quinta-feira, 28 de outubro de 2010

MIL PARABÉNS PRA VOCÊS

Não tenho palavras para parabenizar as duas chapas que concorreram a presidência do grêmio do Calazans Freire.

Nessa postagem vou deixar de lado as mancadas das duas chapas, incluindo as briguinhas e os desaforos - próprios de uma disputa eleitoral. Vou derramar em elogios no que se refere a um item, que já se tornou uma prática nas campanhas eleitorais aqui e alhures: a utilização da religião e até de passagens da Bíblia para captar votos em favor de si. Quem está atento nas mais recentes campanhas políticas deve ter notado o uso abusivo dessa prática.

Acompanhe comigo, leitor, o meu raciocínio. Nas duas chapas havia membros das maiores religiões de Upanema: católicos e evangélicos. A chapa 01 era encabeçada por um evangélico. A vice pertence ao catolicismo. A chapa 02 era encabeçada por um católico e a vice, uma evangélica.

Vejam os leitores, que eles tinham em suas chapas uma ferramenta perfeita para usarem a favor de si. Entretanto, pelo menos publicamente não utilizaram num só momento esse recurso em favor deles.

Assisti ao debate no dia 22, na Câmara municipal. Ali seria um momento perfeito para eles explorarem o tema. Mas não. Eles sabiamente fizeram o certo. Esse fato deve ser lembrado para sempre e ser usado como exemplo para os políticos que, sem nenhum pudor utilizam essa ferramenta às claras.

Aproveito esse momento para bater com toda força - arda em quem arder - nos que já utilizaram isso aqui, e pelo visto, ainda não se arrependeram porque igualmente ainda acham que fizeram certo.

A campanha nacional

No primeiro turno das eleições, o assunto foi largamente discutido. “Devíamos votar em não sei quem porque ele é do nosso grupo.” Nada mais falso, queridos e queridas. Nada me garante que fulano de tal será um bom administrador ou legislador só porque é do meu lado religioso. O voto certo é naquele que pode ser o melhor para a cidade, o Estado ou o país. Há certas pessoas do nosso lado que no dizer do grande radialista Antônio Bezerra, não sabem administrar nem um pote d’água.

E como é isso, Antônio? Perguntei um dia.

“Tem político que se dermos a ele um pote cheio d’água e um caneco, ele não sabe administrar, ou seja, distribuir para as pessoas aquela água.”

Ou seja, ou vai faltar ou vai sobrar, digo eu.

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PROVÉRBIO

A olhos cegos, qualquer lume parece claridade do sol.