De repente, naquela rua.
Não era acostumado com ruas e nem muitas casas enfileiradas. Nossa morada era isolada e distante de outras casas. Para chegar numa, precisava andar uma porção de passadas. Passadas, não. Um quilômetro ou mais. E só íamos numa casa a negócio, como pedir alguma coisa, ou no caso, os mais velhos, conversar um pouco para distrair.
Chegávamos ali, naquela fileira de casas, cada uma diferente da outra, com peculiaridades que podíamos descobrir depois de alguns dias. Havia casas que tinha a metade alvenaria e metade de taipa. Algumas tinham chão de tijolo, mas sem cimento. As demais, no barro mesmo.
Apeamos e botamos as malas no chão e já arranjando alguma coisa para comer, visto que já estava próximo do almoço.
As caras novas espiavam tortas para a gente, como a perguntarem sobre os novos moradores.
Que gente era aquela? Como se chamavam?
Logo veio uma mulher e começou a conversar com a mãe. Talvez uma das primeiras amizades ou inimizades que colhemos ali. Vizinho novo é fogo!
Depois de conhecer os cantos da casa por dentro e por fora, além dos dois becos, estávamos preparados para a nova vida e nova morada.
No ano seguinte, conheceríamos a primeira escola formal. Ali, professores e colegas de classe. O desarnamento já tinha sido feito. Estávamos preparados para as primeiras letras e as primeiras contas.
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