Abro um parêntesis para comentar sobre os pais, especialmente o meu velho, que já se foi.
Em poucas palavras podemos defini-lo como uma pessoa que assumia sua missão de pai de uma maneira diferente de muitas pessoas, mas que conseguia assumi-la dentro dos limites.
Ele tinha um jeito rústico de encarar os fatos, mas era o jeito dele. Resumindo, ele assumiu a paternidade até enquanto pôde dominar a si mesmo. Depois de alquebrado pela idade e doença, ele deixou fluir do jeito que podia. Muitas vezes eu percebia que ele sentia na pele que não era o mesmo e tinha de ser tratado como uma criança o é.
Histórias
Há muitas histórias do velho Erasmo que envolvem a política, a religião, o futebol e a vida social. Algumas delas eu já contei neste blog e outras no Jornal de Upanema.
Para não gastar, hoje vou contar apenas uma, pois penso em contar mais histórias no dia do meu aniversário. A de hoje, acho que é inédita.
Todos sabem de sua paixão pelo verde no item política. Em todas as campanhas, ele participava dos comícios e das passeatas. Quando chegava o pleito, ele não se omitia de votar. Acho que foi na eleição de Geraldo Melo, em 1986. Naquele tempo, o voto era em cédulas. No vexame, e pela complexidade do pleito de muitos candidatos, colocou a cédula, o comprovante e o título eleitoral tudo junto na urna.
Depois de colocado, não teve mais jeito. No dia da apuração, acharam todo o material e depois devolveram a ele.
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