sábado, 2 de julho de 2022

QUE PALAVRA!

Chapeleiro

Aquele que faz ou vende chapéus (Aurélio)

Ou chapeleira: Caixa de guardar chapéus. Pessoa que faz chapéus (Silveira Bueno)

A profissão de fazedor de chapéus - principalmente o de palha - não é tão comum no nosso meio. Em cada canto via-se alguém fazendo chapéu. Muitos sobreviviam daquilo.

Em Machado de Assis encontramos um personagem que tinha o hábito de andar de chapéu. Veja o que acontece com o bacharel Conrado Seabra. Por causa de um chapéu, surge um problema. 

O genial Machado de Assis conta a história em seu conto "Capítulo dos chapéus". Veja o começo da história. Se caso goste, o leitor poderá ver o resto. É só buscar.

Musa, canta o despeito de Mariana, esposa do bacharel Conrado Seabra, naquela manhã de abril de 1879. Qual a causa de tamanho alvoroço? Um simples chapéu, leve, não deselegante, um chapéu baixo. Conrado, advogado, com escritório na rua da Quitanda, trazia-o todos os dias à cidade, ia com ele às audiências; só não o levava às recepções, teatro lírico, enterros e visitas de cerimônia. No mais era constante, e isto desde cinco ou seis anos, que tantos eram os do casamento. Ora, naquela singular manhã de abril, acabado o almoço, Conrado começou a enrolar um cigarro, e Mariana anunciou sorrindo que ia pedir-lhe uma coisa.
— Que é, meu anjo?
— Você é capaz de fazer-me um sacrifício?
— Dez, vinte...
— Pois então não vá mais à cidade com aquele chapéu.
— Por quê? é feio?
— Não digo que seja feio; mas é cá para fora, para andar na vizinhança, à tarde ou à noite, mas na cidade, um advogado, não me parece que...
— Que tolice, iaiá!
— Pois sim, mas faz-me este favor, faz?




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