FRASE
Temos mais dificuldade em lidar com a abundância do que com a escassez. (Citado por Nassim Nicholas Taleb em "Anti-frágil")
LINGUAGEM
Raspadura ou rapadura?
Segundo Câmara Cascudo, "tijolos de açúcar mascavado. Gulodice tradicional no norte do Brasil. Há rapadura de açúcar branco, rapaduras de laranja, confeitadas com cravos, amendoins, castanhas, etc. Objeto de comércio intenso no Nordeste. Eram famosas as rapaduras do Cariri. Pelos séculos XVIII e XIX era a forma usual do açúcar, especialmente em viagem, e assim registrou Henry Koster em 1810. Semelhantemente ocorre na América espanhola. Narciso Garay (Tradiciones y Cantares de Panamá, "L'Expansion Belge", 1909, 1930) informa: "Rapadura es el "azúcar panela" de que hablan las Ordenanzas de granada de 1672. La voz panela entre nosotros es extranjera. Para servir este azúcar, que no es granulado ni en terrones, hay que rasparlo con cuchillo, y de allí tal vez provino el nombre de rasapadura que le damos". Morais (1831) escreve Rapadura. (Dicionário do Folclore Brasileiro).
Rapadura do B - A rapadura do B, em tempo de minha meninice, era referência de bondade em matéria de rapadura. Era tão boa que se havia alguma ruim, era pouco vendida a ponto de ficar esquecida.
Abada: uma palavra em desuso
Segundo Silveira Bueno, é uma "porção de coisas contida numa aba. A série de abas de um edifício. Rinoceronte macho ou fêmea (neste significado tem a variante bada)".
Cândido Jucá Filho, em seu "Dicionário das Dificuldades da Língua Portuguesa" define como "uma grande porção: Uma abada de cajus. O alpendre, o beiral, varanda, o copiar."
Também pode ser "bada", "o rinoceronte".
Bada e tantas outras constituem palavras desconhecidas dos falantes atuais. São vocábulos que soam como palavras estrangeiras.
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