Todas as manhãs, bem cedinho, muitos ninguém precisa esperar pelo seu aparecimento, pois ele aparecerá, mais cedo ou mais tarde.
Pode ser que dê sinais de que está bem ali, escondidinho, e não apareça totalmente, mas uma parte do todo.
Aos poucos, um esquentamento do ambiente, e lá vem ele, o astro-rei - bela metonímia - rasgando o véu satisfazendo as vontades de quem já estava em estado de engrujamento, braços cruzados, mãos deslizados umas nas outras, reforços nas roupas e um punhado de reclamações:
- Mas que frio está hoje!
E outro:
- Não gosto de frio!
Outros preferem não sair cedo. Talvez preferisse que o astro-rei desse as caras logo cedinho. Mas ele não é o nosso empregado. Está mais para patrão.
Vejam: Ele ainda não deu as caras hoje. Somente o clarão pode ser notado.
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