terça-feira, 5 de janeiro de 2010

ENTRE O GOL E O GORRO

O leitor desta coluna está bonito de saber que eu quando pequeno tinha umas caídas em ser goleiro de futebol. Treinei muitas vezes, mas nunca tive habilidade com a bola. A mim restou brincar na linha. Numa dessas brincadeiras, quase apanho por causa de uma palavra, mais precisamente por causa da palavra “gol”. Brincava na rua próxima ao rio da cidade. Um menino daqueles bem ruim de bola, bem grosso, bem baixinho e bem teimoso, fez um gol. “Goooooooooooooooooooorro!” Eu, naturalmente tentei dizer a ele que aquilo era gol, e não gorro. Tive que me calar porque senão teria apanhado. Pra ver, tem a hora de falar e de calar. Se eu tivesse insistido, teria apanhado, mesmo estando certo. Nunca tive a oportunidade de corrigi-lo. Assim, é provável que ele ainda grite gorro nos times por quem ele torce. Mas ele ocou. Preferi calar a apanhar.

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TRINTA E UM

Trinta e um centímetros é o que falta para a sangria da barragem "Jessé Pinto Freire", a conhecida barragem de Umari.