ESCOLA DE ANTIGAMENTE
Escola e bolo
Por não ter merenda escolar como no formato de hoje, havia a venda de mingungas na porta da escola e até dentro.
O bolo era o principal "prato". Havia a maria-maluca era um bolinho especial preferido pela maioria. Prova disso é que se fazia fila para comprar aquela iguaria. O bolo de milho e de farinha de trigo também era muito requisitado ao lado de alguns docinhos.
Outros bolos
Havia uns bolos que nenhum estudante apreciava. Havia em casa e na escola.
Em casa, era a mãe que dava. Na escola, podia ser o professor ou o colega.
Enquanto o outro bolo era o substantivo comum, concreto e bom, o outro era abstrato e desagradável. Para "comer" aquele bolo, passava por um instrumento concreto, que em algumas regiões tinha até nome, segundo relata Raimundo Nonato em seu Calepino Potiguar: Maria Vitória - Nome dado à palmatória na escola de outro tempo. Também Santa Luzia-dos-cinco-olhos.
Nos relatos sobre a escola de antigamente, há um belíssimo de Viriato Corrêa em "Cazuza". Quando o narrador-personagem principal insinua a um colega que fosse estudar, o outro responde:
- Eu? Cruz! Não nasci para levar bolo. A palmatória de lá trabalha na mão da gente... O Hilário me disse que bolo de palmatória dói muito mais do que bolo de chinela.
O bolo de chinela era dado pelas mães nos filhos desobedientes.
Mais bolos
Bolo também significa:
Confusão;
Logro;
Total das entradas de um jogo.
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