terça-feira, 24 de agosto de 2010

PEDE, MAS EU NÃO DOU

A gente só dá uma coisa se quiser ou for obrigado a dar.

Um bom dia ou bõe-dia, como dizem algumas pessoas, só é dado se a pessoa quiser. Tem gente que não sabe o que é isso. São antissociais ou insociáveis que chegam a esse ponto: torcem a cara pra acolá e não interagem com os outros.

Há quem não queira dar o braço a torcer. É claro que estou falando no sentido figurado. No sentido literal não teria nenhuma graça. Ou teria?

Imagine uma pessoa dando o braço para o outro torcer!

Muitas vezes já me peguei não querendo admitir que estava errado. Não dei o braço a torcer, mas depois vi que isso não é certo.

Dar sem receber não é fácil. Essa prática está consagrada pela sociedade do século XXI. Aliás, é considerada uma cafonice uma pessoa dar sem receber nada em troca.

A fórmula franciscana "É dando que se recebe" foi deturpada por uma gandaia da política. Esta conseguiu brilhante e competentemente viciar as pessoas no tempo da eleição.

Foi nesse contexto, que ouvi um eleitor em potencial se expressar assim:

- Sei que os políticos vão pedir o voto. Eles pedem, mas eu não dou."

Se ele não vai dar, certamente vai fazer do voto outra coisa.

É claro que você sabe o que é essa outra coisa.

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