Há uma belíssima crônica - salvo engano - de Luís Fernando Veríssimo cujo título é "O que se diz, o que se entende". Ela fala de um personagem que queria comprar um objeto, mas não conseguia transmitir a descrição correta. Ele passa muito tempo lutando para ser entendido. Não me lembro mais o fim da história.
Transpondo para o campo da interpretação das palavras, direi que ainda há muita gente com dificuldade de entender os termos, os conceitos e o que se diz. Às vezes uma mensagem é dita nas entrelinhas. Aqui o caso fica mais complicado.
Refiro-me especificamente ao fato de hoje ter ou não ter aula nas escolas do município. Acordei cedo com mães e alunos da escola municipal da sede afirmando que não ia ter aula. Outros apenas perguntava.
O que temos de concreto? Houve uma assembleia de professores para votar o indicativo de greve. Na mídia local há notícias de que a paralisação poderá ser na próxima segunda (02-04), caso não haja nenhuma sinalização do poder executivo.
O que alguns entenderam é que não ia haver aula.
O caso ainda agravou-se com a morte do ex-vice-presidente.
"Não haverá aula porque morreu José Alencar", foi o bom-dia de algumas pessoas.
Respondi:
Luto oficial não significa parada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário