Vírgula, para que te quero? (comentários do professor Pasquale)
A vírgula é a campeã das dúvidas sobre pontuação.
Não custa relembrar que é pura lorota a ideia de que é a respiração que determina quando e onde se emprega a vírgula. Definitivamente, esqueça esse "conceito".
Essa falsa tese decorre - provavelmente - da inversão do raciocínio como a vírgula muitas vezes (muitas vezes, mas nem sempre) indica uma pausa, supõe-se (erroneamente) que a toda pausa corresponda uma vírgula. Não é assim. Quando o sujeito é longo, por exemplo, é normal que, na leitura, haja uma pausa entre ele e o verbo, o que não significa que se deva colocar uma vírgula entre esses dois integrantes da oração.
Sujeito e verbo são inseparáveis
Ex.: Meu anjo dorme!
Meu anjo, dorme!
No primeiro exemplo (sem vírgula), "meu anjo" é o sujeito da oração. Nesse caso, declara-se que o anjo dorme. No segundo exemplo, a vírgula transforma "meu a anjo" em vocativo, que nada mais é do que o ser, real ou personificado, ao qual a mensagem é dirigida (a palavra "vocativo" é da mesma família de "evocar", "evocação", "convocar" etc).
A ideia de que "a respiração que determina quando e onde se emprega a vírgula" é muito ouvida entre nós e até aceita como verdade. A explicação do professor Pasquale é muito interessante. Seria bom que todo mundo que escreve alguma coisa seja lá onde, lesse a explicação acima.
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