Já fazia muitos anos que não escutava uma das pérolas da nossa linguagem regional: o faz que olha.
"Faz que olha" dizíamos, ainda quando adolescente, quando passava uma mocinha toda perequeté, orgulhosa, e não olhava pra a gente. Ela passava arrebitada sem olhar, mas doidinha que alguém dissesse alguma coisa, seja lá o que fosse.
Às vezes rolava um coió (assobio fino que os banguelos não conseguiam dá). Outras vezes o "faz que olha" era inevitável.
E elas olhavam? Raramente olhavam. Preferiam seguir em frente felizes.
Um comentário:
Xavier, esta frase é muito antiga, viu! Mas, é gostoso lembrar. Fazia tempo que eu não lia um post com tanto entusiasmo! Parabéns pela idéia do post. Bom, muito bom!
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