domingo, 12 de dezembro de 2010

O CHIQUE E O DOENTIO

Sou do tempo em que as pessoas chiques eram aquelas que exibiam um cigarro comum - não o outro que se popularizou depois. Depois, algum tempo depois, começamos a ver as pessoas chiques exibindo copos de bebida, especialmente Campari ou outras do gênero. Uísque, sim, também era e ainda é chique.

Quem observa o comportamento dos personagens dos filmes antigos, verá que eles estão sempre acompanhados de um belo cigarro, caro ou barato. Aquilo era sinal de chiqueza. Eu mesmo, que nunca fui dado a festas, cheguei a ver rapazes com cigarros na boca entre os dedos, num sinal de que eram homens e chiques.

Nos filmes, ainda existiam os chiques que eram acompanhados de um bom charuto. (Bom, no sentido de caro).

O tempo passou e os conceitos, como deles ninguém escapa, mudaram. As pessoas comuns e autoridades médicas perceberam que tinha muita gente morrendo de chiques.

Foi então que resolveram tomar algumas providências. A primeira foi com a propaganda. As propagandas eram desenfreadas e a qualquer hora.

Restringiram os horários. Ainda me lembro da lei Sarney, que proibia o uso do cigarro em lugares fechados. Isso ocorreu em 1985.

Depois apareceram outras leis que acossavam mais os fumantes e cada vez mais desestimulavam o uso do cigarrinho comum.

Agora, em pleno século XXI, está no consciente e subconsciente de todo mundo que o cigarro não presta pra nada. Ele é ofensivo a todo mundo. A escola o combate. As religiões, idem. Ele é instrumento de doença.

Cabe a cada um escolher o que quer da vida: se ser chique ou doente.



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