Paquete (pronuncia-se com o primeiro é fechado).
Grande navio a vapor para transporte de mercadorias, passageiros e correspondência. Aportuguesamento do francês paquet; inglês packet. (Dicionário Escolar Silveira Bueno).
Do inglês packet (board). Navio comercial; navio de viagens. (Silveira Bueno, com etimologia).
Navio de grande porte, a vapor, utilizado para transporte de mercadorias, passageiros e correspondência. (Soares Amora).
Navio grande, a vapor ou a óleo, empregado no transporte de passageiros, carga e correspondência. (Antenor Nascentes).
Navio veloz e luxuoso, comumente a vapor. (Aurélio).
Naquela quadra cada peça nova de Dumas Filho ou de Augier, para só falar de dois mestres, vinha logo impressa no primeiro paquete, os rapazes corriam a lê-la, a traduzi-la, a levá-la ao teatro, onde os atores a estudavam e a representavam ante um público atento e entusiasta, a ouvia dez, vinte, trinta vezes. (1º de dezembro de 1895, em A Semana, 3º volume, de Machado de Assis).
Acima, Machado de Assis, na Gazeta de Notícias do Rio de Janeiro, fala do envio das obras do exterior. No caso aí, livros de Alexandre Dumas, célebre escritor francês da época. Dumas foi autor de "Os três mosqueteiros" e "O conde de Monte Cristo". Machado faz referência ao paquete, pois era um meio de transporte veloz daquela época.
Naquela época, a palavra paquete tinha acento gráfico no primeiro e: "primeiro paquête".
O numeral dois era dous: "dous mestres".
Atores tinha acento no o: "onde os atôres a estudavam".
Vezes tinha acento no primeiro e: "Vinte, trinta vêzes".
Era a ortografia da época.
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