quarta-feira, 30 de março de 2011

O QUE SE DIZ E O QUE SE ENTENDE

Há uma belíssima crônica  - salvo engano - de Luís Fernando Veríssimo cujo título é "O que se diz, o que se entende". Ela fala de um personagem que queria comprar um objeto, mas não conseguia transmitir a descrição correta. Ele passa muito tempo lutando para ser entendido. Não me lembro mais o fim da história.

Transpondo para o campo da interpretação das palavras, direi que ainda há muita gente com dificuldade de entender os termos, os conceitos e o que se diz. Às vezes uma mensagem é dita nas entrelinhas. Aqui o caso fica mais complicado.

Refiro-me especificamente ao fato de hoje ter ou não ter aula nas escolas do município. Acordei cedo com mães e alunos da escola municipal da sede afirmando que não ia ter aula. Outros apenas perguntava.

O que temos de concreto? Houve uma assembleia de professores para votar o indicativo de greve. Na mídia local há notícias de que a paralisação poderá ser na próxima segunda (02-04), caso não haja nenhuma sinalização do poder executivo.

O que alguns entenderam é que não ia haver aula.

O caso ainda agravou-se com a morte do ex-vice-presidente.

"Não haverá aula porque morreu José Alencar", foi o bom-dia de algumas pessoas.

Respondi:

Luto oficial não significa parada.

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PROVÉRBIO

A candeia morta e a gaita à porta.