domingo, 1 de novembro de 2020

ENTRETENDO - EDIÇÃO DE DOMINGO

HUMOR
Imagine ontem à meia-noite entrou lá em casa um ladrão.
- E levou alguma coisa?
- Sim. Levou uma tremenda surra de minha mulher.
- Como assim?
- Ela pensou que era eu que estava chegando. (Folhinha do Sagrado Coração de Jesus, 2019)

DITADO DAQUI - Mais liso que o prato da música.

TEXTO ANTIGO - O galo que logrou a raposa - Monteiro Lobato

Um velho galo matreiro, percebendo a aproximação da raposa, empoleirou-se no cimo de uma árvore. A raposa desapontada, murmurou consigo: - Deixa estar que, meu malandro, deixa estar que já te curo! ... E em voz alta:
- Amigo, venho contar uma grande novidade: acabou-se a guerra entre os animais. Lobo e cordeiro, gavião e pinto, onça e veado, raposa e galinhas, todos os bichos agora são amigos. Desça, portanto, dese poleiro e venha receber o meu abraço de paz e amor.
- Muito bem! Exclamou o galo. Não imagina como tal notícia me alegra e me comove! Vou descer para abraçar a amiga raposa mas, como lá vem vindo três cachorros, acho bom esperá-los para que também eles tomem parte na bela confraternização.
Ao ouvir falar em cachorro, Dona Raposa não quis saber de histórias e tratou de por ao fresco, dizendo:
- Infelizmente, amigo Có-có-ri-có, tenho pressa e não posso esperar pelos amigos cães. Fica para outra vez a festa, sim? Até logo.
E raspou-se.

ORTOGRAFIA ANTIGA
Como veem, as palavras raposa e lobo não estão acentuadas. Mas na época que o texto acima foi publicada e até muito tempo depois, havia um acento circunflexo no o. Também acentuavam-se as palavras ele, este, flor, cor.

POESIA - Doce

Doces são as palavras
Que me dizes
Nos momentos mais amargosos
Da existência difícil
Que dificultaram ao extremo.

São palavras como bálsamo
Que perfuma e alivia
Como doce que endoça
O mais amargo dos amargores
Que refrigera o calor
Que ameniza a maior dor
E não a deixa mais endorecer.






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PROVÉRBIO

A candeia morta e a gaita à porta.