quarta-feira, 12 de novembro de 2008

FERIADO

FERIADO DO ABSURDO

Dois noticiários dos blogueiros locais deixaram muitos leitores surpreendidos por causa da aprovação, pela Casa Legislativa Municipal, de mais um feriado municipal.
Nem é preciso perguntar ao povão se no Brasil alguns feriados são sem sentido. Não. Recordemos do feriado do dia 3 de dezembro, dia da bandeira municipal, Proclamação da República, Corpus Christi, Tiradentes, Padroeira do Brasil e Natal. Alguns desses não são tão relevantes como o era no passado.
Os feriados religiosos de hoje não têm o mesmo sentido como há 50 ou mais anos.
Pensemos no efeito que faz um feriado: paralisação das atividades produtivas e em conseqüência a ociosidade se faz presente com toda a força.
Na área da educação temos alguns feriados diferenciados: Dia do Professor (15 de outubro) e Dia do Estudante (11de agosto). Ainda no Dia do Servidor Público ( 28 de outubro) há uma paradinha também.
A aprovação do novo feriado dividiu as pessoas. As que com certeza estão defendendo é porque pertencem à comunidade evangélica. Ou seja, estão reivindicando um direito. É o que chamamos de isonomia. Se há um feriado municipal para todos os católicos e não-católicos (dia 8 de dezembro) por que não um feriado para os evangélicos (Protestantes) e não-evangélicos?
Agora passo a refletir com vocês leitores um aspecto que talvez muita gente não entenda e nem concorde. Mas é uma opinião formada.
Apesar de o projeto ter vindo do executivo, foi uma sugestão de um vereador: o vereador Aguinaldo. (Se eu não estiver correto, dêem a chance para que eu corrija).
Como sabemos, o vereador Aguinaldo pertence a AD. Sem dúvida, um feriado desses irá fortalecer aquele grupo na sociedade.
Se voltarmos apenas vinte anos no tempo, veremos que a política não era o forte dos evangélicos. Naquele tempo estava começando a ter candidatos, mas não com a intensidade que está e a aproximação tão grande do poder.
Um feriado desse mostra que os evangélicos estão a cada dia mais se distanciando dos princípios do Evangelho (pequeno rebanho, santidade, etc). E a política, meus amigos, infelizmente não é uma coisa tão santa assim. As eleições 2008 provaram isso. Nem é preciso magoarmos as feridas que ainda estão abertas, diga-se de passagem, por uma parcela considerável daquele grupo.
E as críticas do passado feitas ao “romanismo” já não têm tanto sentido, pois os “romanistas” se aproximaram tanto do poder que ainda sofrem com isso.
Se eu aprovo ou não o feriado? Quem sou eu para ser contra?
Se eu fosse edil upanemense, faria o seguinte: ou faria um projeto de resoluçao (é isso mesmo?) sugerindo a extinção dos feriados sem sentido ou escancararia as portas para que outros grupos e/ou entidades, religiosas ou não, solicitassem mais um feriado.
Agora deixo a bola para Vossas Excelências!

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