

Há muitos livros para poucos leitores.

Pelo menos é a realidade local. Não sei dizer se isso é mal nacional.

CONTINHO

Parece ser isso, nesses dias o que aconteceu: uma poeira, depois fumaça, impregnam nos olhos de boa parte das pessoas. 

A impregnação tão grande que impedia-os de caminhar direito. 

As mãos passaram a agir sem que obedecessem ao querer do ser.

Se não vê, não consegue dominar seus quereres.

Assim foi o que ocorreu. Sem tirar nem botar.

PROVÉRBIO

 Alcaide, busca-me aqui alguém?

TARDES

Tardes quentes. Não. Quentíssimas ou mais algumas íssimas em cima disso.

Quentes como um dia, há vários anos, sentíamos. 

São tardes que não fazem nossas vontades.

Se fossem gente, diriam elas:

"Agasalhem-se".

"Procurem refúgio nas sombras".

"Protejam-se com guarda-sóis."

"Façam alguma coisa".

PROVÉRBIO

Al cuida o baio e al cuida que o sela.

REGISTOS DE DOMINGO

HUMOR

- Com este frio e não usa suéter? Não sente frio, amigo?

- Frio, eu tenho. O que não tenho é suéter.

(Seleção de Antônio Scotta/Vitória/ES - Folhinha Sagrado Coração de Jesus)

SOBRE O MEDO

"O medo é o mais antigo e fiel companheiro do homem, e é o medo que nos faz conhecer nossos limites e nos torna humildes." (Rachel de Queiroz)

"O Senhor é minha luz e minha salvação; de quem terei medo?

"O Senhor é quem defende minha vida; a quem temerei?" (Livro de Salmos - Bíblia - Tradução da CNBB)

LINGUAGEM

Houve uma discussão sobre o macarrão. O centro da discussão era se macarrão engorda ou não.

- Engorda.

- Não engorda.

No final da discussão, outro disse que quem engorda é a pessoa que come o macarrão.

No término da peleja, um resolveu a parada:

- Ao pé da letra, macarrão não engorda, mas a bela língua que falamos permite a expressão "macarrão engorda".  Isso é metonímia, pois há uma troca do da pessoa pelo produto. O efeito do comer macarrão produz um engordecimento. Pronto!

UM ESTUDO EM VERMELHO

Aos que gostam do gênero policial e investigativo, o ponto de partida é a leitura de Sherlock Holmes, personagem criado pelo médico escocês Arthur Conan Doyle. Suas histórias são empolgantes. 

As histórias são contadas por seu colega de quarto da Baker 221B, em Londres. Um colega que tornou-se parceiro de trabalho.

Em 1878, obtive meu diploma de doutor em medicina na Universidade de Londres e segui para Netley, a fim de fazer o curso prescrito para os cirurgiões do exército. Após completar meus estudos lá, fui devidamente incorporado ao Quinto Regimento de Fuzileiros de Northumberland como cirurgião assistente. Na época, o regimento encontrava-se estacionado na Índia e, antes que eu pudesse me juntar a ele, irrompeu a Segunda Guerra Afegã. Ao aportar em Bombaim, descobri  que minha unidade avançara pelos desfiladeiros e que já estava profundamente embrenhada no país inimigo. Segui, entretanto, na companhia de muitos outros oficiais em situação igual à minha, e alcancei Candaar em segurança, onde encontrei o regimento e, de imediato, assumi minhas novas funções.

A campanha trouxe honras e promoções a muitos; a mim, entretanto, não houve nada além de infortúnio e desastre. Fui removido de minha brigada e integrado aos Berkshires, com quem servi na batalha fatal de Maiwand. Ali, fui atingido por uma bala de mosquete jezail, que estilhaçou o osso e roçou a artéria subclávia. 

Aí temos o início do primeiro capítulo do "Estudo em Vermelho". Depois de encontrar o colega Sherlock, o narrador principia suas histórias sobre o mesmo e suas extravagâncias pessoais. Logo em seguida já começa a relatar os inúmeros episódios de um dos maiores personagens de histórias policiais de todos os tempos protagonizadas por alguém que ficou mais conhecido do que o próprio autor.

A geração dos 30 anos abaixo pouco conhece as histórias através da literatura escrita. Conhecem através do cinema que já rendeu muito dinheiro com o personagem Holmes ou apenas Sherlock.

SAÚDE

Como vai? Tudo bem

Apesar, contudo, todavia, mas, porém

As águas vão rolar, não vou chorar

Se por acaso morrer do coração

É sinal que amei demais (...)

Quero mais saúde 

(Trechos da música "Saúde" de Rita Lee e Roberto de Carvalho)

QUE PALAVRA!

Colear

Andar ou mover-se sinuosamente aos ziguezagues. (Aurélio)

Mover o colo: A cobra coleia. Caminhar fazendo curvas sinuosas: O rio coleia no vale. Introduzir-se sorrateiramente: colear entre um grupo de pessoas. (Antenor Nascentes)

Mover-se sinuosamente como a serpente quando caminha: A jararaca ia coleando ao lado do caminho. (Dicionário da Academia Brasileira de Letras)

Serpentear, ziguezaguear, como se fosse uma cobra. (Cristina Klein)

De cola + ear. Mover a cauda. Andar dando voltas. (Silveira Bueno, com etimologia)

Ziguezaguear, serpear. Andar, mover-se fazendo curvas, como a serpente. (Soares Amora)

Derrubar o animal, puxando-o pela cola ou cauda. Mover o colo (a serpente). Mover (alguém) a cabeça e o pescoço simultaneamente. Mover-se ou avançar sinuosamente, descrevendo zigue-zagues; serpear; serpentear. A serpente coleava (se) no meio capinzal; A longa fila coleava lentamente pela rua acima. Avançar em zigue-zague ao longo de: O cão corria coleando a linha de obstáculos. (Novíssimo Aulete)

SABEDORIA DOS LIVROS

Há pessoas e pessoas, como há livros e livros.

Há livros que não são bons, como pessoas. Fazem o mal a quem os lê.

O jeito é sair de perto deles.

Os sábios

Os livros sábios ajudam a gente a viver. Nem falo dos denominados de autoajuda. Estes nem sempre ajudam. Uns são tão chatos que não aguentamos terminar sua leitura.

PROVÉRBIO

Ajuntam uns para outros.

ESPORTE

Está em alta os esportes.

Muitos - velhos e jovens procuram praticar um.

PROVÉRBIO

Ajude-o Deus, não caia no atoleiro.

ENRIQUECIMENTO

Ler é uma fonte de enriquecimento.

Já disse inúmeras vezes que Machado de Assis, ou simplesmente Machado é fonte de enriquecimento.

Quem lê Machado sai rico de vocabulário, de frases, de conhecimento, enfim.

EBULIÇÃO

Vivemos um mundo em ebulição, em sentido figurado, claro.

As ideias fervilham numa panela invisível. Invisível somente para quem não presta atenção nas coisas.

Os acontecimentos também ebulem. 

E pensem que ebulada!

PROVÉRBIO

Ainda que não nos falemos, bem nos queremos.

PROVÉRBIO

Ainda que mude a pele a raposa, seu natural não despoja.

PROVÉRBIO

Ainda que a moça tosca, bem vê ela a mosca.

REGISTOS DE DOMINGO

HUMOR

Dois amigos entram num barzinho mixuruco e um deles recomenda ao dono do bar:

- Copo limpo, por favor!

O dono do bar vem com a cerveja e dois copos e pergunta:

- Qual dos dois pediu copo limpo?

(Seleção de Antonio Wilson Rigolin - Salto/SP - para Folhinha Sagrado Coração de Jesus)

DEU NO JORNAL

Botafogo espera por um milagre

Rio - Motivar a equipe para tentar um milagre. Esta é a missão do técnico Antônio Clemente para que o Botafogo possa ter equilíbrio emocional e tente superar o Santos, neste domingo às 16 horas, na Vila Belmiro.

O que pode pesar a favor da equipe carioca é que o adversário já está eliminado. O botafogo precisa vencer o jogo e torcer para uma combinação de resultados, como tropeços de Grêmio, Palmeiras e Internacional, a fim de se manter na Copa João Havelange. (Jornal Gazeta do Oeste, em 19 de novembro de 2000).

Naquele jogo o Botafogo perdeu de 4x1 para o Santos e foi eliminado.

QUE PALAVRA!

Colaço

Diz-se de, ou indivíduo em relação a outro que foi amamentado pela mesma mulher, embora filhos de mães diferentes; irmãos de leite. (Aurélio)

Criança em relação a outra que mamou do mesmo leite; irmão de leite. (Silveira Bueno)

Que foi amamentado pela mesma pessoa. Irmão de leite. (Cristina Klein)

Criança em relação a outra que foi amamentada ao mesmo peito; irmão de leite. (Antenor Nascentes)

É O QUE INTERESSA

Saúde é o que interessa

O resto não tem pressa.

O dístico acima ficou famoso nos anos 90 com um personagem da Escolinha do Professor Raimundo.

Quando o professor Raimundo Nonato chamava o aluno, ele repetia seu bordão e se preparava para ouvir a pergunta do dia.

A saúde sempre foi e sempre será algo muito importante que todo mundo deveria se interessar e  colocar entre as prioridades da vida.

Mas quase sempre ficamos só no dístico acima.

PROVÉRBIO

Ainda o mundo não se acabou.

PROVÉRBIO

Ainda não selamos e já cavalgamos.

CAMINHANDO

Caminhar pelas ruas, praças e estradas há alguns anos que foi incorporado ao cotidiano dos upanemenses.

Mais recente é a carreira leve ou mais avexada.

Quem ainda não se integrou nas caminhadas ou corridas ou tarde está por fora. Fazer isso ou aquilo traz saúde física e mental - é o que dizem os especialistas.

PROVÉRBIO

 Ainda Deus está onde estava.

COCORICOS

Logo cedo, os cocoricos zoam nos nossos ouvidos.

Seja na  cidade ou no campo, os cocoricados, os fasianídeos gritam, sem esforço, sem alarido, o som característico de quem faz algo sem esforço, na maior calma, como num cumprimento de um dever sagrado.

PROVÉRBIO

Agulha em palheiro é difícil de achar.

FEIRA

Feira boa a de hoje, como quase todas.

A feira-livre de Upanema é bem movimentada em todas as segundas.

Faltou hoje o cantor de viola pra animar os apreciadores da música violada.

PROVÉRBIO

 Água mole em pedra dura, tanto dá até que fura.

REGISTOS DE DOMINGO

HUMOR

Proposta de emprego

O sujeito envia o currículo para uma grande empresa. Como se considera um excelente funcionário, ele impõe algumas imposições para trabalhar lá: salário de quinze mil reais, um carro, um apartamento e dez salários extras por ano.

Uma semana depois, ele é chamado para uma entrevista. O gerente diz:

- Estudamos o seu currículo. Realmente você é excepcional. Por isso, vamos dar vinte mil de salários, um apartamento novinho, um carro e dezoito salários extras por ano.

Abismado, o candidato comemora:

- Nem consigo acreditar! Você deve estar brincando...

O outro ri e retruca:

- Sim, mas foi você que começou! 

(Seleção de Joana Augusto da Silva - Amparo, São Paulo - para a Folhinha Sagrado Coração de Jesus)

MEIO AMBIENTE

Os frios das manhãs incomodam muita gente, muito mais do que um ou dois elefantes.

Tem gente que chega a brigar com a friagem.

QUE PALAVRA!

Tugúrio

Cabana, choupana, casebre. Fig. Abrigo. (Dicionário Escolar da Academia Brasileira de Letras)

Habitação simples ou rústica; cabana. Lugar de refúgio. (Aulete)

Abrigo, refúgio. (Aurélio)

Habitação simples. Abrigo. (Cristina Klein)

Casebre, choupana, choça, rancho, pardieiro. (Silveira Bueno, com etimologia)

Abrigo onde um vivente se recolhe, habitualmente ou por algum tempo, mais tosco que uma choça. (Antenor Nascentes)

Casa feita com materiais recolhidos, pequena e muito pobre: choça, casebre. (Geraldo Matos)

Meu tugúrio comportava a cama, o guarda-roupa, a pia, a mesa, a cadeira e a Lua, companheira das madrugadas solitárias, quando à bordo de um cálice de vinho tinto eu vagava pelo sereno. (Ricardo Gontijo narrando sobre o tempo em que morava no Rio - Do livro "Re-Conexões", de Lucas Mendes)

MOVIMENTO

O movimento, assim como aquela lua, lá, lá em cima, parado.

PROVÉRBIO

Água de trovão, numa parte dá, noutra não.

PROVÉRBIO

Agora lhe lembrou a morte de João Grande.

PROVÉRBIO

Ainda não me tiveste o pé a ferrar.

SEM REGISTO

A rápida chuva - uma neblina, para ser mais exato - de ontem pela tarde, não deixou nenhum registro no pluviômetro.

PROVÉRBIO

Agora, de pobre bispo, pobre serviço.

RÁPIDA

Chuva rápida na cidade há pouco.

PROVÉRBIO

Afogou-se na almotolia de meio real, de noite, sem candeia.