Há alguns anos faço um trabalho de reaproveitamento do papel. Não é algo do outro mundo, não. É bastante fácil. Recolho provas escolares que não foram utilizadas, recorto-as, grapeio-as e depois meto no bolso. Corto num formato pequeno, que possa ser conduzido facilmente e que possa escondê-lo num pequeno bolso.
Nele escrevo uma ideia ou informação que me ocorre inesperadamente e que não possa guardar com segurança na memória.
O fato de reutilizar papéis riscados tem rendido a mim alguns adjetivos não muito nobres. Um deles é o famoso "brega". Miserável e pobre são outros adjetivos aplicados a mim.
A uns, esclareço que o meu objetivo é reaproveitar o que iria direto para o lixão. A outros, não dou nem um pouco de preço porque sei que eles não vão me entender.
Sei que estou fazendo algo pelo mundo, ainda que muito pouco.
Onde entram os garranchos do título do texto?
Entram agora. Lá escrevo rápido, para acompanhar a velocidade do pensamento. Assim, a letra não poderia sair muito boa. Outro objetivo é não deixar que nenhuma pessoa entenda aquilo, visto que nem tudo que boto lá pode ser publicado.
A letra garranchuda, ilegível não tem o objetivo de querer imitar os "doutores" de medicina. Ora, meus amigos, para que imitá-los, se já existem leis que proíbem aqueles garranchos nas receitas. A garrancharia é tão grande que só os farmacêuticos amigos de médicos entendem.
Como veem, estou unindo o últil ao agradável: escrever e reaproveitar e ainda de quebra fazer o bem à humanidade.
Divulga a cultura e a linguagem da cidade, além de produção textual como contos, crônicas, poesias. Comento os fatos, conto histórias. Vez por outra posto notícias.
terça-feira, 24 de agosto de 2010
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