domingo, 24 de março de 2024

DOMINGO

ESCOLA DE ANTIGAMENTE

Escola e bolo

Por não ter merenda escolar como no formato de hoje, havia a venda de mingungas na porta da escola e até dentro.

O bolo era o principal "prato". Havia a maria-maluca era um bolinho especial preferido pela maioria. Prova disso é que se fazia fila para comprar aquela iguaria. O bolo de milho e de farinha de trigo também era muito requisitado ao lado de alguns docinhos.

Outros bolos

Havia uns bolos que nenhum estudante apreciava. Havia em casa e na escola.

Em casa, era a mãe que dava. Na escola, podia ser o professor ou o colega. 

Enquanto o outro bolo era o substantivo comum, concreto e bom, o outro era abstrato e desagradável. Para "comer" aquele bolo, passava por um instrumento concreto, que em algumas regiões tinha até nome, segundo relata Raimundo Nonato em seu Calepino Potiguar: Maria Vitória - Nome dado à palmatória na escola de outro tempo. Também Santa Luzia-dos-cinco-olhos.

Nos relatos sobre a escola de antigamente, há um belíssimo de Viriato Corrêa em "Cazuza". Quando o narrador-personagem principal insinua a um colega que fosse estudar, o outro responde:

 - Eu? Cruz! Não nasci para levar bolo. A palmatória de lá trabalha na mão da gente... O Hilário me disse que bolo de palmatória dói muito mais do que bolo de chinela. 

O bolo de chinela era dado pelas mães nos filhos desobedientes.

Mais bolos

Bolo também significa:

Confusão;

Logro;

Total das entradas de um jogo.


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PROVÉRBIO

A paixão é má conselheira.