terça-feira, 28 de julho de 2009

LINGUAGEM

É A TREVA

Cada tempo tem seu modismo, suas frases. Houve um tempo em que ninguém podia afirmar uma coisa, e o interlocutor retrucava: agora não sei o quê. Por exemplo: Se eu dizia que ia comprar uma coisa, logo alguém lascava: agora compre! Se eu dizia que ia para certo lugar, não faltava quem dissesse: agora vá! Naquela época o povão exercitou o subjuntivo dos verbos sem saber o que estava fazendo.

Agora nas rodas de conversa não falta uma pessoa que diga: “é a treva!”. De tanto ouvir aquilo, um dia fiquei cismado, e perguntei? Que tanta treva é essa que vocês dizem? Então uma noveleira me explicou que faz parte de uma personagem da novela das sete, da Rede Globo. Cascaviei na internet o significado e uma internauta disse quando pode ser aplicada a tal expressão “é a treva”: “Quando nos deparamos com alguma coisa digamos, de pobre. Toda vez que ficamos numa situação horrível.” Na vida real, se formos procurar situações de trevas, temos aos montes. Não é preciso nem citarmos exemplos. Basta olharmos ao redor. Por exemplo: termos que ficar ouvindo direto “é a treva”!

(Do Jornal de Upanema - 2ª quinzena de julho)

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PROVÉRBIO

A candeia morta e a gaita à porta.