sábado, 16 de dezembro de 2023

DEBAIXO DO GUARDA-CHUVA

Uma neblina, um sol de todos os dias.

Precisava daquele guarda-chuva a todo momento para a sua proteção, não somente da chuva e do sol, mas para outras eventualidades. 

Bastava apontar para os animais que ele logo fugiam.

Um dia cansou de andar ao léu. Resolveu fixar residência e guarda-chuva também. Mas era pequeno demais para cobrir aquele espaço público que tentava apossar-se. Um terreno baldio, bem longe do centro da cidade. Precisava de um maior ou quem sabe, mais guarda-chuvas. Uma lona seria melhor. 

Adquiriu com outros que ali por perto estavam. Uma velha, surrada. O guarda-sol servia para locomover-se. A vida continuou e ainda continua.


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PROVÉRBIO

A culpa de um pecado não se paga com a penitência de outra.