- Menino, vem para dentro,
Olha a chuva lá na serra,
Olha como vem o vento!
- Ah! Como a chuva é bonita
E como o vento é valente!
-Não sejas doido, menino,
Esse vento te carrega,
Essa chuva te derrete!
-Eu não sou feito de açúcar
Para derreter na chuva.
Eu tenho forças nas pernas
Para lutar contra o vento!
E enquanto o vento soprava
E enquanto a chuva caía,
Que nem um pinto molhado,
Teimoso como ele só:
- Gosto de chuva com vento,
Gosto de vento com chuva!
(Henriqueta Lisboa)
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