domingo, 12 de abril de 2020

ENTRETENDO: EDIÇÃO DE DOMINGO

Mais uma semana enfurnados em casa, na esperança de que o coisado vá embora logo. Quando há esperança, tudo bem, mas quando o medo ganha para a esperança, então os nervos desabam e vira patologia.

Precisamos fortalecer o corpo, tomando vitaminas e alimentos fortes, mas também os nervos, para que ninguém perca um dos bens maiores do ser humano: a calma.

CHUVA DE ONTEM
Apenas 3mm.

QUEM SE LEMBRA?

Linha de costura, carretel de linha. Os carretéis eram de madeira. A gente aproveitava e fazia automóveis. O meu eu chamava de trator. Os maiores tinham mais força. Subiam ladeiras com mais facilidade.

POLÍTICA

Homologadas em convenções, no mês de julho, as chapas dos candidatos ao governo do Estado - José Agripino e Radir Pereira pelo PDS, Aluízio Alves e Pedro Lucena pelo PMDB - começa a campanha eleitoral que levaria às ruas milhares de pessoas em comícios, vigílias cívicas e passeatas a pé. O candidato do governo, José Agripino, conta com a fantástica estrutura do PDS no interior do Estado, enquanto Aluízio Alves, do PMDB, tem a simpatia nos grandes centros urbanos, principalmente Natal Mossoró. (João Batista Machado)

Obs: A campanha política narrada acima eu a acompanhei de perto, seja através do rádio, jornal e vendo os comícios dos candidatos que vinham pedir votos aqui. A eleição era complexa. Melhor dizermos que houve eleições. O eleitor votava seis vezes: um voto para governador, senador, deputado federal, deputado estadual, prefeito e vereador. E o voto era vou vinculado: se eu votasse no governador do PDS, não poderia votar no prefeito ou qualquer outro candidato do PMDB. Foi assim que ajudou Zé Agripino a ganhar de Aluízio. Para prefeito, Luiz Cândido e para o senado, Carlos Alberto, pai de Micarla de Souza, ex-prefeita de Natal.

LITERATURA

A fome canina de Érico Veríssimo.

Em "Solo de clarineta", volume 2,  o escritor gaúcho fala de um almoço em que participava em Portugal. Um bispo que também estava à mesa, prontificou-se em servir o escritor, mas de forma parcimoniosa. Veríssimo diz que sentia uma fome canina, mas fome de cachorro sem dono. Lembrava ele dos tempos de menino em Cruz Alta, sua terra natal. Lembrei-me também de minha mãe que  falava a mesma coisa no meu tempo de criança. Foi com ela que aprendi a expressão. E até antes de ler Veríssimo, pensava eu ser um regionalismo do Nordeste ou mesmo um upanemês. Ledo engano.

MEMÓRIA

Antônio Elizeu de Carvalho, também conhecido por Antônio de Elizeu: Faleceu na segunda-feira, 6 de abril.

Foi vice-prefeito de Luiz Cândido de 31 de janeiro de 1970 a 30 de janeiro de 1973. Na eleição seguinte, candidatou-se a prefeito, mas não logrou êxito.
Na câmara de vereadores participou de várias legislaturas, inclusive a que aprovou a Lei Orgânica do Município.
De 31 de janeiro de 1959 a 30 de janeiro de 1963. Partido PDC - 54 votos.
De 31 de janeiro de 1963 a 30 de janeiro de 1967. Partido PSD - 91 votos.
De 01 de janeiro de 1989 a 31 de dezembro de 1992.

Faleceu na segunda-feira, 5, a Senhora Maria Neusa, esposa do Sr. Elizeu Freire.

No dia 10,  sexta-feira, faleceu Marina Martins Gondim, mais conhecida por Dona Mafalda. Foi professora e passava remédio para as pessoas naqueles tempos em que não havia médico frequente em nossa cidade. Era uma pessoa serena, tinha uma vida reta, firme e disciplinada. Acolhia a todos com maior tranquilidade. Viveu próximo dos 96 anos. Faria essa idade no dia 2 de maio.

ESCOLA DE ANTIGAMENTE

O argumento

O que era o argumento? Era simplesmente a apresentação da lição, principalmente a que o professor tinha passado na aula anterior. Quem não se lembra da Escolinha do Professor Raimundo? No argumento o aluno apresentava sua lição, fosse de matemática, leitura, etc.

Na próxima escreverei sobre a sabatina.

TEXTO ANTIGO

A humanidade

                              Amadeu Amaral

Ama a humanidade. Para que a ames, porém, será preciso que ames a Pátria, como para que ames a Pátria é preciso que ames a família. Quem não for bom filho e bom irmão não será bom patriota; embora possa prestar à Pátria um ou outro serviço de luminoso efeito, não lhe prestará contudo o melhor de todos os serviços que ordinária mente se lhe podem prestar - o de viver uma vida modesta de honestidade e de bondade, espalhando em torno de si o exemplo contínuo e refulgente da pureza de intenções e da elevação de sentimentos... Assim, também, quem não for b patriota não será amigo da humanidade.

SAÚDE

Tempos difíceis vivemos nós. O estado de espírito conta muito nessa hora. O medo, a tristeza e a ansiedade não podem nos dominar. Algumas atitudes podem ser tomadas: desligar a TV e o celular. Arranjar algo pra fazer em casa, como aprender a fazer uma comida, etc. Ler um livro, ouvir uma música, escrever ou desenhar. Tudo, menos notícias negativas.

POESIA

Tempo de calar

É tempo de calar
Quando o falar atrapalha.
É tempo de calar
Quando o falar fala
O que não precisa ser falado.
É tempo de calar
Quando o falar é fora de tempo.
Falar o que não deve
Em hora inoportuna
É pior que não fazer o que deve.
É tempo de calar
Quando percebemos
Que nossos argumentos
Serão atirados aos porcos
Quando o nosso falar
Atrapalha mais que ajuda
Quando o nosso falar
Ateia fogo e faz
O que está quente incendiar.

Não falar pode ser
Um balde de água jogado
Sem a gente jogar.









Nenhum comentário:

DEZESSETE

A medição do que falta para a sangria da barragem de Umari continua. Agora faltam dezessete centímetros.  Parece pouco, mas falta muita água...