Hoje vou usar e abusar de algumas histórias para completar a conta dos textos que correspondem à minha idade.
É uma história contada e recontada por papai por diversas vezes.
Um homem vendedor de pão, no tempo em que o balaio estava no auge, ao cair da tarde, depois de vender os pães, ainda sobrou uma boa quantidade.
Já ia pra casa, quando avistou um homem. Ao se aproximou, pensou: vou apostar o resto desses pães.
- Amigo, se você disser quantos pães tem aqui dentro deste balaio, dou todos os trinta!
O interlocutor percebeu que o apostador se atrapalhou na aposta, visto que deu uma pista segura, ou seja a resposta certa.
Malandro, não respondeu logo, como se estivesse tentando adivinhar. Depois respondeu:
- Trinta.
- Acertou, disse o homem. Pegue os pães e o balaio também.
E foi-se embora. No caminho, pensou: que besta fui eu. Sem querer, perdi a aposta de graça. Pegarei ele amanhã.
No outro dia, arranjou um felino, botou dentro de um saco de estopa, colocou o rabo pra fora e saiu no mesmo horário na intenção de esperar o homem que ganhara a aposta no dia anterior.
Ao se deparar com o homem que passava no mesmo lugar, gritou:
- Hoje eu tenho uma aposta boa. Se você adivinhar, ganhará tantos cruzeiros. E fizeram uma aposta que cobria todo o prejuízo dos trinta pães que perdera.
O homem ficou afoito e não pensou muito para dizer "é um gato!"
- Não! É uma gata!
E tirou o bicho do saco e mostrou a prova.
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