Se elas tiram nosso sossego e nossa saúde, em troco, vivo falando mal delas.
Hoje vai mais um comentário. Desta vez é Câmara Cascudo quem comenta sobre elas:
Há uma invencível repugnância popular pela mosca, inteiramente alheia à exigência higiênica. A Musca domestica é susceptível de atender aos imperativos sagrados e mudar-se com dia certo, indicado na intimação. Diz-se: "Moscas malvadas! / Da sexta-feira para o sábado, / Estejam mudadas!" É uma das formas preferidas pelo demônio para irritar os cristãos. Saliva, gotas de sangue e de suor não são deixadas a descoberto, temendo-se que o diabo, transformado em mosca, se aproveite desses resíduos para suas maldades. Esse diabo-mosca, fly-god, é Belzebu, o deus-mosca dos filisteus, por viver o ídolo coberto de moscas, atraídas pelo sangue das ofertas, Baal-zebud, o Baal-Mosca.
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