terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

NUMA TARDE

Retalhos se espalham no horizonte calmo como todos os calmos dos nossos dias cotidianos.

Nossos quotidianos dias se espalham como espalhados estão nossos projetos, nossas boas e más intenções. Espalhadas estão também as vidas infrutíferas, em berços esplêndidos e também nos mais singelos.

Vidas regaladas também são passageiras como a tarde que se esvai, de segundo em segundo. De um grão de areia forma-se um monte que alteia no horizonte, soberano, admirável, esplendoroso.

Numa tarde tão linda de sol os ventos brandos aparecem de vez em quando para aliviar sua quentura natural e boa. 

A noite logo cairá, altaneira. E ninguém, mas ninguém mesmo a impedirá de chegar, escurecer e meter medo nos medrosos e agasalhar, com seu silêncio e escuridão, os que querem dormir dignamente.


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