domingo, 24 de agosto de 2014

TV NA JANELA

As poucas TVs que havia em Upanema no finalzinho dos anos setenta e começo dos oitenta ficavam nas janelas. A que me lembro mesmo era a da casa de Seu Pompeu Tavares.

Perdi a conta das vezes em que vi os jogos do Flamengo em que dava peia nos times do Rio de Janeiro. Vi muitas vezes um tal de Júlio César, ponta esquerda, entortar o espinhaço de Orlando, lateral do Vasco da Gama.

Vi Zico dá shows no Maracanã, enfrentando leões no gol como Leão e Paulo Vitor. Tirando Cantarelli, o time do Flamengo era digno de ir para a seleção brasileira. 

Via também, aos domingos, o Fantátisco e os gols, com Léo Batista e sua zebrinha, que piscava sem parar um olho. Só não me pergunte se era o esquerdo ou o direito. Só sei que era preto e branco, afinal, as zebras são preto e branco. Se não fosse, não havia diferença nenhuma, pois as TVs era preto e branco e mesmo!

Todo esse cenário aí, ainda não tinha nascido Waguin um dos torcedores mais convictos do Flamengo. É certo que vive apreensivo. Mas não é pra menos: o Flamengo não tem dado muitas alegrias aos seus torcedores. A exceção é somente quando joga contra um time que tem lindas estrelas.


  

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DEZESSEIS

Faltam apenas dezesseis centímetros para a barragem "Jessé Pinto Freire" - barragem de Umari - sangrar.