quarta-feira, 1 de maio de 2024

TARDE

Boa tarde. Chuva leve.

Espera.  A cidade fica na espera  da sangria da nossa barragem. Entretanto, as chuvas rareiam. 

Dezesseis. São dezesseis milímetros faltando.

PROVÉRBIO

A contínua goteira faz sinal na pedra.

segunda-feira, 29 de abril de 2024

ALERTA AMARELO

Upanema está entre as cidades em alerta amarelo, com chuvas de até 50mm/dia. Informa o Inmet. 

DEZESSEIS

São dezesseis centímetros para sangrar a nossa barragem.

PALAVRA CERTA

Ou fulano!
O uso da interação ô ou ó está entre as que mais as pessoas utilizam erroneamente. 

Dizem assim: "Ou minha querida!"

Luiz Antonio Sacconi escreve em sua "Nossa gramática":

Alô! Olá! Psiu! Hei! Ô ou Ó, Socorro!

Indicam apelo ou chamamento.

No mesmo nível está o "ah!"

Os falantes dizem "há" no lugar de "ah".

No trecho de "Trem de ferro", de Manuel Bandeira, ocorre o uso dessa interjeição:

Oô...
Foge, bicho
Foge, povo
Passa ponte
Passa poste
Passa pasto
Passa boi
Passa boiada
Passa galho
De ingazeira
Debruçada
No riacho
Que vontade
De cantar!

CHUVA PASSAGEIRA

Chuva passageira nesta tarde de segunda.

PROVÉRBIO

A continuação em tudo vale muito e o tempo descobre o melhor.

SONO

O sono é essencial e permite que o organismo reponha as perdas do dia e se reabasteça de energia. As necessidades variam de uma pessoa para outra, mas, geralmente, o mínimo satisfatório é de oito horas por dia para um adulto; as crianças necessitam de um sono mais longo e cochilos durante o dia, e os idosos precisam de cinco ou seis horas, apenas.

A insônia é comum na população adulta e, geralmente, é causada por problemas simples. Entretanto, em alguns casos, necessita de tratamento, pois, dependendo de sua evolução, pode acarretar novos problemas de saúde. (Dicionário de Termos Médicos, Enfermagem e Radiologia).

Apesar de estar na consciência de todos a convicção de que necessitamos do reabastecimento da energia corporal, muita gente relaxa nesse item.

Geralmente quem mais negligencia essa prática do sono são os adolescentes.

Muitas vezes aparecem na sala de aula com ares de quem não dormiu as horas necessárias. Outros nem sequer chegam na primeira aula.

Alguns problemas de cunho psicológico e/ou de aprendizagem seriam resolvidos apenas com uma boa noite de sono.




domingo, 28 de abril de 2024

DOMINGO

HISTÓRIA DE PEDRO MALASARTE

O Padeiro pão-duro

Um belo dia, Pedro Malasartes resolveu aprender a arte de fazer pão. Para isso, tratou de arranjar um emprego em uma padaria. Seu pai havia morrido e ele tinha de trabalhar. Infelizmente, o dono da padaria era muito pão-duro, o que fica muito feio para um padeiro, com contando cada tostão e nunca deixando um empregado seu comer uma rosquinha durante o trabalho.

Pedro Malasarte trabalhava de sol a sol - quer dizer, desde que o sol se punha até ele nascer de novo, pois o ofício dos padeiros é à noite, quando todo mundo está dormindo. Se assim não fosse, como é que a gente ia comer o pão quentinho pela manhã?

Nosso herói recebia como pagamento três moedinhas e um pão dormido, o que era muito pouco diante do muito que trabalhava.

Lá pelas tantas, vendo que, por mais que se esforçasse, o dono da padaria não tinha a menor intenção de lhe melhorar o salário, Pedro Malasarte começou a fazer das suas.

Certa noite, chegou a sua vez de peneirar a farinha de trigo para fazer o pão.

Acontece que estava muito escuro e havia acabado todo o querosene com que se acendia o lampião. Já fazia três dias que os pobres empregados do padeiro pão-duro estavam trabalhando no escuro!

Pedro Malasarte pediu uma vela.

- Ora, vamos, se quer claridade, vá peneirar a farinha à luz da Lua! - retrucou o carrancudo patrão.

E tratou de ir dormir.

Pedro Malasarte não teve dúvida: foi para o meio da rua, onde o luar estava bem claro, e ali peneirou a farinha toda.

De manhã, ao abrir a janela, o pão-duro do seu patrão arregalou os olhos: lá estava sua preciosa farinha no meio da rua, soprada pelo vento e molhada pelo orvalho!

Correu para baixo. Pedro Malasarte estava tranquilamente sentado à porta.

- Como é que você, seu maluco, me peneirou a farinha no meio da rua? - foi perguntando o dono da padaria.

- Só obedeci ao que o senhor mandou - respondeu Pedro Malasarte. - Estava muito escuro e fui procurar um lugar onde a lua clareasse.

O patrão bufou de raiva:

- Minha freguesia não vai ter pão hoje, mas você vai ver só uma coisa! Vou levar você ao rei!

E pegando-o pelo braço, foi com ele ao palácio.

Na hora da audiência, o avarento padeiro desfiou um rosário de queixas e lamentações, contando como Pedro Malasarte até então só lhe dera prejuízos. E por último, fora peneirar a farinha no meio da rua!

Enquanto ele falava, Pedro Malasarte ia arregalando os olhos, arregalando cada vez mais os olhos, arregalando-os tanto que o lamuriento padeiro, assustado, perguntou-lhe:

- Que diabo você está fazendo agora, com esses olhos enormes de coruja olhando para mim?

- Não disse que eu ia ver uma coisa? - explicou Pedro Malasarte. Estou arregalando bem os olhos para ver o que vai me mostrar!

O rei e seus ministros, que já conheciam a fama de pão-duro do padeiro, soltaram uma grande gargalhada e o soberano sentenciou:

- Amigo padeiro, com Pedro Malasarte está mal de vida. Pague-lhe uma moeda de ouro por dia que ele trabalhou até aqui e deixe-o ir em paz. E ai de você se alguém vier se queixar do seu pão-durismo!

Daquele dia em diante, muito a contragosto, o avarento padeiro tratou de aumentar o salário dos seus empregados e nunca deixou de dar um pão a um pobre que lhe pedisse.

Sabem do que mais? Começou a ser tão querido que as pessoas o cumprimentavam na rua e lhe desejavam felicidades. Só então compreendeu que tinha mais lucro sendo generoso do que antes, quando era pão-duro.

E acabou muito amigo de Pedro Malasarte, em cuja casa nunca mais faltou pão quentinho todas as manhãs. (Do livro "As aventuras de Pedro Malasarte", de Sérgio Augusto Teixeira).

Estilo Pedro Malasarte - A esperteza do personagem está encarnada em muitas pessoas.

Na história acima, até que sua esperteza não foi daquelas que é um comportamento reprovável. Muito pelo contrário: o padeiro, com a fama que tinha de pão-duro, teve que mudar.

 

 


sábado, 27 de abril de 2024

QUE PALAVRA!

Tamarindo

Fruto do tamarindeiro, de polpa ácida e comestível. (Soares Amora)

Árvore frutífera e o seu fruto. Também se diz tamarino. (Antenor Nascentes)

Árvore das leguminosas, de frutos comestíveis, do mesmo nome; tamarindeiro.

Árvore da família das leguminosas; o mesmo que tamarindeiro, tamarineira, tamarineiro, tamarinheiro e jubaí; o fruto dessa árvore.

Tamarina/tamarinda - Na Paraíba (a primeira) e na Bahia (a segunda) também chamam assim ao tamarindo (árvore e fruto). Tamarindo vem do árabe 'tamr al-Hindi' (tâmara da Índia). Moraes Moreira registrou: "E como o doce não esquece a tamarinda/essa beleza só finda/ quando a outra começar,/vai ser bem feito nosso amor daquele jeito,/nesse dia é feriado, não precisa trabalhar." Pão e poesia, Moraes Moreira/Fausto Nilo. (Dicionário do Nordeste)

Tamarindeiro, tamarineira, tamarinda. Árvore do Nordeste. Mulher de vestido largo que dá sombra para todo o mundo. Acolhedora. (Calepino Potiguar).

Entre nós dizemos: pé de tamarina. Quanto ao fruto é tamarina também. Tomamos suco de tamarina.


 

 


quinta-feira, 25 de abril de 2024

DEZESSEIS

Faltam apenas dezesseis centímetros para a barragem "Jessé Pinto Freire" - barragem de Umari - sangrar.

NO PROBLEM

No problem com os problemas, desde que busquemos resolvê-los antes que fiquem bem grandes.